Deputado federal Nikolas Ferreira divulga 'vakinha' para ajudar trans a 'fazer cirurgias, voltar ao sexo original e ter seus corpos conforme eles nasceram'
Alvo de críticas por ter entoado um discurso transfóbico há uma semana, no dia 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, na Câmara, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse nesta quarta-feira (15/3) que é “trans, transformado”. “Sou uma pessoa que foi alcançada por Jesus”, completou.
A fala dele foi mote para uma campanha para pessoas as quais Nikolas rotula como “minoria da minoria”.
"Faço aqui um desafio para todos da esquerda, que nos atacaram e disseram que éramos homofóbicos e transfóbicos, por discordar de várias questões que coloquei. Estamos colocando uma ‘vakinha’ para vocês de esquerda e deputados, que possam contribuir para que eles (trans) consigam fazer cirurgias, voltar ao sexo original e ter seus corpos conforme eles nasceram", afirmou o deputado federal em seu perfil no Twitter.
Para divulgar essa campanha, ele apresentou algumas pessoas que são, segundo o deputado federal, “ex-travestis”. “Isso aqui é uma prova que estamos lutando por pessoas, e não somente por uma ideologia", comentou.
E concluiu: "Clamo a todos os ativistas de esquerda e à comunidade LGBT para olhar para essas pessoas, que são a minoria da minoria".
Discurso transfóbico
No último dia 8, Nikolas Ferreira utilizou uma peruca para entoar um discurso transfóbico. No dia seguinte, atacou o ativismo LGBTQIA+, por meio das redes sociais.
“O ativismo LGBT é o ativismo mais persecutório que existe. Ou você concorda ou deve ir para a cadeia. Cadeia que não pode abrigar menores que cometem estupro, latrocínio ou roubo, mas pode abrigar um deputado que está no seu exercício", disse o deputado federal, utilizando ironia em declaração divulgada em suas redes sociais.
Para Nikolas, o movimento LGBTQIA e feminista tem a mentira como invólucro. "O que eu disse no meu discurso foi exatamente uma defesa pelas mulheres, que estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres. E talvez as pessoas não estejam acostumadas com o que está acontecendo, porque esse movimento é muito silencioso e gradual. Antigamente, o que o movimento ativista LGBT e feminista queria privacidade, não queria mexer com ninguém. Mentira! Eu tinha razão com meu discurso. Bastava ser contrário a esses movimentos para ser considerado criminoso”, declarou o deputado.
Repercussão ao discurso transfóbico
O discurso de Nikolas do dia 8 foi repudiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): "O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje”.
O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) rotulou Nikolas como “moleque de quinta série”.
A também deputada Duda Salabert (PDT-MG) entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal para que o "parlamentar responda criminalmente pelas suas falas”. “Entendemos que imunidade parlamentar não blinda nenhum deputado de ato criminoso”, comentou.
Fonte: Estado de Minas
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Point Rhema