Em evento da Rede Sustentabilidade, nesta terça-feira (5) em Brasília, a líder do partido, Marina Silva defendeu novas eleições como forma de saída para a crise política e negou que esteja sendo oportunista ao apoiar a ideia.
Em pesquisa do Datafolha, divulgada no dia 19 de março, ela apareceu à frente em todos os cenários eleitorais para 2018. Ela evitou, porém, falar se é uma pré-candidata em novas eleições.
"Nem ponho nas minhas redes sociais quando saio à frente ou atrás de pesquisas porque sei que é apenas o momento", disse. "Eu comecei a defender essa tese [de novas eleições] quando eu sequer tinha possibilidade de ser candidata".
Segundo Marina, quando ela começou a defender a ideia a lei determinava que o candidato precisava de um ano de filiação ao partido antes de se candidatar, e ela não tinha cumprido esse prazo. Posteriormente, o período mudou para seis meses.
Ela defendeu que a chapa de Dilma Rousseff e do vice Michel Temer, eleita em 2014, seja cassada em processo que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que faria com que novas eleições fossem convocadas.
A acusação é que houve abuso de poder econômico, por causa de suspeitas de financiamento ilegal de campanha durante as eleições de 2014. Para Marina, o caminho pelo TSE seria constitucional e "dentro das regras do jogo".
A líder da Rede disse ainda que tanto PT quanto o PMDB, partido de Temer, praticaram os mesmo crimes de corrupção, no caso "petrolão".
"Não consigo entender como alguém pode acreditar que se retira uma parte do fruto que está contaminado e se faz o suco com a outra parte, que está nas mesmas condições, e isso pode ser a solução", disse.
No evento, a Rede lançou a campanha "Nem Dilma, Nem Temer. Nova eleição é a solução!", e contou com a presença de membros do partido, como a ex-senadora, Heloísa Helena, o deputado Miro Teixeira (RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (AP).
Membros de outros partidos também estiveram presentes, como PPL e PPS, incluindo o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
No evento, a Rede anunciou também que vai se associar formalmente às ações que pedem a impugnação da chapa Dilma/Temer no TSE.
Dilma: "Não rechaço nem aceito"
A presidente Dilma Rousseff comentou a possibilidade de novas eleições na manhã desta terça-feira. "Eu acho que essas propostas [novas eleições], como várias outras, são propostas. Não rechaço nem aceito".
Sem mostrar preocupação com a possibilidade, ela disse que não poderia ser a única a deixar o cargo. "Convence a Câmara e o Senado a abrir mãos de seus mandatos, aí vem conversar comigo", declarou.
Marina evitou falar sobre a convocação de novas eleições para o legislativo também, e disse que essa possibilidade deve ser avaliada, para saber se é constitucional. Caso contrário, seria uma forma de "oportunismo", segundo ela.
Fonte: Uol
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Point Rhema