Diácono que neutralizou atirador em culto agradece a Deus; Filha de vítima perdoa o criminoso

O atentado contra uma igreja no último domingo, 29 de dezembro, teve suas proporções reduzidas pela atuação de um diácono treinado e armado para fazer a segurança do templo. Em declaração após o desfecho do caso, ele afirmou que estava grato a Deus por impedir que mais mortes ocorressem.

O diácono Jack Wilson afirmou que não se via como um herói por neutralizar o atirador, identificado como Keith Kinnunen, 43 anos. "Eu não me vejo como um herói. Me vejo como alguém disposto a fazer o que precisava ser feito para neutralizar uma ameaça maligna", declarou ele à Fox News.

Kinnunen foi preso várias vezes no norte do Texas e em outros estados. Ele era conhecido pelos líderes da igreja West Freeway Church of Christ (Igreja de Cristo em West Freeway), localizada em White Statement, por ter ido algumas vezes aos cultos.

"O único tiro certeiro que eu tive foi a cabeça dele, porque eu ainda tinha pessoas nos bancos que não estavam o mais baixo possível. Essa foi a minha única chance", disse Wilson a repórteres, explicando porque não efetuou um disparo que ferisse o agressor, mas não o matasse.

No Facebook, o diácono Wilson afirmou que estava satisfeito por ter cumprido sua função de chefe de segurança da igreja, evitando que outras pessoas fossem mortas. “[Estive] em uma posição em que eu espero que ninguém tenha que estar, mas o mal existe e eu tive que derrubar um atirador ativo na igreja”, lamentou.

"Sou grato a Deus por ter sido abençoado com a capacidade e desejo de servi-lo no papel de chefe de segurança da igreja. Estou muito triste com a perda de dois queridos amigos e irmãos em Cristo, mas o mal existe neste mundo e eu e outros membros não permitiremos que o mal tenha sucesso. Por favor, ore por todos os membros e suas famílias neste momento", acrescentou, referindo-se às duas vítimas fatais: Anton Wallace, 64 anos, e Richard White, 67.

A filha de Anton, Tiffany Wallace, disse que perdoava a atitude de Kinnunen, embora se diga devastada com a morte do pai. Ela estava na igreja no momento do ataque que, felizmente, foi contido pela equipe de segurança.

"Aconteceu tão rápido e foi uma loucura. Eu estava tipo, 'não meu pai, não meu pai'", disse Tiffany, que correu para certificar que seus filhos estavam bem, e depois, se dirigiu ao local onde seu pai estava caído para tranquiliza-lo, dizendo que tudo ficaria bem. Ele terminou falecendo no hospital, após ser internado em estado gravíssimo.

"Ele foi exatamente a nossa rocha que nos manteve juntos", disse Tiffany sobre a vida de seu pai. "Mesmo quando falava sobre o céu, ele disse que estava sempre preparado, mas eu nunca pensei que isso iria acontecer. Você acha que o pai ficaria velho e doente, mas nunca seria assassinado", acrescentou.

"Como alguém tão mau, o diabo, pode entrar na igreja e fazer isso?", questionou, afirmando que busca em Deus as forças para superar a tragédia: "Eu o perdoo, e é a coisa mais difícil de dizer, porque é alguém matou seu pai, mas eu o perdoo. Nunca perdoarei o que ele fez, mas eu o perdoo", concluiu.

Trump

O presidente dos Estados Unidos usou as redes sociais para enaltecer as leis de armas de fogo do Texas e destacou que a possibilidade de porta-las ajudou os fiéis a neutralizarem o atirador antes que ele ferisse mais pessoas.

"Nossas orações estão com as famílias das vítimas e a congregação do ataque à igreja de ontem. Acabou em 6 segundos graças aos bravos membros que agiram para proteger 242 companheiros de adoração”, afirmou Donald Trump, acrescentando que “vidas foram salvas por esses heróis e leis do Texas que lhes permitiam portar armas!".

Posteriormente, o presidente voltou ao assunto: "Congregados armados rapidamente pararam um atirador de igreja enlouquecido no Texas. Se não fosse pelo fato de haver pessoas dentro da igreja que estavam armadas e altamente proficientes no uso de suas armas, o resultado final teria sido catastrófico. Muito obrigado a elas!", finalizou.

Fonte: Gospel+