domingo, 28 de maio de 2017

“Se Lutero vivesse hoje, criticaria os pentecostais”, afirma pastor luterano - COMENTO A NOTÍCIA

Para luteranos, católicos estão teologicamente mais próximos da Bíblia que evangélicos pentecostais


Negando as 95 teses que deu origem à Reforma Protestante, e posteriormente à Igreja Luterana, católicos e luteranos "celebram" juntos os 500 anos do movimento que mudou a história mundial em 1517.
A divisão com a Igreja Católica, que ajudou a formar muitas nações europeias, também daria origem ao movimento chamado de "Contra Reforma", o qual derramou sangue de milhares de pessoas que negavam-se a submeter-se ao papa.
Em entrevista ao site alemão DW, o pastor gaúcho Cláudio Kupka, membro da comissão conjunta luterana do jubileu dos 500 anos da Reforma no Brasil avaliou como está a situação da Igreja.
Ele conta que durante muitos anos os luteranos, primeira denominação a usar o nome de evangélicos no Brasil, sofreram discriminação num país majoritariamente católico. "Era negativo e vergonhoso ser luterano… [hoje] A situação com a Igreja católica mudou muito. Antigamente, por exemplo, havia problemas com casamentos mistos entre católicos e luteranos, hoje não. Há uma aceitação mútua e um respeito muito maior. Com o papa Francisco ficou ainda mais fácil", assegura.
Em sua avaliação, "não estamos comemorando uma vitória sobre a Igreja católica. A Reforma é um processo histórico do qual ambas as Igrejas cresceram. A Igreja católica também ganhou com a Reforma, ela reviu muitos postulados e se repensou. Os temas que nos dividiram na Reforma estão superados".
Se com os católicos ele afirma que há uma boa relação, o mesmo não pode ser dito sobre os pentecostais. Crítico do movimento, acredita que "eles ocuparam espaço na mídia e fizeram o termo "evangélico" ser associado ao que representam".
Por isso, na busca de se distinguir, Kupka revela que os membros de sua denominação   voltaram a usar "protestante" e valorizar a palavra "luterano", o objetivo era "sairmos da ideia de que ser evangélico é estar interessado no dinheiro e explorar o povo. Há alguns anos, tivemos um debate sobre o uso da palavra bispo, que é uma autoridade pentecostal, por causa da má imagem na sociedade. Adotamos então o nome 'pastor sinodal'".
Segundo ele, "os neopentecostais rompem com tantos conteúdos básicos da teologia cristã que, a rigor, não podemos considerá-los uma teologia cristã. Se Lutero vivesse hoje, ele provavelmente criticaria os pentecostais e neopentecostais por estarem vendendo salvação".
Para o pastor luterano, "É uma ironia que agora a TV Record, de propriedade da Igreja Universal, vá lançar um seriado sobre Lutero. Justamente a denominação que mais trai os princípios da Reforma vai capitalizar em cima dessa comemoração".
Mas essa não é a única questão que distingue os dois grupos.  "A interpretação literal da Bíblia acaba causando divisões e divergências. Por exemplo, a questão de gênero. Os pentecostais são categóricos que homossexualidade é pecado e não aceitam ninguém com esta opção sexual. Já os protestantes tratam o tema com respeito, mesmo que alguns não abençoem uniões homossexuais", sublinha.
MEU COMENTÁRIO
Em parte concordo com a matéria, pois há erros grosseiros e excessos mesmo, mas com todo o respeito que merece o pastor luterano acima citado, creio que toda generalização não é de bom alvitre, como por exemplo colocar em um só "balaio" igrejas pentecostais e neopentecostais.
Em que pese entender que, por conta de uma concorrência desleal e desenfreada, tem gente boa se perdendo, mas tem muita gente séria, principalmente entre os pentecostais clássicos, que defendem a sã doutrina e os princípios do evangelho, sem negocia-los.
Por outro lado, já que o pastor luterano se achou no direito de julgar os pentecostais generalizadamente, sinto-me na liberdade para analisar e perceber que, não entendo que a Igreja Católica tenha mudado em nada, mas sim que os luteranos afrouxaram na ideia original de Martinho Lutero e por fim retrocederam muito, a ponto de encontrarem uma "zona de conforto e convergência" entre as duas igrejas.
Por esse motivo, salvo melhor juízo, não tenho certeza que se Lutero vivesse hoje, autorizaria a continuidade do seu nome na razão social da instituição.

3 comentários:

  1. Concordo plenamente com vosso comentário, nobre pastor Carlos.

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  2. Esse Pr. Luterano esta procurando motivo Para torna - se ecumênico , se já não for.

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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