Considerada um dos maiores sucessos no mundo do entretenimento, a Netflix já conquistou milhões de assinantes em todo mundo, mas alguns dos seus conteúdos têm provocado indignação e a rejeição de muitos usuários. Como exemplo, agora a empresa está sendo acusa de promover o tráfico sexual de adolescentes em uma nova série, chamada "Baby".
"Apesar de apoiar o movimento #MeToo, a Netflix parece ter ficado completamente surda nas realidades da exploração sexual", disse Dawn Hawkins, diretora executiva do Centro Nacional de Exploração Sexual (CNES).
O CNES é uma organização americana que combate a exploração sexual, e desde janeiro desse ano vem se manifestando contra o lançamento da série "Baby", que, segundo o órgão, retrata um "grupo de adolescentes entrando na prostituição como uma forma de amadurecimento".
A série tem como inspiração o "escândalo Baby Squillo", ocorrido na Itália em 2013, quando foi descoberto que pelo menos 40 homens pagavam para ter relações sexuais com alunas de 14 e 15 anos.
A Netflix, ao que parece, dá outra conotação aos acontecimentos, omitindo a natureza perversa e criminosa da exploração sexual, ao invés de condená-la. Hawkins diz que a empresa está visando apenas seus próprios interesses.
"Apesar dos protestos de sobreviventes de tráfico sexual, especialistas no assunto e prestadores de serviços sociais, a Netflix promove o tráfico sexual insistindo em transmitir 'Baby'. Claramente, a Netflix está priorizando lucros sobre vítimas de abuso", disse ele.
"Este programa glamouriza o abuso sexual e banaliza a experiência de inúmeras mulheres e homens menores de idade que sofreram com o tráfico sexual", acrescenta.
A empresa tentou se defender, alegando em outubro desse ano que a produção busca "autenticidade" e que os criadores buscaram reproduzir a realidade.
"Os escritores conheciam esses personagens e estavam vivendo com eles. Parte disso é essa busca por autenticidade. Você lida com a crueldade porque quer histórias que importam", declarou Erik Barmack, vice-presidente da International Originals na Netflix.
O Centro Nacional de Exploração Sexual, no entanto, sustenta que a empresa usa seu interesse por audiência para promover o tráfico sexual, segundo informações do Christian Post.
Em um comunicado oficial, o órgão diz que a série "Baby", da Netflix, incentiva "atitudes e comportamentos sexualmente exploradores perpetrados por muitos homens na vida real e culpar suas vítimas. Essas são as mesmas atitudes e comportamentos que o movimento #MeToo procura erradicar".
Fonte: Gospel+
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Point Rhema