Os capítulos 9 ao 11 de Romanos formam uma unidade. O tema dos três capítulos é a nação de Israel. Num certo sentido, estes capítulos são um parêntese. Pois como se pode ver, a linha de pensamento de Paulo poderia ter seguido do capítulo 8 direto ao capitulo 12. Nos primeiros 8 capítulos, Paulo expressa o Evangelho de Deus, ou seja, as boas novas da Justificação (capítulos 1-5), Santificação (capítulos 6-8) e Glorificação (capitulo 8). No capitulo 12, ele trata com as implicações práticas do evangelho (como a verdade do evangelho pode afetar nosso viver diário em nossa relação para com Deus e o próximo). De modo que o capitulo 8 deveria desembocar naturalmente no capitulo 12, porem em vez de fazer isso, Paulo nos dá um parêntesis de três capítulos nos quais nos ajuda a entender onde fica situada a nação de Israel nos planos e propósitos de Deus.
A eleição
de Israel dentro do plano da redenção. - Os próximos
3 capítulos tratam a história espiritual de Israel: passada (cap.9), presente
(cap.10), e futuro (cap.11).
A
TRISTEZA DE PAULO (Rm 9.1-5)
Como prefácio do principal problema de que vai tratar, ele
expressa sua angústia pela condição dos judeus. Digo a verdade em Cristo (1). É
o seu juramento solene. Seus adversários judeus acusavam-no de falta de
sinceridade; daí sua defesa veemente, na qual se revela como verdadeiro
patriota. Amava os de sua raça e não Se envergonhava de chamá-los meus irmãos,
meus compatriotas segundo a carne (3). Ufana-se dos privilégios judaicos e
refere-os com certo floreio de linguagem, sendo o maior deles ser o Cristo
descendência de Israel (5). A sinceridade do desapontamento do apóstolo, pelo
fato de sua própria raça não estar desempenhando sua função e aceitando o
Messias, evidencia-se por seu nobre desejo de ser anátema, separado de Cristo,
por amor de seus irmãos (3; cfr. a oração de Moisés, Êx 32.32-33).
Há quem diga que as palavras de Paulo não poderiam ser
interpretadas literalmente, isto é, chegar à conclusão de que ele desejaria ser
condenado por amor aos irmãos. Isto por que: a) As palavras não indicam isto;
b) Não conceberia nenhum benefício aos judeus; c) Tal desejo não pode ser
expresso; d) Seria ímpio e absurdo; e) Nenhum homem poderia desejar ser o
inimigo eterno de Deus.
Paulo vai explicar como Deus abandonou temporariamente Seu
povo Israel, o que é o propósito de Deus para com os gentios, e como no futuro
Deus restaurará o seu povo Israel a sua posição exaltada.
O fato é que Israel como nação e a integridade de Deus tem
um relacionamento bem mais próximo do que naturalmente poderíamos idealizar. A
história da igreja nos informa que não se delongou muito para que a membrezia
da igreja tornar-se predominantemente gentia. Desse "quadro étnico"
questões teológicas relevantes poderiam e/ou já estariam surgindo em solo
romano. Seriam elas: "Porque Israel não está sendo redimido como prometido
no Antigo Testamento?"; "Deus mudou sua mente ou voltou em suas
promessas"?
A predominância gentílica em contraponto à rejeição judaica
aparentemente gerava um conflito entre as promessas de Deus no Antigo
Testamento e o Evangelho agora rejeitado por grande número de judeus. Deste
modo, o caráter de Deus e do Evangelho poderiam ou já estariam sendo
questionados. "De acordo com entendimento típico de um judeu cristão nos
dias de Paulo, a história da salvação tinha tomado um rumo não
esperado"[2]. Para responder a essa questão, Paulo escreve essa longa
seção. "Ele escreve esses capítulos para comprovar a Palavra de Deus para
Israel à luz da rejeição generalizada do evangelho por parte de seus
contemporâneos judeus".
