Grupo LGBT foi a um evento da Convenção Batista (EUA) para pedir que os cristãos mudassem de opinião sobre a homossexualidade, mas foi surpreendido
Um protesto que um grupo de defesa dos direitos LGBT tinha anunciado anteriormente como "histórico" acabou se tornando não tão notável assim no dia da abertura do encontro anual da Convenção Batista do Sul (SBC) em Phoenix (EUA), conforme relataram testemunhas. Apesar da manifestação aparentemente mais "tímida", os folhetos distribuídos pelo grupo incluíram o logotipo e o tema da Conferência 'SBC 2017' como alvo do protesto.
Não mais de 10 ou 15 pessoas pareciam se juntar ao protesto da organiza 'Faith in America' (FIA), pedindo que a SBC deixe de considerar a homossexualidade e a identidade transgênero como pecados. Eles distribuíram panfletos e abordaram pessoas para conversar do lado de fora do Centro de Convenções de Phoenix, se dispersarem por volta das 13h (horário local), conforme as testemunhas relataram à agência 'Baptist Press'.
O ex-presidente da Convenção Batista do Sul, James Merritt foi abordado por um manifestante que ele descreveu como "respeitoso" e afirmou que a presença do grupo não representou nenhuma ameaça ao evento, mas sim uma bênção aos participantes da conferência.
"Eu não consigo acreditar que eles vieram aqui por conta própria. Eles podem até pensar que sim", disse Merritt à 'Baptist Press'. "Mas eu acho que Deus os trouxe aqui, e Deus nos fez um favor, trazendo-os aqui para que possamos estender-lhes o amor de Cristo e a bondade do Espírito Santo".
Merritt, que é pastor principal da Igreja 'Cross Point', perto de Atlanta e apresentador do programa de TV 'Tocando Vidas', disse que pediu a Deus em suas orações matutinas, para que todos os manifestantes vissem o amor de Cristo em cada participante da Conferência a quem eles abordassem.
"Havia um cavalheiro mais velho aqui - que inclusive era de alguma igreja - e tentou me dar uma broche para eu usar", disse Merritt. "Eu apenas sorri para ele e não disse nada... Eles realmente foram respeitosos e têm o direito de estar aqui".
Além dos manifestantes, um outdoor móvel da FIA continuou a circundar silenciosamente o bloco adjacente ao Centro de Convenções, onde conferência anual da Convenção Batista do Sul foi realizada. A grande placa expunha uma estatística de que 40% dos adolescentes sem residência nos EUA são LGBT e convidaram os participantes do evento para uma refeição grátis às 18h30, no Hotel 'Hyatt Regency', localizado nas proximidades.
Merritt lembrou a reunião anual de 2002 em St. Louis durante sua presidência, quando os grupos pró e anti-LGBT alinharam as calçadas fora do centro de convenções de St. Louis. Naquele ano, cerca de 50 manifestantes homossexuais foram presos, informou a BP.
Um representante da Convenção Batista do Sul, Joe Sims - membro da Primeira Igreja Batista de Bremen, Geórgia - disse que ele e seu pastor também falaram com um manifestante durante a hora do almoço. Ao meio dia, ele só viu cerca de oito manifestantes.
"Eles nos entregaram um folheto", contou Sims, "e, claro, a primeira coisa que notei no folheto era que eles usavam nosso logotipo. Achei um tanto incomum que eles usassem nosso logotipo na frente, mas acho que foi um Maneira de distribuí-lo na entrada do evento".
Joe Sims relatou que "os manifestantes apenas queriam conversar".
"Meu pastor, Herman Parker, apenas fez a seguinte declaração: Não fomos nós, cristãos, quem classificamos a homossexualidade como pecado. Nós não colocamos na 'lista do pecados'. Foi Deus quem fez isso. Portanto, não podemos 'tirá-la da lista'. De qualquer forma, ainda amamos vocês", relatou Sims.
A FIA se descreve como um grupo sem fins lucrativos, fundado em 2006 "para encerrar décadas e séculos de ensinamentos religiosos para justificar a marginalização e discriminação de outros" e é "dedicada a influenciar os discursos da comunidade de mídia e fé sobre religião e sexualidade".
Em um comunicado de imprensa de 31 de maio o grupo anunciou o protesto, que o co-fundador da FIA e o co-presidente Mitchell Gold disseram que seria um "momento histórico".
"Não se trata de conflito e divisão, mas sim de falar a verdade e defender nossos filhos e adolescentes, que estão sendo feridos", disse ele em maio. "É também uma forma de encontrar local comum em torno de nossos filhos e jovens".
Fonte: CPAD News
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