Entidade quer impeachment por considerar que presidente
cometeu crime de responsabilidade. Fachin determina realização de perícia nos
áudios de delator e envia decisão sobre suspensão de inquérito ao plenário do
STF.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
decidiu apoiar o impeachment do presidente Michel Temer. O Conselho aprovou o
pedido de abertura do processo de impeachment por considerar que Temer cometeu
crime de responsabilidade. A solicitação será protocolada nos próximos dias na Câmara
dos Deputados.
Após mais de sete horas de reunião extraordinária, que
adentrou a madrugada deste domingo (21/05), em Brasília, os representantes dos
26 estados do país e o Distrito Federal decidiram por 25 votos contra 1 aprovar
o relatório favorável à cassação do presidente. Somente o representante do
Amapá votou contra. O Acre não enviou representante.
O relatório foi elaborado por um colegiado formado por seis
conselheiros federais e concluiu que as "condutas supostamente praticadas
pelo presidente da República do Brasil e investigadas perante inquérito no
Supremo Tribunal Federal (STF), é possível afirmar que essas condutas atentam
contra o Artigo 85 da Constituição Federal e podem, sim, constituir e dar
ensejo a um pedido de abertura de um processo de impeachment".
Os conselheiros entenderam que Temer se omitiu de denunciar
os crimes que ouviu na reunião com o dono da JBS, Joesley Batista. O delator
disse ao presidente ter sob seu controle um juiz, um juiz substituto e um
procurador da Operação Lava Jato, além de afirmar que recebeu informações
vazadas da força tarefa e pedir favores econômicos ao governo federal. Segundo
o relatório, Temer teria, assim sendo, prevaricado. O texto explicou que é
crime de responsabilidade "omitir-se do dever legal de agir diante de um
crime".
"Estamos pedindo o impeachment de mais um presidente da
República", disse o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia.
"Tenho honra e orgulho de ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com
tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao
cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia
brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel."
Temer, que sucedeu há um ano a Dilma Rousseff, voltou a
afirmar no sábado que não vai renunciar, após a divulgação do áudio da conversa
entre ele e Joesley. O presidente pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a
suspensão das investigações por corrupção passiva, obstrução da Justiça e
organização criminosa de que é alvo e afirmou que as gravações são
fraudulentas.
O Conselho aprovou o pedido de abertura do processo de
impeachment por considerar que Temer cometeu crime de responsabilidade. A
solicitação será protocolada nos próximos dias na Câmara dos Deputados.
O ministro do STF Edson Fachin decidiu no sábado enviar para
perícia da Polícia Federal (PF) o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista
durante uma conversa com o presidente Michel Temer. A perícia foi solicitada
pela defesa do presidente.
Na mesma decisão, Fachin determinou o envio para julgamento
pelo plenário da Corte, na próxima quarta-feira, do pedido feito pela defesa do
presidente Temer para suspender as investigações até a finalização da perícia.
Antes da decisão do ministro, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, defendeu a continuidade da investigação e disse que
não contém qualquer "mácula que comprometa a essência do diálogo",
mas informou não se opõe ao pedido de perícia feito pelo presidente.
Mais cedo, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um
recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas
contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o
presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo
Cunha, que está preso em Curitiba.
Fonte: Terra
MEU COMENTÁRIO
O Brasil inicia mais um processo de "sangramento social e econômico" a partir de agora.
As instituições começam a parar de novo, uma vez que somente agora, desde o início do pedido de impeachment de Dilma Roussef, uma pequena luz começava a brilhar no final do túnel.
Coma essa nova "tsunami" anunciada, envolvendo diretamente o ocupante da cadeira da função de Presidente da República, até que ponto a nação vai suportar mais um "sangramento em câmara lenta", diante de uma economia já tão debilitada?
Muito embora muitos já tenham dito isso, e a declarada resistência de Michel Temer em renunciar, reitero também que seria essa a mais honrosa atitude em benefício da nação.
Caso Michel Temer não tenha essa patriótica dignidade, então que o Superior Tribunal Eleitoral antecipe o julgamento do processo em andamento, que pode vir a cassar a chapa Dilma-Temer, no sentido de que aconteça logo a posse do Presidente da Câmara dos Deputados, independente de quem seja ele, para que o Brasil pelo menos não fique parado outra vez, e convoque eleições indiretas em 30 dias, já que Diretas já, só com alterações na Constituição, o que também não seria coisa tão rápida assim.
O Brasil todo está sendo passado a limpo, e o mundo inteiro assistindo para ver no que vai dar.
A Igreja do Senhor tem um grande papel a cumprir, orando e apresentando-se como "Sal da terra e Luz do mundo", mas para tanto não deve e nem pode estar envolvida com as mesmas atitudes mundanas e espúrias.
Oremos!
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema