Depois de 30 anos envolvida no ocultismo, Gilda Julio encontrou em Deus a paz que tanto procurava e hoje atua como jornalista cristã.
A história de conversão da jornalista cristã Gilda Julio é mais um testemunho de que não há abismo tão profundo, que Jesus não possa irradiar sua luz e levar salvação para quem está perdido em densas trevas.
Desde a adolescência, Gilda gostava de saber sobre seu futuro através do horóscopo, procurando uma solução para sua vida sentimental. Não satisfeita com o retorno que recebia, ela passou a consultar cartomantes, mas ainda assim não tinha as respostas que queria.
“Todas essas práticas para mim eram inocentes, porque eu só queria me casar e ser feliz. Cada vez que jogava carta ou búzios saía cheia de esperança e ficava aguardando acontecer o que os jogos revelavam. A Palavra de Deus diz que o Diabo é o pai da mentira”, contou ela em seu blog.
Com o passar dos anos, a ansiedade de saber o que aconteceria em sua vida aumentava cada vez mais e Gilda começou a frequentar terreiros de umbanda. Foram anos buscando respostas para seu coração vazio, até que o Diabo lhe ameaçou, dizendo que ela precisava se tornar uma filha de santo e receber entidades. Caso contrário, ele mataria todos seus familiares e ela nunca se casaria, devido a uma maldição que estava sobre as mulheres da família.
“O medo é uma arma poderosa na mão do inimigo. Foi por medo que iniciei minha vida no terreiro de umbanda”, disse ela.
Subjugada pelas trevas
A partir daí, a vida da jornalista passou a ser subjugada pelo inimigo. Ela dava 50% de seu salário para o pai de santo e todas as decisões de sua vida passavam pela aprovação dos orixás. “Essa autorização valia para tudo quanto eu fazia no plano pessoal, desde uma escolha do que comer ou vestir até a vida pessoal, como por exemplo, namoro e casamento”, explicou.
Gilda Julio havia se formado em Jornalismo em São Paulo e foi morar com sua irmã em Minas Gerais para trabalhar na assessoria de imprensa de uma cidade. Nesta época, ela iniciou na faculdade de Letras e também cursava inglês, francês e italiano.
Mas, o inimigo pediu exclusividade total e fez Gilga abandonar trabalhos, cursos e amizades para se dedicar mais ao terreiro.
“A minha obediência ao Diabo era cega e inquestionável. Tudo quanto ele mandava fazer eu fazia por medo, porque se não obedecesse eu era castigada. Muitas vezes eu era obrigada a pular muro de cemitério ou fazer alguma oferenda na porta do cemitério. Na sexta-feira da Paixão, eu tinha que entrar na mata antes de o sol nascer e só podia sair depois que o sol se punha”, relata a jornalista.
Quando a irmã de Gilda, Junia, deu à luz a sua filha Nayara, ambas não queriam mais trabalhar no terreiro, mas o inimigo ameaçou levar a vida da criança caso elas fossem embora. Então, as irmãs permaneceram e se afundaram mais ainda no ocultismo.
“Por quase 30 anos da minha vida me dediquei ao espiritismo. Comecei com jogos, umbanda, passei pela quimbanda, mesa branca, candomblé, anjo cabala, magia branca e negra, esoterismo e por fim mentores da maçonaria. Eu queria poder e dinheiro. Queria chegar ao ponto de aparecer e desaparecer na frente das pessoas”, lembra a ex-filha de santo.
Encontrando a luz de Cristo
Logo depois, o pai de Gilda adoeceu e precisou ficar em sua casa. Ela conta que antes desse episódio, ela e a irmã não tinham contato com a família, porque o inimigo havia mandado cortarem os laços familiares.
“Nós não tínhamos autorização para participar de nenhuma confraternização familiar. A Bíblia diz que ele veio para matar, roubar e destruir, e foi assim que sucedeu. Foi-nos roubado o direito de conviver por muito tempo com nossa família”, disse Gilda.
Foi nesta época, que Deus começou a agir na vida da jornalista. Como seu pai não gostava de macumbaria e tinha desgosto por suas filhas serem as maiores macumbeiras da região, as irmãs pararam de realizar trabalhos.
Certo dia, o pai de sua sobrinha apareceu na casa das irmãs, com uma Bíblia embaixo do braço, à procura da filha, porque tinha sido transformado por Cristo e queria recuperar o relacionamento com a menina.
“Eu o chamava de Zé de Jesus e ainda debochava dele dizendo: ‘Sangue de Jesus tem poder’. Ao que ele me respondia que um dia o sangue de Jesus teria realmente poder na minha vida”, contou Gilda.
O pai decidiu visitar uma igreja evangélica na região e a filha insistiu para ir com ele. “Satanás nos obrigou a acompanhá-los. Ele disse que o pai da menina queria raptá-la e ainda acrescentou que queria ver quem tinha mais força. Como nós obedecíamos sem questionar, nos arrumamos e fomos para a igreja dos crentes”, afirmou a jornalista.
Durante o culto, Gilda se sentiu diferente e os louvores lhe transmitiram muita paz. Na pregação, o pastor, usado pelo Espírito Santo, revelou toda a vida das duas irmãs, que se perguntavam quem tinha contado a ele.
Resgatada das trevas para a luz
“O pai da Nayara nos ensinou a jejuar e ler os Salmos, e depois desta noite passamos a ir aos cultos”, lembra Gilda.
A saúde do pai de Gilda se agravou e depois de ser internado na UTI, ele faleceu. Passando pela dor da perda, as irmãs buscaram conforto em uma igreja católica e também numa evangélica.
“Quando fomos conversar com o padre, ele disse que não tinha jeito para nós, pois havíamos perdido a salvação e deveríamos voltar para a igreja dos crentes. E foi o que fizemos e nunca mais saímos”, revelou Gilda.
A jornalista conta que ela e sua irmã foram muito bem recebidas pela igreja e os líderes oraram e jejuaram muito pela família delas. “Mas a luta foi travada, porque o Diabo não se conforma com a perda. Nós ficamos com a roupa do corpo. Tudo que o Diabo tinha nos dado foi queimado. Mas Jesus nos sustentou e podemos dizer que até aqui nos ajudou o Senhor”, afirmou.
Logo depois, Gilda recuperou seu emprego como jornalista e ela, sua mãe, irmã e sobrinha se converteram a Jesus. “No início da minha conversão, Deus me falou através de um irmão que eu trabalharia com o povo dele, para o povo dele e no meio do povo dele”, testemunhou a ex-filha de santo.
Mais tarde, Gilda ficou desempregada e recebeu um convite para trabalhar no jornalismo da Editora CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), no Rio de Janeiro; era a profecia que ela tinha recebido de Deus.
Na CPAD, Gilda Julio publicou o livro “Escuridão à luz”, relatando seu testemunho, e trabalha até hoje como jornalista cristã, anunciando as boas novas do Evangelho.
Fonte: Guiame
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema