Em tempos de conectividade, as igrejas não ficam de fora desse universo. Seja para baixar um áudio de uma ministração, pedir uma oração, ver um culto ao vivo, conseguir um endereço, ler a Bíblia, ou mesmo realizar uma oferta, o Google Play e App Store possuem uma infinidade de aplicativos destinado aos fiéis. E boa parte tem conteúdo gerado pelas próprias igrejas.
O uso dessas novas ferramentas pelas igrejas tem foco na evangelização. “A maioria dos apps que a gente desenvolve é para ajudar as pessoas no exercício da fé”, e também existe uma outra versão “para quem não é adventista, mas são cristãos e pensam em talvez tornarem-se adventistas”, comentou Carlos Magalhães, diretor de marketing digital da Igreja Adventista.
A Igreja Adventista começou a recrutar desenvolvedores de software em 2010 e, hoje, já pensa em realidade virtual. São duas equipes que criam aplicativos e produtos digitais para públicos diferentes. Sob o nome da Igreja Adventista, há 17 apps disponíveis na loja do Android; sob a Rede Novo Tempo, empresa de comunicação da igreja, são 23. Entre eles, há jogos para crianças com temática cristã, transmissão de TV e rádio e cursos bíblicos. Há um aplicativo para usar com óculos de realidade virtual para navegar por um templo 3D.
Luis Mauro Sá Martino, professor da Faculdade Cásper Libero (SP), e pesquisador de religião e mídia, analisa que as iniciativas das igrejas sempre têm boa aceitação dos fiéis, pois é um novo meio de levar uma mensagem. “As estratégias midiáticas das igrejas têm sido bem-sucedidas, nunca vi uma dar errado. Todas as vezes que as igrejas entram nesses ambientes, têm um resultado bom”, constatou Martino.
A Igreja Metodista tem um aplicativo que possibilita aos fiéis participar de chats e ganhar pontos ao participar das atividades da instituição. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem na App Store um catálogo da liturgia.
A Universal possui dois apps cadastrados sob o seu nome na Google Play, um é chamado de Godlywood, de desafios para mulheres que incluem ler a Bíblia todos os dias ou “investir no seu lado feminino”. Sob registro da Unipro, a editora da Igreja Universal, há um aplicativo de streaming, à la Netflix, de filmes e músicas cristãos: o Univer Vídeo.
As aplicações religiosas entram em concorrência direta com todos os demais programas disponíveis nas lojas virtuais. “Esses aplicativos têm de ser tão bem feitos e atraentes quanto os demais”, destacou Martino. Mesmo assim existem versões que não atendem a demanda dos usuários, que acabam não utilizando recursos básicos pois são falhos e inoperantes.
Com informações do Zero Hora via Gospel Prime
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema