No livro de Gênesis nós temos a história da criação do mundo
e de tudo o que nele contem. O homem foi criado por Deus para ser seu
representante no planeta terra e para desfrutar de plena comunhão com Ele.
Segundo as Escrituras na criação original de Deus, em
Gênesis 1.1, há um principio definido, um período desconhecido e longínquo,
oculto da limitada e finitamente humana, o qual vai mais além da criação de
Gênesis 1.1.
A criação original fala de uma terra bela e esplendorosa.
Não cremos numa terra original sem forma e vazia. “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe:
Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e
perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era
a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o
jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e
dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados”
(Ezequiel 28.12,13).
Mesmo que já tivesse ocorrido a rebelião de Satanás, o homem
foi criado em um mundo de mil maravilhas e colocado por Deus para ser seu fiel
administrador. Sabemos que o homem não conhecia o pecado por experiência e
tinha plena comunhão com Deus.
A CRIAÇÃO DO HOMEM.
Gênesis 1.26:
“E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo
réptil que se move sobre a terra”.
No sexto dia da criação, depois de
concluir sua ação criadora, Deus sentiu a necessidade de algo mais pessoal,
algo inteligente e que pudesse ter comunicação direta com Ele.
Numa época completamente remota,
num passado desconhecido, a Divindade propôs a criação de um ser que pudesse
desfrutar de comunhão com Deus e, para ser seu representante aqui na terra.
Esse ser foi o HOMEM. Foi criado à IMAGEM e SEMELHANÇA de Deus.
O homem foi criado para ser perfeito, puro e maravilhoso. “Vede, isto tão somente achei: que Deus fez
ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções” (Eclesiastes 29).
Deus deu ao homem todo poder sobre as coisas criadas (céu,
terra e mar). Através da ciência, a tecnologia, podemos ver o poder dominante
do homem. O homem com esse poder e sabedoria, deu nome a todos os seres
viventes da terra. Era um conhecimento intuitivo. O homem era perfeito em todos
os aspectos: físico, moral e espiritual.
A QUEDA E
A MORTE DO HOMEM
A mulher
caiu sob a tentação, levando seu marido, Adão a uma condição lamentável. Assim ,
Adão que foi constituído como chefe da criação,
se sujeitou a Satanás, passando sua lealdade de Deus ao Diabo. Naquele
momento, ele, Adão entregou o mundo nas mãos do maligno. Desde então o diabo se
constituiu como, príncipe deste mundo (João 14.30); deus deste século ( II
Coríntios 4.4).
Os
resultados da caída já eram conhecidos pelo homem. A “morte” foi o pior castigo
que veio em consequência da desobediência do homem
Com a
entrada do pecado no mundo, o que era para o homem e para todo o ser criado por
Deus uma vida tranquila e em um mundo de delícias, se transformou em uma vida
cercada por diferentes crises que, não só afastava o homem de Deus, mas que
lhes sobreveio diferentes crises, conflitos e necessidades que permanecem até
os dias de hoje.
O DILÚVIO
– RESULTADO DO PECASDO DO HOMEM
A crise na sociedade antediluviana.
O
capitulo 6 de Genesis, nos mostra que a
condição do homem dominado pelo pecado, levou a Deus a decretar a destruição do
gênero humano, preservando apenas uma família para dar continuação à espécie
humana. Então veio o dilúvio, quando só Noé e sua família e os animais
separados por ele escaparam com vida.
As causas morais do dilúvio. — O dilúvio não foi uma mera catástrofe física. Foi um
acontecimento de tremendo cunho moral. Gênesis 6:5. A sociedade estava
moralmente insalubre, sem esperança. As causas da apostasia não são difíceis de
se achar. Leia-se Gênesis 6:1– 5. Lembrando o que foi dito a respeito das duas
linhagens de Caim e Sete, é provável que a degeneração total foi resultado de
casamentos entre a linhagem de Sete (“filhos de Deus”) e a linhagem de Caim (“filhas
dos homens”). Como todas as concessões ao pecado, as vantagens estavam todas no
lado errado. A consequência da apostasia foi a destruição da raça. Um crime
extremo demanda uma pena extrema.
A CRISE
PERDUROU NO PERIODO PÓS-DILUVIANO
Mesmo
sendo conhecedores da experiência do dilúvio e de que o pecado foi o causador
do mesmo, o homem não demorou muito a manifestar sua natureza caída e
contaminada pelo pecado. A construção da Torre de babel foi a mostra mais
visível de uma vida afastada de Deus e que colocava em dúvida a fidelidade do
Criador para com o homem.
Dão
início à construção de uma grande torre com o propósito duplo de se fazerem
grandes e de impedirem a dispersão. O plano de Deus, expresso na aliança com
Noé, era que se distribuíssem e povoassem a terra. O pecado deles não estava na
torre, mas em seus corações. Deus frustrou tal propósito confundindo-lhes a
fala, o que os obrigou a se dispersarem; daí o nome Babel, que significa
confusão.
Habacuque
“Habacuque
profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de
Jerusalém pelos babilônios (605 – 597 a.C.). O livro é o único no seu gênero
por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim a um diálogo entre o profeta e Deus.
Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que
predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para
castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: ‘Por que
Deus castigaria o seu povo através de
uma nação mais ímpia do que ele?’ No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus,
e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente das circunstâncias.”
Com as
sucessivas crises que se seguiram ao pecado do homem, Deus, apesar de ter sido
abandonado pelo homem, em nenhum momento abandonou o homem que criara. Isso
pode ser visto com as diferentes provisões do Criador, visando sempre a
restauração do homem e sua reconciliação. O próprio Dilúvio aponta para a
preservação da raça humana, logo depois o chamado de Abraão, Moisés, dos
Juízes, dos profetas e muitos outros meios que foram usados por Deus para
restaurar o homem.
Com o
aumento do pecado e o distanciamento cada vez maior da raça humana, conforme
vemos em Isaias 53, Deus envia o seu Filho Jesus para reconciliar, de uma vez
para sempre, o homem com Deus.
Quando
Jesus nasceu, o mundo estava envolto em crises, o que humanamente parecia
impossível ser o momento oportuno para a mediação entre Deus e o homem. A nação
de Israel estava na condição de cativa do império romano, havia crise moral,
política, social e espiritual. O povo que supostamente seria o detentor do
testemunho de Deus, os israelitas, estava vivendo segundo o curso deste mundo,
o que os levou a rejeitar a Jesus como enviado de Deus. João 1.12.
AS CRISES
NOSSA DE CADA DIA
Estamos
vivendo a fase mais moderna da história do homem. Porém, apesar de todos os
avanços modernos, o mundo está enfrentando as maiores crises de todos os
tempos.
É
inegável que vivemos na época da ciência e da tecnologia, dos avanços na
medicina e em todas as áreas de pesquisas tecnológicas. O homem trabalha menos
e vive mais.
A maior
das ironias: Nunca houve uma sociedade tão desenvolvida e com tanto acesso a
informações e recursos tecnológicos e, ao mesmo tempo, tão pobre, carente e
doente.
Por tudo
isto, vivemos a era das CRISES: crise de valores, crise financeira, crise
moral, crise religiosa, crise do judiciário, crise conjugal, crise de
identidade, crise política, crise educacional e tantas outras. Trata-se de um
problema social crônico! Salvo raríssimas exceções, as pessoas,
independentemente da sua posição social, estão com problemas na alma, feridas
emocionais abertas ou enfrentando sérios problemas familiares.
O MUNDO
VIVE A MAIOR CRISE DE VALORES DE SUA HISTÓRIA
Na
sociedade atual nossa vida é marcada por ter que fazer diariamente escolha,
escolha estas que nem
sempre condiz com a moral ética exigida pela massa. Essas escolha possibilitou
a filosofia dos valores a cair no positivismo e neo positivismo. Neste sentido
os valores adquiriram nos dias atuais uma grande importância e passou a ser
objeto de tematização.
Este
relativismo nos levou a não possuirmos critérios seguros que nos leve a
distinguir o bem do mal, o belo do feio, o certo e o errado, tudo é relativo e
depende da concepção de cada um. Tudo isso nos levou a uma grande crise de
valores. Eles não são mais como antes imutáveis e sim muda a cada instante
conforme o desejo da humanidade.
Uma das
maiores crises que enfrentamos hoje nos dias hodiernos é nos modelos e nas
relações familiares. Que modelo de família foi passado para nós pelos nossos
antepassados? E qual modelo de família que a sociedade tem nos apresentado
hoje? Sendo na família o lugar onde nós adquirimos primeiramente nossos
valores. Nossas famílias hoje estão em crise, por essa mutabilidade de modelos
que temos hoje.
Parece
que o mundo está de pernas para o ar. A gente olha para os lados e vê que os
bons não chegam a lugar nenhum. E enquanto isso, os espertos, os desonestos e
os indolentes quase sempre arranjam um "jeitinho" de passar a perna
nos outros e levar a melhor. O "jeitinho" brasileiro já virou até
folclore, e as notícias de corrupção envolvendo políticos nem chegam a causar
espanto.
CRISE
ECONOMICA E CRISE POLÍTICA
Estamos
numa crise econômica e não há como negar que 2016 naquilo que eles estão
falando ser um ano de “ajustes”, na verdade, é o ano do pagamento de uma fatura
dos gastos irresponsáveis de governantes que olharam somente para o seu umbigo.
Os juros
estão cada vez mais altos; os impostos aumentam e os benefícios diminuem. O
resultado disto tudo? Famílias endividadas que vão à busca de crédito.
A inflação
ou o baixo poder aquisitivo das família, o desemprego e o desespero. Só no
Brasil se calcula que Há cerca de 11 milhões de desempregados. Segundo a ONU
quase dois bilhões de pessoas padece de fome, e isso ocorre tanto no campo como
na cidade.
As
grandes indústrias dão mostra de falência. Os governos tentam acalmar os ânimos, mas a realidade
está patente, aos olhos de todos. Já se fala em uma moeda universal.
No mundo
político, as crises são internas e externas. Em todo o mundo, o ambiente
político está convulsionado. O alarme é geral, o desemprego chegou à grande
nação do mundo; os EUA entraram em depressão, o seu presidente, homem de
convicção, já reconhece o momento de recessão em que vivem.
Nossos
medos e incertezas em tempos de crise provêm da capacidade que achamos ter,
fruto da comparação que fazemos com aquele que está, ou acima, ou abaixo do
nosso padrão. Confiamos em nosso talento, entretanto, chega uma hora que as
nossas forças se esvai.
Devemos
colocar nossa esperança unicamente em Deus. Vamos buscar recursos para nos
aperfeiçoar; precisamos nos esforçar para fazer o melhor; todavia, nossa
confiança deve estar em Deus que nos supre. Jesus manda que vivamos o dia sem
se preocupar o que nos acontecerá amanhã (Mt 6.34). Mas ansiosos que somos, com
o medo do fracasso, vivemos o mês, o ano e a década.
Ser rico
não é pecado como ser pobre não é maldição. A questão é o amor ao dinheiro,
como disse Paulo Romeiro: “O problema da teologia da prosperidade não é a prosperidade,
mas a teologia”. Ser prospero é bênção de Deus.
CRISE
ESPIRITUAL
Todas as
crises mencionadas anteriormente nos têm conduzido der forma vertiginosa a uma
grande Crise Espiritual entre todos os credos. Muitos líderes religiosos
perguntam: “Que fazer para conformar os fiéis?”
O
Profeta Habacuque, no capitulo primeiro
do seu livro nos dá u exemplo do que é viver em um mundo em crise,
principalmente em crise espiritual.
Diferente
de nós, Deus sabe o que acontecerá amanhã, na próxima semana, no próximo ano,
na próxima década. Ele diz : “Eu sou Deus, e não há ninguém como eu, declarando
o fim desde o inicio.” (Isaías 46:9) Ele sabe o que acontecerá no mundo. Mais
importante, ele sabe o que acontecerá na sua vida e pode ajudá-lo, se você
tiver escolhido incluí-lo em sua vida. Ele nos diz que pode ser “nosso refúgio
e força, auxílio sempre presente em momentos de dificuldades.” (Salmos 46:1)
Mas devemos fazer um esforço sincero para buscá-lo. Ele diz, “vocês me buscarão
e me encontrarão, quando me procurarem de todo coração.” (Jeremias 29:13).///
Pr. Adaylton Conceição
de Almeida (Th.B.;Th.M.;Th.D.)
Assembleia de Deus Ministério do Belém em Santos - São Paulo.
Email: adayl.alm@hotmail.com
Facebook: adayl manancial
BIBLIOGRAFIA
- Maria Helena Brito Izzo - Crise de valores
- Fabio Campos – O que a Bíblia tem a dizer-nos sobre a crise brasileira
- Fábio Konder - Significado e perspectivas da crise atual
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema