Pastor discorda de André Valadão e leva congregação a romper com a Lagoinha
Desde que o pastor Márcio Valadão, que liderou a Igreja Batista da Lagoinha por meio século (50 anos) em Belo Horizonte, transferiu o posto de liderança para o filho e também pastor André Valadão, a denominação vem passando por algumas mudanças internas.
Nos últimos dias, por exemplo, chamou atenção a notícia de que ao menos 70 filiais da igreja decidiram romper o vínculo com a sede global, responsável pela administração de 700 igrejas em 14 países, todas sob a liderança global de André Valadão.
Uma delas foi a então filial liderada pelo pastor Júlio Toledo, na Pampulha, também em Belo Horizonte. A denominação, agora, se chamará Pampulha Church. A informação foi dada pelo próprio líder local ao anunciar a ruptura com a Lagoinha mãe.
O vídeo onde Toledo aparece anunciando a ruptura viralizou nas redes sociais e rapidamente causou alvoroço entre os mais apressados em criticar a denominação, especialmente o pastor André, que nos últimos anos tem feito questão de se posicionar em defesa dos princípios conservadores da fé cristã.
O pastor Toledo, contudo, explicou em outra gravação que "não houve rebelião" por parte das 70 igrejas que resolveram se desfiliar da Lagoinha. Ele explicou que a decisão pela ruptura partiu de um longo processo de discussão, fruto da discordância com relação à visão de André Valão sobre o futuro da denominação.
"Cuidar de pessoas"
Embora não tenha dito explicitamente, o posicionamento de Júlio Toledo deu a entender que a igreja liderada por ele, bem como as demais que se desfiliaram da Lagoinha, não estariam concordando com a visão supostamente expansionista de André Valadão.
Toledo frisou que o seu grande objetivo é "cuidar de pessoas", e que para isso é preciso focar em iniciativas mais simples junto aos bairros. O pastor também fez questão de destacar que André Valadão "é um homem de Deus" e que a sua conversão se deu durante um culto ministrado pelo colega.
Toledo também exaltou o ministério do pastor Márcio, dizendo que ele é a sua maior referência ministerial no Brasil. O líder da agora Pampulha Church, por fim, conclui enfatizando que não houve briga entre os líderes dissidentes da Lagoinha, mas apenas um acordo recebeu a "bênção" da liderança.
Fonte: Gospel+
Assista aqui:
É uma prática comum, mas esse negócio de igreja ser considerada como uma propriedade que passa de pai para filho não me parece ser algo bom. Um filho pode até ter vocação pastoral, mas essa estória de tratar a igreja como propriedade que tem que ser deixada como herança para os filhos não considero certo.
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