PAULO FAZ
UMA DISTINÇÃO DOS ISRAELITAS NA CARNE, DAQUELES QUE ELE CHAMA DE ESPIRITUAIS
O versículo “6” é o texto chave do cap. 9, porque realmente
ele faz uma perfeita conexão entre a introdução e o desenvolvimento do
capítulo. Sei que é verdade que os fiéis
da terra, que compõem a igreja invisível, pode até ser chamada de israelitas,
porém as evidências contextuais mostram que os “verdadeiros israelitas” de Rm
9.6 não incluem os gentios, mas se refere somente aos fiéis da nação de Israel.
Vejamos: “Não que a palavra de Deus haja
falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9.6).
Quem era o objeto da preocupação de Paulo no texto, os
rejeitados gerais ou somente os judeus? A resposta se encontra na introdução,
nos versículos 2, 3: “que tenho grande
tristeza e incessante dor no meu coração. Porque eu mesmo desejaria ser
separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a
carne”.
Versículo 3: “Porque
eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são
meus compatriotas segundo a carne”. Podemos observar que nos primeiros
versículos deste capítulo Paulo tenta externar a sua tristeza por causa da
incredulidade de Israel. Aqui no versículo 3 o apóstolo declara com firmeza que
está se referindo ao Israel “segundo “a carne” e não ao Israel espiritual.
Versículos 4 e 5: “os
quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a entrega
da lei, e o culto, e as promessas; de quem são os patriarcas; e de quem
descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito
eternamente. Amém”. Três fortes evidências que o apóstolo se referia ao
Israel etnia podem ser apresentadas daqui: primeiramente, a frase “os quais são israelitas” está
gramaticalmente e contextualmente ligada à última frase do versículo anterior:
“que são meus parentes segundo a carne”.
Segundo, os termos: “a entrega da lei” e “de quem são os
patriarcas”, jamais podem ser empregada para o Israel espiritual, porque a
legislação foi entregue à nação de Israel, e não para os crentes gentios;
terceiro, a oração: “e de quem descende o Cristo segundo a carne” declara
explicitamente que Paulo se refere aos judeus, visto que Jesus não descende dos
gentios, mas da sárka judaica.
Qual foi a palavra que Deus disse que o texto (Rm 9.6)
defende que não falhou? O contexto aproximado mostra que foi uma promessa
divina: “os quais são israelitas, de quem é… as promessas” (Rm 9.4), “… mas os
filhos da promessa são contados como descendência” (Rm 9.8). Referia-se a
promessa de salvação à nação judaica, que os judaizantes imaginavam que era
incondicional e fatalística para todos os descendentes de Abraão, coisa que
Paulo estava refutando.
DEUS NÃO
É INFIEL A SUAS PROMESSAS (Rm 9.6-13)
Este é o conteúdo da primeira objeção. Paulo começa sua
réplica por negar que a palavra de Deus haja falhado (6). As promessas que
acabava de mencionar (4) não foram quebradas, mas cumpridas com o verdadeiro
Israel. O Israel de Deus, daqui por diante, é contrastado com o Judaísmo, que
até a pouco fora o herdeiro oficial de Abraão, porém agora foi rejeitado devido
à sua falta de fé e recusa de aceitar os direitos do Messias. O apóstolo
esclarece a distinção que faz entre a filiação espiritual e a carnal,
empregando ilustrações tiradas à história dos patriarcas. Dava a história a
entender à raça judaica ter ela direitos sobre Deus, invertendo o que parece
ser mais normal, Deus ter direitos sobre ela? Por que era semente de Abraão,
seriam todos os judeus filhos de Deus? Paulo declara que Deus, no exercício de
sua vontade soberana, tem decretado que a fé, não hereditariedade, é o
princípio eterno de filiação.
Deus cumpre
suas promessas.
Dentro do propósito redentor de Deus, suas reais promessas a
Sara e a Rebeca foram cumpridas. Deus era livre para exercer Sua graça seletiva
no caso dos patriarcas, uma vez que somente Ele é o originador dos propósitos
dela. A justiça, pois, não é por obras, mas por aquele que chama (11),
excluindo destarte todo mérito humano. Jacó e Esaú não foram tratados de modos
diferentes por motivo da vida e do caráter deles, porque Jacó fora escolhido
antes que ele e o irmão nascessem (11-12). Amei a Jacó, porém me aborreci de
Esaú (13) deve ser isto interpretado no sentido das duas nações, não dos
indivíduos, segundo se deduz da referência original nas duas citações do Velho
Testamento (Gn 25.23; Ml 1.2-3).
