Pedido foi feito após nova legislação de Utah proibir livros com conteúdo sexual explícito em bibliotecas escolares.
Em Utah, nos EUA, um pai está solicitando a retirada da Bíblia de uma escola pública, argumentando que seu conteúdo é pornográfico, em resposta à proibição no estado de livros com conteúdo sexual explícito em bibliotecas escolares.
"Tire essa pornografia de nossas escolas", escreveu o homem em uma reclamação de dezembro que foi relatada pela primeira vez na semana passada pelo Salt Lake Tribune. "Se os livros que foram banidos até agora são alguma indicação de ofensas muito menores, isso deveria ser um slam dunk [nome de uma jogada do basquete]."
Em maio do ano passado, foi aprovado o HB374 em Utah, que proibia o acesso de crianças a livros obscenos nas escolas. Agora, em contrapartida, veio o pedido para remover a Bíblia de uma escola pública, pois o livro é considerado obsceno e, portanto, inacessível para crianças nas escolas.
O homem, cujo nome é omitido, referiu-se à Bíblia como "um dos livros mais cheios de sexo" e apresentou uma lista de oito páginas contendo mais de 130 passagens bíblicas que ele considera ofensivas.
Ele alegou que seu conteúdo viola o código do estado de Utah e solicitou sua remoção da Davis High School em Kaysville, que fica a cerca de 24 quilômetros ao norte de Salt Lake City.
"Incesto, onanismo, bestialidade, prostituição, mutilação genital, felação, dildos, estupro e até infanticídio", escreveu o pai. "Você sem dúvida descobrirá que a Bíblia, sob o Código de Utah Ann. § 76-10-1227, não tem 'valores sérios para menores' porque é pornográfica de acordo com nossa nova definição."
Pesquisa detalhada
Entre os versículos da lista estavam relatos detalhados de imoralidade sexual e proibições de certas práticas sexuais no Antigo Testamento, bem como as palavras de Jesus sobre fornicação e adultério.
Além disso, o pai também fez críticas ao Utah Parents United – um grupo que liderou a campanha para remover livros sexualmente explícitos das bibliotecas escolares – chamando-o de "grupo de ódio da supremacia branca".
O Utah Parents United, por sua vez, criticou o pedido do pai como um "golpe político".
"Está claro na petição que desafiar a Bíblia foi um golpe político", disse o grupo em um post no Facebook. "Não tem nada a ver com o conteúdo nas escolas."
Legislação
O deputado estadual republicano Ken Ivory, patrocinador da legislação para remover livros sexualmente inapropriados das escolas de Utah, considerou a queixa sobre a Bíblia como "artimanhas que drenam os recursos escolares", de acordo com o Tribune.
De acordo com o The Christian Post, o porta-voz do Distrito Escolar de Davis, Christopher Williams, informou que a queixa sobre a Bíblia é um dos 81 pedidos que o distrito recebeu desde que a nova lei foi aprovada e que o distrito está trabalhando para resolver a questão.
"Neste ponto, também é um dos muitos que está em processo de revisão por um Comitê de Revisão de Material Sensível", disse Williams ao Tribune.
"Havia um propósito para o projeto de lei e esse tipo de coisa, é muito lamentável", disse Ivory. "Há uma série de estudos que ligam diretamente a sexualização e hipersexualização com exploração e abuso sexual. Certamente, essas são coisas que não queremos nas escolas."
Ken Ivory observou que a pessoa que apresentou a queixa "realmente teve que passar por seu estudo bíblico" para compilar sua lista abrangente de passagens controversas, e acrescentou: "Espero que eles tenham prestado atenção a outras partes da Bíblia, no entanto".
Fonte: Guia-me com informações de Fox News via Folha Gospel
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