Conforme advogados, direitos fundamentais da liberdade religiosa foram feridos ao proibirem alunas usarem saia
Duas meninas evangélicas e estudantes de Maringá (noroeste do Paraná), afirmaram que foram impedidas de entrar na escola porque estavam de saia. Elas estiveram na delegacia da cidade na terça-feira (11), acompanhadas das mães e advogados, para registrar um boletim de ocorrência contra o Colégio Gastão Vidigal.
Conforme a família, as adolescentes, de 16 e 17 anos, estudam no colégio há quase três e o uso de saias nunca havia gerado problema. Porém, na última sexta-feira (7), o uso do vestuário virou motivo de constrangimento.
Em entrevista a Ric Mais, Maria Helena Nascimento de Jesus, dona de casa e mãe de uma das jovens, disse que a única exigência feita pela escola, na hora de matricular a filha, era que a saia mantivesse o mesmo padrão do uniforme, ou seja, que fosse da cor preta e tivesse a identificação do colégio.
A pastora Mônica Góis, mãe da outra adolescente, contou que mandou fazer a saia da filha na mesma cor do uniforme, preta com a listra amarela, e que foi colocado o brasão.
"Eu tentei argumentar isso. Mas esta senhora (a vice-diretora) abusou da autoridade dela e disse que não pertence à minha igreja e que eu não podia estar implantando um ato religioso no colégio. Longe de mim fazer isso, eu estaria fazendo isso se estivesse indo lá pregar a palavra, mas a minha filha tem o direito de frequentar a escola”, comentou.
Segundo declaração da estudante de 17 anos, que está no 3º ano do ensino médio, quando ela questionou a vice-diretora da escola sobre o motivo de não poder usar saias, a mulher disse que nunca soube que haviam alunas usando esse tipo de vestimenta no colégio. "Eu falei que uso saia desde sempre e ela disse que estava acontecendo uma negligência na escola, que aquilo era um erro", relatou a aluna.
A chefe do Núcleo Regional de Educação de Maringá, Maria Inês Teixeira Barbosa, explicou que com a ausência do diretor da escola, Sérgio Martinhago, por motivo de viagem, quem respondeu pelo colégio durante o conflito foi a vice-diretora, Valdeci Nunes Lima. O caso está sendo apurado pelo Núcleo de Educação.
A adolescente de 16 anos afirmou que além de ser envergonhada também foi prejudicada por não fazer duas provas devido a proibição. "Eu pedi pra minha mãe ligar na escola na sexta-feira pra que eu pudesse pelo menos fazer as provas, mas eles disseram que se eu fosse de saia seria impedida de entrar", falou.
Os advogados Willian Francis e Josiane Monteiro Bichet de Oliveira, que defendem as famílias, afirmaram que o ocorrido fere a Constituição Federal, que trata dos direitos fundamentais da liberdade religiosa e a lei que assegura o direito à educação.
Fonte: Gospel Prime
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema