O tema me parece um tanto propício para o momento, no entanto acredito sinceramente que deveria ser tratado com mais freqüência, mesmo fora do período eleitoral.
Acredito que, no que concerne à Igreja, deveríamos nos ater muito mais à educação do que significa consciência da ética cristã, tanto do ponto de vista dos eleitores como também dos próprios políticos, do que mesmo quanto a prática da política partidária.
Considerando as dificuldades que tenho notado e até mesmo enfrentado em vésperas de eleições, quando tudo o que se diz em favor da ética, postura e princípios, vira motivo de discórdia e desencontro entre irmãos, assimilo e dou a mão à palmatória que estamos muito aquém do ensino bíblico a respeito de tudo isso no dia a dia, e não somente na hora da eleição.
Na verdade tenho entendido que, se temos dificuldade de difundir conceitos cristãos de postura e luta por tais princípios, praticamente será em vão tentarmos falar de corporativismo e representatividade cristã em nossas casas de leis e palácios.
Temos ainda arraigada, como produto da própria sociedade brasileira, o conhecido conceito de que “é dando que se recebe”
Isso é uma vergonha, principalmente quando se trata do povo de Deus, da Igreja como instituição.
Igreja que é Igreja, não tem necessidade de se vender a troca de telhas, cimento, bancos, pisos, placas luminosas, telhados, forros, pneus de carro, etc...
Isso sem falar quando líderes fazem suas próprias barganhas envolvendo dinheiro diretamente e até mesmo cargos, em troca do oferecimento de votos que não são deles.
Isso banaliza e envergonha a todos de maneira geral.
Faltam sensibilidade e discernimento espiritual para se observar que, quando alguém oferece algo em troca do ou dos votos, nada mais fará para justificá-lo, até porque já pagou antecipadamente por ele. Se o candidato pagou do seu próprio bolso, fará o possível para reavê-lo durante o mandato, e se pagou com recursos de terceiros, lutará para ressarcir de alguma forma a quem lhe deu recursos para angariar esses votos.
ISSO É UMA VERGONHA!
Quem assim não pratica, ainda que Deus o saiba e conheça os corações, praticamente é que tem que viver se justificando. Por melhor que se tenha uma idéia de cidadania cristã, alguém estará sempre perguntando: Quanto ele está ganhando, ou que cargo terá caso tal candidato venha ganhar, afinal essa é a prática corrente.
Acredito que todo cuidado é pouco, pois a Igreja não pode perder sua LIBERDADE PROFÉTICA de apontar e condenar o erro à Luz das Sagradas Escrituras.
No Brasil, temos uma cultura eleitoral popular de se votar em quem está na frente nas pesquisas, pois há uma falsa impressão de que, quem não vota em quem ganhou perdeu seu voto.
Nesse caso, se o candidato que está à frente das pesquisas não for o melhor, ou pelo menos não tiver comprometimento com nossos princípios cristãos, ou pior, se já deu antecipadamente prova disso, ainda assim teremos a obrigação de nele votar, só porque todo mundo assim votará?
NEGATIVO!
O povo de Deus precisa ser independente, justamente para que possa manter sua postura e princípios cristãos.
O mesmo acontece quando alguém se vende a si próprio, ou mesmo a IGREJA e ou Congregação, como queiram, perde sua autonomia e independência. Mesmo que tal candidato, uma vez lá chegando saia da rota, não defenda, ou seja mesmo contrário aos princípios da Palavra de Deus, qualquer tipo de comprometimento impedirá o cristão em particular e mesmo como IGREJA de manifestar-se contra tais atitudes.
A COISA É MUITO SÉRIA!
Um texto muito significante, em meu ponto de vista é o de Sadraque, Mesaque e Abdenego.
Os mesmos estavam a ponto de perderem suas próprias vidas, com a sentença ameaçadora de serem lançados na fornalha de fogo ardente aquecida sete vezes mais, ainda assim resistiram e disseram ao rei:
Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. Daniel 3: 17-18.
Ficou evidentemente claro que nem cargos, regalias ou até mesmo o sentenciado prejuízo de suas vidas, nada os faria voltar atrás de sua fé e mesmo contrariar a Palavra de Deus.
Parece-me ser esse, um conceito em desuso na hora das eleições. Nas mínimas coisas contrariamos o Senhor e a sua Santa Palavra nessas ocasiões. Tenho a impressão que políticos e eleitores, mesmo os cristãos, nessa hora separam sua fé, e agem como se todo tipo de anomalia espiritual não fosse mais pecado.
Aí entra o vale tudo: mentem, enganam, caluniam, praticam corrupção ativa e passiva, transgridem a legislação eleitoral, etc...
Independente da questão política eleitoral, onde fica o princípio cristão de que somos SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO? Não valeria, portanto para esse momento?
Isso é simplesmente lamentável, decepcionante e chega a ser desesperador.
Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê graça para remarmos contra essa maré!
A Bíblia diz:
Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10:31
Meu caro irmão candidato, cabo eleitoral, pastor, líder eclesiástico ou mesmo eleitor:
Se não for possível fazer política, de tal maneira que o nome do Senhor seja gloriicado, é melhor que fique fora dela, não escandalize e ganhe a sua salvação.
Soli Deo Glória!
No amor do Mestre,
Pr. Carlos Roberto
OBRIGADO PELA MENSAGEM.
ResponderExcluirINFELIZMENTE, NÓS REPUTAMOS ESSE ASSUNTO COM POUCA SERIEDADE.
MAS VC É ESSA VOZ DE ALERTA.
GO AHEAD!
ABRAÇOS
CYRO MELLO
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPolitica é coisa do diabo. rsrsrs.
ResponderExcluirOuvi muitas vezes que os irmãos antigamente diziam isto.
Politica é coisa do diabo,
Não é não!
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
O Povo evangélico cristão não deve ser omisso na Politica, devemos expressar nossas opniões.
Em sete acepções, senão mais, é entendido e empregado o termo política.
No uso trivial, vago e às vezes um tanto pejorativo, política, como substantivo ou adjetivo, compreende as ações, comportamentos, intuitos, manobras, entendimentos e desentendimentos dos homens (os políticos) para conquistar o poder, ou uma parcela dele, ou um lugar nele: eleições, campanhas eleitorais, comícios, lutas de partidos etc.;
Conceituação erudita, no fundo síntese da anterior, considera política a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo. É a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;
Política denomina-se a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café etc.;
Para muitos pensadores, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil. (Alceu Amoroso Lima – Política, 4º edição, pág. 136);
Outros a definem como conhecimento ou estudo “das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados”. (Eckardt – Fundamentos de la Política, pág. 14);
Atualmente, a maioria dos tratadistas e escritores se divide em duas correntes. Para uns, política é a ciência do Estado. Para outros, é a ciência do poder;
Na opinião dos políticos do Brasil e de outros países, a política é o conjunto de afazeres do cotidiano, ou seja, todas as atividades do ser humano dependem da política.
A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.
Ser Justo em as injustiças, fomos Justificados pelo sangue de Cristo e para acarbar com as injustiça devemos ser justo.
Se todos fossem Justos, não haveria injustiças...
Deus Abençoe à todos.
José Luis Bernardo
Super. EBD/Diácono/Secretario
www.adpisp.net
jlocbernardo@hotmail.com
Muito bom o artigo...
ResponderExcluirA relação da Igreja com a política é ainda muito problemática...
Sou a favor de homens de Deus que ocupem os cargos políticos, mas não posso concordar candidatos “oficiais” que defendam interesses denominacionais, como concessão de TV e rádio. Os servos de Deus na política devem ser exemplos de combate à corrupção, integridade, busca da justiça social, políticas eficientes para a cidade e combate a leis imorais. Infelizmente muitos se preocupam somente com o último aspecto e esquecem de ser exemplos.
Digo não ao apoliticismo, que vê demônios na política. Digo não a politicagem, que quer obter poder pelo poder.
Parabéns pastor Carlos pelo texto!
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Parabens pelo seu post!!Que Deus lhe abençoe.
ResponderExcluirAbs!
Faculdade Teológica