A ELEIÇÃO E A
SOBERANIA DE DEUS.
Os judeus de fato criam que, por direito de nascimento e
como povo de Deus, incontestavelmente seriam salvos. Por isso, existe aqui a
tensão com o evangelho que Paulo pregava, pois, a justificação que os judeus pensavam
ser por méritos30 e descendência física, não era possível senão pela fé em
Cristo. Portanto, o apóstolo deixa claro que o propósito de Deus em salvar
israelitas não era baseado em descendência ou mérito próprio e, por isso, no
verso 11, ele esclarece que os gêmeos não haviam sequer nascido ou feito qual-quer
bem ou mal, ou seja, tal escolha não foi feita com base nas obras, seja de Jacó
ou Esaú, quer sejam boas ou más.
É interessante a observação feita por Picirilli: “... são
unânimes as declarações da Bíblia de que a salvação não é pelas obras. Mas,
segue-se que, a Bíblia não diz que a salvação é por nada! O que a Bíblia diz é
que a salvação é pela fé! Contudo, embora
Paulo já tenha asseverado o fato de que a salvação é pela fé e não por obras
nos capítulos anteriores da epístola, e que o leitor original naturalmente já tivesse
fixado tal fato em sua mente, deve-mos lembrar que até essa altura do capítulo
9 a palavra fé ainda não havia aparecido explicitamente, entretanto o apóstolo
está até aqui deixando claro que a eleição de Deus não é baseada na descendência
física de Abraão, e nem em obras, coisas estas em que os judeus se estribavam,
e que estavam causando a profunda tristeza no coração do apóstolo.
O Exemplo de Faraó
(vs 17-18)
Enquanto os versículos 15-16 mostram uma ênfase positiva na
misericórdia de Deus, o segundo exemplo de Paulo, (o de faraó), possui uma
ênfase negativa, ou seja, no Juízo de Deus. De fato, enquanto misericórdia é um
atributo do caráter de Deus que ele dispensa a todos que ele deseja, endurecimento
é um juízo de Deus aos que resistem a sua misericórdia (vs 17,18).
A citação aqui feita por Paulo como exemplo de resistência é
de Êxodo 9:16. Este Episódio ocorre no contexto da sexta praga, quando Deus
manda Moisés dizer a faraó para libertar o seu povo. Após o aviso, Deus diz que
poderia ter eliminado faraó, bem como sua nação e terra, todavia, Deus não fez
assim, porque tinha um propósito: primeiro, mostrar seu poder em faraó. Como
bem menciona Grant Osborne, o poder de Deus demonstrado aqui pode ser ambos:
tanto o de salvar, como o de julgar, pois no episódio de Êxodo Deus com seu
poder salvou seu povo e com o mesmo poder condenou faraó. Também em Romanos, o
poder de Deus salva os da fé (Rm 1:16) e o mesmo poder condena os incrédulos. Em
segundo lugar, Deus desejava que seu nome fosse proclamado em toda a terra.
A JUSTIÇA DE DEUS –
CAP. 10
Este capítulo explica a péssima condição espiritual de
Israel.
Para os israelitas que procuravam ser justificados pela lei,
a justiça ficou fora de seu alcance (9:31). Mas em Cristo, a justiça chega
perto e pode ser alcançada pela fé. Paulo deseja a salvação dos israelitas, mas
entende que é possível somente por meio de Jesus.
Ao invés de aceitar a justiça de Deus, eles procuraram, em
vão, estabelecer o seu próprio sistema de justiça (2-3).
Essa descrição dos judeus se aplica bem a muitas pessoas
religiosas hoje. Muitas pessoas zelosas ainda andam conforme doutrinas humanas.
Da mesma maneira que os judeus precisavam abrir os seus corações para examinar
as suas crenças, todos nós devemos ser abertos para aprender melhor e mudar as
nossas convicções para fazer a vontade de Deus.
