As tragédias que levaram o judeu israelense Ze’ev ao ateísmo nasceram no holocausto promovido pelo nazismo, em meados da Segunda Guerra Mundial. Seu pai mudou-se para Jerusalém após perder toda sua família nos campos de concentração em Auschwitz, na Polônia, incrédulo.
Ze’ev é um artista ligado à cena da música eletrônica em Londres. Nascido em Jerusalém, cresceu sob a influência do pai, que deixara a fé para trás, nos horrores no holocausto. O encontro dele com uma edição do Novo Testamento em hebraico o fez notar que todas as suas escolhas a respeito da fé o levaram a um ponto em que ela se sobrepôs ao ceticismo.
"O holocausto mudou a forma como meu pai olhava para a existência de Deus. Aparentemente, ele chegou à conclusão de que Deus não existia. E foi com esse ensinamento que eu cresci. Eu não acreditava em Deus. A verdade é que eu nem gastava meu tempo pensando nisso", afirmou, em entrevista à entidade One For Israel.
"O holocausto mudou a forma como meu pai olhava para a existência de Deus. Aparentemente, ele chegou à conclusão de que Deus não existia. E foi com esse ensinamento que eu cresci. Eu não acreditava em Deus. A verdade é que eu nem gastava meu tempo pensando nisso", afirmou, em entrevista à entidade One For Israel.
Na infância e adolescência, Ze’ev se habituou com a divisão que existe em Israel, entre pessoas religiosas e não religiosas, e sua educação o colocou no segundo grupo, com um certo preconceito em relação ao primeiro.
"Eu não entendia como naquele calor sufocante eles usavam toda aquela roupa preta. Por que preta? Então é isso o que significa acreditar em Deus? Isso não tinha lógica para mim", revelou.
Quando esteve próximo de completar 13 anos, seu pai o incentivou a realizar um Bar Mitzvá, um ritual que mescla intelecto e religião e funciona como uma passagem do jovem judeu na comunidade para a fase madura da vida. A ideia do pai de Ze’ev era que o filho, embora cético, conhecesse as tradições de seu povo.
"Eu tive que aprender a Haftarah (uma seleção dos livros dos Profetas), mas eu nem me encontrei com um rabino, meu pai me trouxe alguns vídeos cassetes que alguém deu para ele", relembrou.
Aos 18 anos, iniciou o serviço militar obrigatório de três anos nas Forças Armadas de Israel, e ao concluir, mudou-se para Londres, onde passou a trabalhar com música eletrônica. Em sua rotina, passava em frente a um estabelecimento que tinha uma placa que atraiu sua atenção.
"Eu estava no ônibus vendo lojas, pessoas e, de repente, notei a placa de um lugar totalmente estranho: 'Judeus Para Jesus'. Eu disse: 'Essas pessoas são loucas! O que significa Judeus Para Jesus? Ou você é judeu ou você é cristão. Não há judeus para Jesus'".
Sua rotina foi a mesma ao longo de dois anos, e diariamente, ele fazia o mesmo trajeto, lendo a mesma placa. Um dia, o incômodo foi maior e ele resolveu entrar no estabelecimento. Um judeu o abortou, conversou com ele em hebraico e explicou do que se tratava aquele local.
"De repente, eu vi um pequeno livro cor de vinho — o Novo Testamento, em hebraico! Como assim em hebraico? Quem precisa do Novo Testamento em hebraico? Essa é a Bíblia cristã, e não a nossa!”, disse Ze’ev, sobre seu pensamento na ocasião.
A conversa com o compatriota o levou a explorar pontos de vista que ele havia ignorado a vida toda, e ele foi informado de que Yeshua era o Messias anunciado pelos profetas antigos.
"'Yeshua?' Eu nunca tinha ouvido esse nome. Eu tinha ouvido sobre Yeshu. 'Por que eles mudaram o nome dele? Isso parece duvidoso. Se você tem um problema com alguém, por que você vai lá e muda o nome da pessoa?'", questionava a si mesmo.
Intrigado, Ze’ev foi pesquisar mais sobre aquele assunto e o que ele descobriu mudou sua vida. "Foi inacreditável. De repente eu vi que existem muitos detalhes escritos sobre O Próprio. Aquele que deveria vir após a destruição do Segundo Templo, como estava escrito no livro de Daniel, morreu como um sacrifício por todos os nossos pecados", disse.
"'Sou ateu, não acredito em Deus'", pensou no momento. "Mas me vi encarando duas opções: ou esta é uma incrível coincidência ou é realmente a verdade. Eu senti que eu precisava ter mais fé para acreditar que isso era apenas uma coincidência do que para aceitar isso como verdade", acrescentou.
Ao reler Isaías 53, o então ateu descobriu a síntese de toda a revelação que ele recebeu da parte de Deus sobre Jesus Cristo: "'Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós'. Ele morreu por todos nós. Aquilo realmente falou comigo", garantiu.
"Eu agradeço a Yeshua. Eu recebi uma nova consciência que me permitiu enxergar as coisas como elas realmente são. Todas as coisas que eu costumava fazer, que para mim pareciam coisas normais, coisas aceitáveis, coisas legais; de repente, eu comecei a sentir que não estavam certas. Eu vi as coisas de uma forma diferente. É como se eu tivesse uma consciência quebrada, que foi substituída por uma nova consciência. Tudo ficou claro”, afirmou, falando sobre sua conversão. "É uma nova vida. Sou eu, mas sou um novo eu — completamente novo. Não é como antes".
Fonte: Gospel+
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema