segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Autor da lei das 10 medidas fala sobre votação: “lembrem-se disso em 2018”

Diego Garcia é um dos autores do Projeto de Lei que acabou desfigurado

O deputado Diego Garcia (PHS/PR) é um dos autores do Projeto de Lei 4850/2016, que transformou a petição pública assinada por mais de dois milhões de pessoas no  que é conhecido como “10 Medidas contra a Corrupção”. Apresentado no início do ano, o projeto foi debatido durante meses nas comissões e várias audiências públicas. Entre as pessoas chamadas para ajudar a esclarecer estavam o juiz Sérgio Moro e o procurador Daltan Dallagnol, ambos do Paraná, terra do deputado Diego.
Parte da chamada “Bancada da Bíblia”, Garcia vem se destacando pelas lutas em favor de causas cristãs no Congresso, manifestando-se contra a legalização do aborto e apresentando pautas que visam uma maior transparência na administração pública.
Em entrevista ao Gospel Prime após ver o projeto das 10 medidas ser desfigurado na votação da Câmara dos Deputados, o parlamentar lamentou a exclusão de vários pontos apresentados, que poderiam ter um grande impacto no combate à corrupção no Brasil.
Como é sua característica, o posicionamento do deputado Diego foi sempre forte, lutando ao lado do relator Onyx Lorenzoni (DEM/RS) para que todas as alterações propostas pelo plenário, nos chamados “destaques” não suprimissem elementos importantes da proposta original.
Infelizmente isso ocorreu, através do que o deputado chamou de “grande manobra”. Como vários dos deputados que votaram o projeto de lei, segundo a imprensa, temem serem atingidos de alguma forma pela “Operação Lava Jato”, criou-se no Brasil um amplo debate sobre a maneira como as votações foram feitas.
“Nossa sociedade não aguenta mais tanta corrupção”, desabafa Diego. Ele espera que no Senado algumas das propostas originais possam ser recuperadas. Conta ainda que há deputados “arrependidos” por que não leram o que estavam votando, preferindo seguir apenas a orientação partidária.
Lembrando do alto custo da corrupção no país, algo como 200 bilhões de reais por ano, cerca de três vezes o orçamento nacional de saúde, o deputado do PHS pede: “a hora é agora de trabalharmos e pressionar para devolver as medidas ansiadas por milhões de brasileiros”.
Finalizou dizendo que “a sociedade não pode esquecer que esse é o resultado das eleições de 2014”, pois todos os que votaram as medidas foram eleitos. Portanto, “é preciso haver desde já uma reflexão e o eleitor deve lembrar de tudo isso na hora de votar em 2018”.
Fonte: Gospel Prime

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Point Rhema

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