O tropeço dos judeus
- A razão da rejeição – 10:1-13
A palavra chave aqui é JUSTIÇA. Os judeus queriam justiça
mas a procurou no lugar erra-do. Como os Fariseus em Mat.25:15, os judeus
gastaram muito tempo, força, e dinheiro para ganhar a justiça, mas tudo isso
foi feito em ignorância. As pessoas religiosas estão fazendo a mesma coisa hoje
em dia com suas boas obras. Deus não aceitou este tipo de justiça dos judeus, e
não aceita hoje em dia dos gentios.
A Bíblia fala de dois tipos de justiça: justiça pelas boas
obras ou pela obediência à lei, e justiça pela fé que é o Dom gratuito de Deus
a todos que aceitam Seu Filho.
Os judeus não aceitaram a justiça pela fé, mas rejeitaram
Cristo e sem saber que Deus fez a lei não para salvar mas para mostrar a
necessidade de salvação para o pecador e aquela salvação está em Cristo.
Deus não usa mais a lei para julgar o homem, mas agora usa a
cruz onde Cristo morreu. Quem crê não está condenado mas quem não crê já está
condenado porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus (João
3:19).
Os gentios não buscavam a justificação pela lei, contudo,
vieram a alcançá-la Mediante a fé em Cristo. Enquanto os judeus buscavam tal
justificação por justiça própria. Veja, por exemplo, Fp 3:4-10, onde o próprio
apóstolo mostra a dependência que tinha na lei e em sua linhagem judaica para
alcançar ou manter sua justificação. Entretanto, lembramos que Paulo considerou
aquilo tudo como esterco, no que se referia à sua justificação perante Deus (Fp
8-10).
Portanto, este fora o grande problema dos judeus: buscaram a justificação
de justiça própria e não decorrente da
fé em Cristo. Ao lermos o final do verso 31 e o início do 32 notamos que Israel
buscava a coisa certa (a justificação) todavia, com o método errado (obras e
descendência abraâmica), enquanto os gentios, que não buscavam a justificação (1:18-32)
vieram a alcançá-la por meio da fé (que é oposto a obras 3:20, 27-28; 4:2,6; 9:11).
Portanto, nos versos 32-33 a citação de textos como Isaías
8:14, 28:16 são mencionados para demonstrar que o tropeço de muitos israelitas
era não crer na pedra angular que é Cristo.
A REDENÇÃO DE ISRAEL
Neste capítulo vamos ver o futuro de Israel e receber a
resposta da pergunta "Deus tem abandonado Seu povo Israel permanentemente,
ou ainda há esperança para a redenção e recuperação deste povo?"
I. A prova pessoal – 11:1
"Também sou israelita", diz Paulo para mostrar que
sua salvação é uma prova que Deus ainda salva o judeu. A salvação de Paulo é um
exemplo (1Tim.1:16), para todos que querem aprender, que Deus ainda salva o
judeu e que vai salvar muito mais no Milênio.
A salvação de Paulo não é um exemplo para a salvação dos
gentios hoje em dia, mas para a salvação dos judeus quando Cristo vier.
Paulo viu Cristo glorificado e ouviu Suas Palavras
pessoalmente. Paulo era incrédulo e rebelde e perseguia os crentes em
Cristo.
Zacarias diz que os judeus, "olharão para mim, a quem traspassaram." (Zac.12:10) Em
Apocalipse lemos: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os
mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Sim! Amém!" (Ap.1:7).
Em 1Cor.15:8, Paulo diz que era, "como um
abortivo", porque ele foi salvo centenas de anos antes da salvação da
nação de Israel que só vai acontecer depois da vinda de Cristo.
Deus não rejeitou os judeus, porque um resto foi salvo. Os
judeus não acharam Deus injusto quando rejeitou a maioria na época do profeta
Elias, pois sabiam que os injustos não mereciam estar com Deus. Deus mostrou a
sua bondade poupando 7.000 fiéis que não serviam aos ídolos. Aqueles que
mostraram a sua fé foram poupados. Em Cristo, os judeus que acreditam em Cristo
são salvos. A eleição não foi aleatória, um ato do capricho de Deus. Os eleitos
são aqueles que aceitam a palavra de Deus.
Em suma, Deus era perfeitamente justo em sua maneira de agir
porque é soberano para salvar (justificar) e rejeitar (condenar) quem ele
quiser, e ele (Deus) desejou salvar (justificar) aqueles que tinham fé em Jesus
Cristo, o que tristemente, como menciona Paulo nos versos 1-3, não era o caso
da maioria de seus patrícios.
E assim todo o Israel
será salvo.
É impossível sustentar uma exegese que tome
"Israel" aqui em sentido diferente de "Israel" no
versículo 25: "Veio endurecimento (ou "cegueira") em parte a
Israel". Quanto ao argumento de que Paulo não diz: "e então todo o
Israel será salvo", mas, "e assim todo o Israel será salvo"
(como se a colheita do número completo dos gentios fosse só por si a salvação
de todo o Israel), basta apontar para o bem fundamentado emprego do grego
houtõs ("assim", "desta forma") em sentido temporal. "Todo
o Israel" é expressão que aparece repetidamente na literatura judaica,
onde não significa necessariamente "todo judeu sem uma única
exceção", mas, "Israel como um todo". Assim, "todo o Israel
tem um quinhão na era por vir", diz o tratado do Mishnah sobre o Sinedrim
(X. 1), e passa imediatamente a mencionar os israelitas que não têm quinhão
nela.
Virá de Sião o Libertador; ele apartará de Jacó as iniquidades. Citação de Isaías 59:20: "E ele virá a Sião como Redentor,
para aqueles de Jacó que se voltarem da transgressão" . O texto de Paulo
se harmoniza com a LXX, exceto em que a LXX diz: "por amor de Sião",
e não: "de Sião". Seja qual for a forma do texto adotada, a
referência é à manifestação a Israel do seu divino Redentor — manifestação que
em sua mente Paulo bem pode ter identificado com a parousia de Cristo.
CONCLUSÃO
É importante descrever a relação entre Israel e Igreja como
substituição é inapropriado. Se a igreja cumpriu ou substituiu tudo que Deus
prometeu ao Israel nacional, porque Paulo congrega a integridade de Deus a sua
promessa com o Israel étnico? Porque Paulo entraria no mérito racial, se tudo
prometido a Israel foi cumprido espiritualmente na Igreja?
Para que um futuro para o Israel étnico se a igreja já
cumpriu tudo? O fato é que mesmo depois do advento da Igreja, Paulo alimentou o
mérito racial em suas argumentações guiado pelo pressuposto de que a promessa
foi dada a uma nação. Nas palavras de Cranfield: A igreja não pode alimentar a ideia
"má e contrária às Escrituras de que Deus rejeitou o seu povo Israel e
simplesmente o substituiu pela Igreja cristã".
Reconhecer uma distinção entre Israel e a Igreja, não
implica necessariamente na negação de uma relação de continuidade.
Os cristãos gentios não se devem render à tentação de
mostrar desdém aos judeus. Não fora a graça de Deus que os enxertou no Seu povo
e fez deles "concidadãos dos santos" (Ef 2:19), teriam permanecido
para sempre sem vida e sem frutos. A nova vida que os capacita a produzir
frutos para Deus é a vida do velho tronco de Israel, no qual foram enxertados.
Israel não lhes deve nada; eles são devedores a Israel.
Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida
(Th.B.;Th.M.;Th.D.;D.Hu.)
Assembleia de Deus em Santos
(Ministério do Belém) - São Paulo.
O Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição, foi Missionário no
Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina; é
Licenciado, Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Doutor em Psicologia e em
Humanidade, Escritor, Professor Universitário, Pós-graduado em Psicanálise e em
Ciências Políticas, Juiz Arbitral do Tribunal de Justiça Arbitral-RJ, membro da
Academia de Letras Machado de Assis de Brasília e Diretor da Faculdade
Teológica Manancial.
Facebook: adayl manancial
Email: adayl.alm@hotmail.com
BIBLIOGRAFIA
- Adaylton de Almeida Conceição – Introdução à carta aos Romanos
- Daniel Gouvêa - A Interpretação de Romanos 9
- Ebenezer José de Oliveira – A Soberania de Deus em Romanos 9
- F. F. Bruce – Romanos – Introdução e Comentário
- Nelson Salviano – Análise da Carta aos Romaos
- Rômulo Monteiro – Exegese de Romanos 9 a 11
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema