segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SOBREVIVENCIA EM TEMPOS DE CRISE - EBD/CPAD - Subsídio Teológico


No livro de Gênesis nós temos a história da criação do mundo e de tudo o que nele contem. O homem foi criado por Deus para ser seu representante no planeta terra e para desfrutar de plena comunhão com Ele.

Segundo as Escrituras na criação original de Deus, em Gênesis 1.1, há um principio definido, um período desconhecido e longínquo, oculto da limitada e finitamente humana, o qual vai mais além da criação de Gênesis 1.1.

A criação original fala de uma terra bela e esplendorosa. Não cremos numa terra original sem forma e vazia. “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados (Ezequiel 28.12,13).

Mesmo que já tivesse ocorrido a rebelião de Satanás, o homem foi criado em um mundo de mil maravilhas e colocado por Deus para ser seu fiel administrador. Sabemos que o homem não conhecia o pecado por experiência e tinha plena comunhão com Deus.

A CRIAÇÃO DO HOMEM.

Gênesis 1.26:  “E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo  réptil que se move sobre a terra”.

No sexto dia da criação, depois de concluir sua ação criadora, Deus sentiu a necessidade de algo mais pessoal, algo inteligente e que pudesse ter comunicação direta com Ele.

Numa época completamente remota, num passado desconhecido, a Divindade propôs a criação de um ser que pudesse desfrutar de comunhão com Deus e, para ser seu representante aqui na terra. Esse ser foi o HOMEM. Foi criado à IMAGEM e SEMELHANÇA de Deus.

O homem foi criado para ser perfeito, puro e maravilhoso. Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Eclesiastes 29).

Deus deu ao homem todo poder sobre as coisas criadas (céu, terra e mar). Através da ciência, a tecnologia, podemos ver o poder dominante do homem. O homem com esse poder e sabedoria, deu nome a todos os seres viventes da terra. Era um conhecimento intuitivo. O homem era perfeito em todos os aspectos: físico, moral e espiritual.

A QUEDA E A MORTE DO HOMEM

A mulher caiu sob a tentação, levando seu marido, Adão a uma condição lamentável. Assim , Adão que foi constituído como chefe da criação,  se sujeitou a Satanás, passando sua lealdade de Deus ao Diabo. Naquele momento, ele, Adão entregou o mundo nas mãos do maligno. Desde então o diabo se constituiu como, príncipe deste mundo (João 14.30); deus deste século ( II Coríntios 4.4).

Os resultados da caída já eram conhecidos pelo homem. A “morte” foi o pior castigo que veio em consequência da desobediência do homem

Com a entrada do pecado no mundo, o que era para o homem e para todo o ser criado por Deus uma vida tranquila e em um mundo de delícias, se transformou em uma vida cercada por diferentes crises que, não só afastava o homem de Deus, mas que lhes sobreveio diferentes crises, conflitos e necessidades que permanecem até os dias de hoje.

O DILÚVIO – RESULTADO DO PECASDO DO HOMEM

A crise na sociedade antediluviana.

O capitulo 6 de  Genesis, nos mostra que a condição do homem dominado pelo pecado, levou a Deus a decretar a destruição do gênero humano, preservando apenas uma família para dar continuação à espécie humana. Então veio o dilúvio, quando só Noé e sua família e os animais separados por ele escaparam com vida.

As causas morais do dilúvio. — O dilúvio não foi uma mera catástrofe física. Foi um acontecimento de tremendo cunho moral. Gênesis 6:5. A sociedade estava moralmente insalubre, sem esperança. As causas da apostasia não são difíceis de se achar. Leia-se Gênesis 6:1– 5. Lembrando o que foi dito a respeito das duas linhagens de Caim e Sete, é provável que a degeneração total foi resultado de casamentos entre a linhagem de Sete (“filhos de Deus”) e a linhagem de Caim (“filhas dos homens”). Como todas as concessões ao pecado, as vantagens estavam todas no lado errado. A consequência da apostasia foi a destruição da raça. Um crime extremo demanda uma pena extrema.

A CRISE PERDUROU NO PERIODO PÓS-DILUVIANO

Mesmo sendo conhecedores da experiência do dilúvio e de que o pecado foi o causador do mesmo, o homem não demorou muito a manifestar sua natureza caída e contaminada pelo pecado. A construção da Torre de babel foi a mostra mais visível de uma vida afastada de Deus e que colocava em dúvida a fidelidade do Criador para com o homem.

Dão início à construção de uma grande torre com o propósito duplo de se fazerem grandes e de impedirem a dispersão. O plano de Deus, expresso na aliança com Noé, era que se distribuíssem e povoassem a terra. O pecado deles não estava na torre, mas em seus corações. Deus frustrou tal propósito confundindo-lhes a fala, o que os obrigou a se dispersarem; daí o nome Babel, que significa confusão.

Habacuque

“Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 – 597 a.C.). O livro é o único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas  sim a um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: ‘Por que Deus castigaria o seu povo através  de uma nação mais ímpia do que ele?’ No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente  das circunstâncias.”

Com as sucessivas crises que se seguiram ao pecado do homem, Deus, apesar de ter sido abandonado pelo homem, em nenhum momento abandonou o homem que criara. Isso pode ser visto com as diferentes provisões do Criador, visando sempre a restauração do homem e sua reconciliação. O próprio Dilúvio aponta para a preservação da raça humana, logo depois o chamado de Abraão, Moisés, dos Juízes, dos profetas e muitos outros meios que foram usados por Deus para restaurar o homem.

Com o aumento do pecado e o distanciamento cada vez maior da raça humana, conforme vemos em Isaias 53, Deus envia o seu Filho Jesus para reconciliar, de uma vez para sempre, o homem com Deus.

Quando Jesus nasceu, o mundo estava envolto em crises, o que humanamente parecia impossível ser o momento oportuno para a mediação entre Deus e o homem. A nação de Israel estava na condição de cativa do império romano, havia crise moral, política, social e espiritual. O povo que supostamente seria o detentor do testemunho de Deus, os israelitas, estava vivendo segundo o curso deste mundo, o que os levou a rejeitar a Jesus como enviado de Deus. João 1.12.

AS CRISES NOSSA DE CADA DIA

Estamos vivendo a fase mais moderna da história do homem. Porém, apesar de todos os avanços modernos, o mundo está enfrentando as maiores crises de todos os tempos.

É inegável que vivemos na época da ciência e da tecnologia, dos avanços na medicina e em todas as áreas de pesquisas tecnológicas. O homem trabalha menos e vive mais.

A maior das ironias: Nunca houve uma sociedade tão desenvolvida e com tanto acesso a informações e recursos tecnológicos e, ao mesmo tempo, tão pobre, carente e doente.

Por tudo isto, vivemos a era das CRISES: crise de valores, crise financeira, crise moral, crise religiosa, crise do judiciário, crise conjugal, crise de identidade, crise política, crise educacional e tantas outras. Trata-se de um problema social crônico! Salvo raríssimas exceções, as pessoas, independentemente da sua posição social, estão com problemas na alma, feridas emocionais abertas ou enfrentando sérios problemas familiares.

O MUNDO VIVE A MAIOR CRISE DE VALORES DE SUA HISTÓRIA

Na sociedade atual nossa vida é marcada por ter que fazer diariamente escolha, escolha estas que nem sempre condiz com a moral ética exigida pela massa. Essas escolha possibilitou a filosofia dos valores a cair no positivismo e neo positivismo. Neste sentido os valores adquiriram nos dias atuais uma grande importância e passou a ser objeto de tematização.

Este relativismo nos levou a não possuirmos critérios seguros que nos leve a distinguir o bem do mal, o belo do feio, o certo e o errado, tudo é relativo e depende da concepção de cada um. Tudo isso nos levou a uma grande crise de valores. Eles não são mais como antes imutáveis e sim muda a cada instante conforme o desejo da humanidade.

Uma das maiores crises que enfrentamos hoje nos dias hodiernos é nos modelos e nas relações familiares. Que modelo de família foi passado para nós pelos nossos antepassados? E qual modelo de família que a sociedade tem nos apresentado hoje? Sendo na família o lugar onde nós adquirimos primeiramente nossos valores. Nossas famílias hoje estão em crise, por essa mutabilidade de modelos que temos hoje.

Parece que o mundo está de pernas para o ar. A gente olha para os lados e vê que os bons não chegam a lugar nenhum. E enquanto isso, os espertos, os desonestos e os indolentes quase sempre arranjam um "jeitinho" de passar a perna nos outros e levar a melhor. O "jeitinho" brasileiro já virou até folclore, e as notícias de corrupção envolvendo políticos nem chegam a causar espanto.

CRISE ECONOMICA E CRISE POLÍTICA

Estamos numa crise econômica e não há como negar que 2016 naquilo que eles estão falando ser um ano de “ajustes”, na verdade, é o ano do pagamento de uma fatura dos gastos irresponsáveis de governantes que olharam somente para o seu umbigo.

Os juros estão cada vez mais altos; os impostos aumentam e os benefícios diminuem. O resultado disto tudo? Famílias endividadas que vão à busca de crédito.

A inflação ou o baixo poder aquisitivo das família, o desemprego e o desespero. Só no Brasil se calcula que Há cerca de 11 milhões de desempregados. Segundo a ONU quase dois bilhões de pessoas padece de fome, e isso ocorre tanto no campo como na cidade.

As grandes indústrias dão mostra de falência. Os governos  tentam acalmar os ânimos, mas a realidade está patente, aos olhos de todos. Já se fala em uma moeda universal.

No mundo político, as crises são internas e externas. Em todo o mundo, o ambiente político está convulsionado. O alarme é geral, o desemprego chegou à grande nação do mundo; os EUA entraram em depressão, o seu presidente, homem de convicção, já reconhece o momento de recessão em que vivem.

Nossos medos e incertezas em tempos de crise provêm da capacidade que achamos ter, fruto da comparação que fazemos com aquele que está, ou acima, ou abaixo do nosso padrão. Confiamos em nosso talento, entretanto, chega uma hora que as nossas forças se esvai.

Devemos colocar nossa esperança unicamente em Deus. Vamos buscar recursos para nos aperfeiçoar; precisamos nos esforçar para fazer o melhor; todavia, nossa confiança deve estar em Deus que nos supre. Jesus manda que vivamos o dia sem se preocupar o que nos acontecerá amanhã (Mt 6.34). Mas ansiosos que somos, com o medo do fracasso, vivemos o mês, o ano e a década.

Ser rico não é pecado como ser pobre não é maldição. A questão é o amor ao dinheiro, como disse Paulo Romeiro: “O problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade, mas a teologia”. Ser prospero é bênção de Deus.

CRISE ESPIRITUAL

Todas as crises mencionadas anteriormente nos têm conduzido der forma vertiginosa a uma grande Crise Espiritual entre todos os credos. Muitos líderes religiosos perguntam: “Que fazer para conformar os fiéis?”

O Profeta  Habacuque, no capitulo primeiro do seu livro nos dá u exemplo do que é viver em um mundo em crise, principalmente em crise espiritual.

Diferente de nós, Deus sabe o que acontecerá amanhã, na próxima semana, no próximo ano, na próxima década. Ele diz : “Eu sou Deus, e não há ninguém como eu, declarando o fim desde o inicio.” (Isaías 46:9) Ele sabe o que acontecerá no mundo. Mais importante, ele sabe o que acontecerá na sua vida e pode ajudá-lo, se você tiver escolhido incluí-lo em sua vida. Ele nos diz que pode ser “nosso refúgio e força, auxílio sempre presente em momentos de dificuldades.” (Salmos 46:1) Mas devemos fazer um esforço sincero para buscá-lo. Ele diz, “vocês me buscarão e me encontrarão, quando me procurarem de todo coração.” (Jeremias 29:13).///

Pr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.;Th.D.)
Assembleia de Deus Ministério do Belém em Santos - São Paulo.
Facebook: adayl manancial

BIBLIOGRAFIA
  • Maria Helena Brito Izzo  - Crise de valores
  • Fabio Campos – O que a Bíblia tem a dizer-nos sobre a crise brasileira
  • Fábio Konder - Significado e perspectivas da crise atual


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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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