A PROVISÃO DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS EBD/CPAD por Pr. Adaylton de Almeida Conceição
A GRAÇA DE DEUS
Após ter saído do Egito
e cruzado o mar Vermelho na direção de Canaã, não demorou muito para Israel
descobrir o que muita gente não percebe durante a vida inteira: é impossível
viver sem a graça de Deus.
A graça de Deus, como
bem expressou Davi, é melhor do que a vida, pois é ela que nos salva, nos
sustenta e nos satisfaz (Sl 63.3). A graça nos salva do pecado e de nós mesmos
(ela nos arranca do Egito); ela nos sustenta em meio ao deserto da vida; ela
também nos satisfaz no muito ou no pouco que nós vamos recebendo de Deus na
caminhada.
O CAMINHO DO DESERTO
A história de Êxodo é a
história da graça de Deus resgatando o seu povo do Egito e sustentando-os pelo
caminho do deserto, até a terra de Canaã. Sem a graça de Deus essa gente nem
teria saído da escravidão, muito menos sobrevivido no caminho do deserto. O
caminho do deserto sem a graça de Deus teria sido o fim daquele povo.
1- Como saber qual o
caminho a seguir? Como se aquecer do frio congelante da noite? Como se livrar
do sol escaldante do dia? Nada como a coluna de fogo de noite e a nuvem de dia
para conduzi-los e abrigá-los no caminho do deserto.
2 – Quando faltar água
ou se elas forem amargas, que fazer? Deus proverá e adoçará as águas do
deserto.
3 – Quando a caminhada
estiver dura, onde buscar alívio? Deus proverá repouso em Elim, com sombra de
palmeiras e fontes de água fresca.
4 – Quando faltar
comida, onde obter? Deus fará chover maná e codornizes para matar a fome do
povo pelo caminho do deserto.
Todas essas provisões
pelo caminho do deserto vieram por meios milagrosos. Era a graça de Deus
sustentando o povo ao longo da jornada. A provisão de Deus jamais faltaria, de
maneira que, se não fosse o espírito de incredulidade, a viagem teria sido
calma, apesar das lutas.
O caminho do deserto era
a sala de aula de Deus, era o instrumento didático do Senhor, ensinando o seu
povo a confiar e a regozijar-se na graça, do início ao fim da jornada.
Ao longo dos quarenta
anos no deserto Deus cuidou do seu povo, e os orientou através da nuvem de dia,
e a noite uma coluna de fogo (Êx 13.21-22), não deixou nada faltar, as roupas
não envelheceram, nem os pés incharam (Dt 8.4), proveu água e comida, deu vitoria
diante dos inimigos. Devemos acreditar no Deus que servimos, assim como Ele
cuidou de Israel no deserto também cuidará de nós nas horas das dificuldades.
Durante 40 anos no deserto a presença de Deus confirmava a
sua Palavra
Durante os quarenta anos
de deserto o povo viu á mão de Deus manifestar a favor deles, mesmo assim
preferiam estar nos fornos de tijolos do Egito com o Faraó, do que no deserto
gozando da graça de Deus. Deus cuidou do seu povo dando-lhe Maná e codornizes,
quando estavam com fome (Êx 16.2-3,11-12).
Deus providenciava
codornizes de maneira natural, ou seja, Ele usava os meios da natureza (Êx
16.13, Sl 104.30, Nm 11.31-32), porém a maneira pela qual ele providenciava o
maná era de fato algo completamente milagroso, o maná vinha do céu (Êx 16.4). É
bom lembrar que a Igreja tem o seu maná diário, que é Cristo, pois Ele disse
que é o pão da vida que veio do céu (Jo 6.51; 6.35).
ELIAS - DEUS CUIDA DOS SEUS SERVOS EM TEMPO DE CRISES
No tempo de Elias, havia fome sobre a terra.
Ele mesmo transmitiu ao
rei Acabe, a mensagem de Deus, de que não choveria sobre a terra. Porém Deus sempre se responsabilizará
pela vida dos Seus. “...Decerto, vosso
Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas” (Mateus
6.32).
Elias tinha apenas que
obedecer a Deus. “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do
Jordão” ( 1 Re. 17.3). Ele foi e encontrou as águas que faltava em tantos
lugares. Ali Deus determinou que os corvos o alimentasse.
( I Re. 17.4,6). “Beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos
corvos que ali te sustentem... E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã,
como também pão e carne à tarde; e ele bebia do ribeiro”.
O AGIR DE DEUS
Deus atua de forma contraria às circunstancias: I Reis 17.
Elias foi a uma cova em Querite,
os corvos lhe trazia pão e carne. (17.6). “E os corvos lhe traziam pão e carne pela
manhã, como também pão e carne à tarde; e ele bebia do ribeiro.”
No vers. 7 o ribeiro
se secou e Deus o manda a Serepta de
Sidom. Porque? Se calcula que a distancia era de uns 150 Km. E certamente Elias
não foi pelo caminho normal, pois
Jezabel e Acabe o estava buscando para matá-lo. Talvez foi pelo caminho
das montanhas, mais difícil...150 Km,
sem carro, sem cavalo, sem ninguém para lhe dar uma
carona...
v.9. Parece ilógico que
Deus o mandasse a Serepta de Sidon (Fenícia). Pois ali era justamente a terra
de Jezabel e seus parentes... Ali Deus havia determinado a uma mulher viúva,
que o guardasse e sustentasse.
(Lc.4.25,26). “Em
verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel nos dias de Elias, quando
céu se fechou por três anos e seis meses, de sorte que houve grande fome por
toda a terra; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Serepta
de Sidom”.
A viúva ia
preparar
seu último pão para ela e seu filho,
para depois morrer. Isto mostra a gravidade da situação. ( I Re. 17.10). “Levantou-se,
pois, e foi para Sarepta. Chegando ele à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco
d'água, para eu beber.
Tudo o que Deus fez
parece ilógico.
1-
Manda uma cova, e não a uma casa ou a um Hotel.
2-
Um ribeiro, e não um rio caudaloso.
3-
Um corvo, e não um garçom.
4- A
Serepta, e não a um lugar amistoso
5- e
por fim a uma viúva, e ainda, pobre, ou melhor, mais que pobre. Estava num
estado de lástima.
(1 Re. 17.17-21) “Depois
destas coisas aconteceu adoecer o filho desta mulher, dona da casa; e a sua
doença se agravou tanto, que nele não ficou mais fôlego. Então disse ela a
Elias: Que tenho eu contigo, ó homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à
memória a minha iniquidade, e matares meu filho? Respondeu-lhe ele: Dá-me o teu filho. E ele o
tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto onde ele mesmo habitava, e
o deitou em sua cama. E, clamando ao Senhor, disse: ç Senhor meu Deus, até
sobre esta viúva, que me hospeda, trouxeste o mal, matando-lhe o filho? Então
se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, dizendo: Senhor meu Deus, faze que a vida deste menino
torne a entrar nele”.
Será que não havia alguém em melhores condições social e econômica em
Serepta? - Sim, havia. Mas era para
provar a fé de Elias e ver até onde ele confiava em Deus. Deus queria mostrar
que ele era o Deus da provisão quando tudo parece difícil.
A globalização
A globalização trouxe e mantém o espírito de
unificação das nações para fins comerciais e de avanço tecnológico. Quem parece
não encontrar lugar, são as nações pobres do planeta.
A globalização veio com o conceito de “nova ordem
econômica” conceito que na minha juventude esperava acontecer e alegrei-me
quando isto foi pronunciado pela primeira vez e então entendi que estava aberta
a porta para o fim.
A exemplo de Elias,
nós também estamos assistindo a uma crise global. Ninguém pode negar que o
mundo passa por problemas. A tragédia espalha-se pelas ruas. A violência é o
principal assunto dos jornais. Os debates políticos da atualidade refletem as
divisões severas e profundas em uma sociedade que parece desorientada. As
previsões para a nossa economia são sombrias e assustadoras. Hoje, o fantasma
que ameaça grande parte da população, é a perda do emprego. A fobia se espalha.
Como explicar tamanho caos? Como viver com esta insegurança? Em que ou em quem
confiar? Há alguma esperança para um muno em crise e à beira do colapso?
O
mundo jaz no maligno.
Sabemos a causa de todo atropelo que ocorre no
mundo; Fomes, guerras, doenças e acidentes naturais Mc 13:8 e as calamidades
apocalípticas para depois do arrebatamento, Ap.6:8 tem como causa o profundo
grau de desobediência dos homens e o gestor dessas calamidades é o próprio
Diabo para quem a sentença já foi lavrada.
Uma
sociedade centrada no homem.
Vivemos em uma sociedade em que o antropocentrismo
prevalece. A palavra ‘antropos’
significa “homem”, e antropocentrismo traz a ideia do homem como o centro de
tudo. Alguns fatos ocorridos no
passado poderiam ser visto como uma ficção e o nosso tempo como realidade: A
Torre de Babel – “Façamos um nome para que não sejamos espalhados sobre a
terra.”; Jardins suspensos de Babilônica e Nabucodonosor, Dn. 4:30.
Deus não dá a sua
glória a outrem. Is. 42:8
No Novo Testamento
temos o discurso de Herodes que inchou-se diante dos aplausos e gritos que a
sua voz era de Deus e não de homem, Atos 12:22.
O antropocentrismo
é um mal que invadiu muitos lugares de culto e por vezes vem de um elogio
aparentemente honroso.
Os líderes
precisam se cuidar, pois em busca de interesses, enaltecem a figura do homem
acima de tudo em busca de poder e Deus está atento a tudo isso.
Uma
sociedade relativista.
O relativismo ético e moral nega a existência de
verdades absolutas, especialmente, os princípios e ensinos imutáveis da Palavra
de Deus. O autor esclarece bem o
sentido do relativismo e basta sua leitura em classe, para ver que vivemos um tempo em que o certo e o errado
se misturam e pior ainda, em se tratando das questões relativas a Deus e
principalmente a sua Palavra, o homem se torna culpado pelo transtorno causado
quando em muitas igrejas os valores cristãos estão pervertidos e não há
qualquer respeito a verdadeira orientação da palavra de Deus.
O
ENSINO DE JESUS SOBRE AS NOSSAS NECESSIDADES
Todas as pessoas, no percurso da vida, enfrentam dificuldades e passam por alguma necessidade. Há necessidades de afeto, de carinho, de reconhecimento, de amor, de coisas mate-riais, de pão… Jesus ensinou aos seus discípulos: “…no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (Jo 16.33). Ele começou o seu ministério no deserto. Ali Jesus foi tentado por satanás nas coisas em que somos tentados como homens (Hb 4.15). Ele teve fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), cansaço (Jo 4.6) e enfrentou dura batalha contra o tentador, mas, no poder do Espírito Santo, Ele venceu tudo (Fp 2.8-9).
Por Pr. Adaylton de Almeida
Conceição (Th.B.Th.M.Th.D.)
Assembleia
de Deus Ministério do Belém em Santos - SP
Facebook:
Adayl Manancial
BIBLIOGRAFIA
- Ângela Valadão – O Ensino de Jesus sobre a Provisão
- Vanderlei Cardoso – Deus Proverá e suprirá
- Gildásio Reis - A Provisão de Deus em tempos de escassez
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema