sábado, 12 de março de 2016

O JUÍZO FINAL - LB EBD/CPAD - Subsídio Teológico


O JUÍZO FINAL por Prof. Pr. Adaylton Conceição Almeida


Como já vimos durante a “Grande Tribulação”, Deus entrará em Juízo com o povo através de muitos eventos catastróficos, que dizimarão todos os incrédulos e rebeldes. Mas, os Juízos desse tempo afetarão somente quem estiver vivendo fisicamente. Porém, o “Juízo Final”, como o próprio nome indica, será o último, e será aplicado sobre o espírito de todos aqueles que aqui viveram. Ele completará a limpeza do planeta, e limpará o mundo de todas as forças espirituais que, desde o princípio da criação, desobedecem a Deus.

O Juízo Final (também chamado de Juízo do Grande Trono Branco) acontecerá após o Milênio. Nesse tempo Satanás será definitivamente derrotado, ao ser lançado no lago de fogo. Não será um julgamento para Deus descobrir a intenção do homem, mas sim, para deixar tudo “às claras” diante dos homens.

O Julgamento Final não é uma hipótese. É algo já determinado por Deus, a fim de que a sua justiça plenamente notória, reconhecida e exercitada em todo o Universo. Este será o último juízo que a Bíblia relata. Será o julgamento dos ímpios, desde Caim até o último homem que viver sobre a terra. Este julgamento será perfeito ninguém conseguirá escapar dos olhos do Todo-Poderoso. Os culpados serão severamente lançados no lago de fogo, onde serão atormentados pelos séculos dos séculos.

O Juízo Final a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que, conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que estiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena.

DEUS JULGARÁ TODOS OS HOMENS

A Bíblia nos ensina que Deus vai julgar o homem. Repetidas vezes, Jesus avisou sobre o julgamento: “E, contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros (Mateus 11:22). “De toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo (Mateus 12:36). “Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (Mateus 13:41, 42). Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido (Lucas 12:2). “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento” (João 5:22).

Pouco importa de quanto tempo cronológico estamos falando, pois, se compararmos os dias que temos adiante de nós com um período de milênios de história da humanidade, e se pensarmos nos 1.000 anos do Reino físico vindouro de Jesus Cristo sobre toda a terra, meses ou anos significam quase nada.

Em todo o Novo Testamento os Apóstolos ensinam que haveria um momento de julga-mento. Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou(Atos 17:31). E a vós outros que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus (II Tessa-lonicenses 1:7, 8). Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo (Hebreus 9:27).

São estas apenas algumas em meio a centenas de passagens que poderíamos citar indicando um momento de julgamento vindouro.

O homem moderno não gosta de pensar em Deus em termos de ira, raiva e juízo final, e prefere modelá-lo por suas próprias inclinações, dando a Deus as características que O quer ver possuindo. Tenta refazer Deus, a fim de que Ele se ajuste ao seu próprio pensamento afetivo, reconfortando-se em seus pecados. Esse “deus” moderno apresenta os atributos de amor, misericórdia e perdão sem justiça, o que quer dizer ausência de julgamento e de punição pelo pecado. Deus se vê reconstruído pelas linhas de tolerância, amor generalizado e boa vontade universal. A opinião bíblica de que a retidão seja tão suprema quanto o amor na natureza divina vê-se abandonada.

OS JUÍZOS DIFERENTES

Contrariamente à opinião popular, a Bíblia nada diz respeito de um julgamento geral em que todos os homens apareçam diante de Deus ao mesmo tempo. A Bíblia relaciona uma série de julgamentos diferentes e assim, por exemplo, há um que se fará dos retos no trono de julgamento de Cristo (II Coríntios 5:10), outro que será o julgamento das nações (Mateus 25:31-46), e também um julgamento dos mortos iníquos no grande trono branco (Apocalipse 20:11-13). Tais julgamentos de assuntos diferentes em momentos diversos e para fins distintos formam o quadro composto de juízo, nos acontecimentos revelados pelas Escrituras proféticas.

JUSTIÇA, MISERICÓRDIA E AMOR

Existem muitos dizendo que o julgamento não é coerente com a justiça, a misericórdia e o amor, mas afirmam-no por não entenderem a natureza de Deus. Recusaram-se a aceitar a revelação da natureza de Deus, encontrada na Bíblia.

O julgamento é coerente com a justiça, pois esta exige a pesagem na balança, e sem o julgamento isso seria impossível. Quando Jeremias disse: “rei que … executará o juízo e a justiça na terra” (Jeremias 23:5), ele colocou esses fatores em justaposição. A justiça é impossível sem o julgamento, a lei não pode existir sem uma penalidade. A razão nos diria que haverá uma época na qual os Hitlers, os Eichmanns e os Stalins serão levados a prestar contas de seus atos. De outra maneira, não haveria justiça no universo. Milhares de homens maus viveram e praticaram sua maldade sobre os demais, sem parecerem ter pago um castigo em sua vida e a razão nos diz que haverá uma época em que os lugares errados serão tornados retos (Isaías 45:2).

O julgamento é coerente com a misericórdia. O Deus que fosse misericordioso deveria agir na misericórdia conforme os padrões da justiça e retidão. O julgamento de modo nenhum colide com a misericórdia, pois se esta deve ser utilizada, o julgamento deve ser uma parte da ordem divina. Ser misericordioso sem ser justo é uma contradição.

O juiz que ministra justiça deve basear seus atos na lei. O rompimento da lei exige punição, e demonstrar misericórdia diante da lei transgredida é destruir a ordem e criar o caos. A misericórdia é qualidade que não pode esquecer ou negligenciar o princípio da lei; não sendo uma atitude universal em todos os casos de lei transgredida, mostra-se destruidora da ordem.

O QUE ACONTECERÁ NESTE JULGAMENTO

Ocorrerá a Segunda ressurreição. “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram (Ap 20.5).

A primeira ressurreição se deu quando Cristo arrebatou a Sua Igreja, antes da Grande Tribulação, e esta será para a vida eterna, mas a segunda ressurreição será para a condenação eterna. E será a ressurreição dos mortos ímpios (Rm 2.5-6) e acontecerá após o Milênio, para que diante do Grande Trono Branco recebam a condenação. Esta é a segunda morte (Ap 20.5-6; 11-15; Hb 4.13).

Será uma ressurreição para condenação. A primeira ressurreição será para a vida eterna com Cristo e a segunda ressurreição será para condenação eterna (Dn 12.2). E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”.

O Senhor Jesus afirma claramente que os justo (aqueles que creem no Seu evangelho), terão vida eterna e não entrarão em juízo: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24). Porém os ímpios irão ressuscitar num corpo imperecível, mas carregados de pecados para enfrentar o Grande Trono Branco.

O DIA DO JUÍZO

Apocalipse 20:11-15. “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu , e não achou lugar para eles.v 12 E vi mortos , grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros . E Abriu-se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. v13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia ; e foram julgados cada um segundo as suas obras.v14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. v15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.

DEUS JULGARÁ TODOS OS HOMENS

A Bíblia ensina que Deus vai julgar o homem. Repetidas vezes, Jesus avisou sobre o julgamento: E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros” (Mateus 11:22). “De toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo(Mateus 12:36). Mandará o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes (Mateus 13:41, 42).

Em todo o Novo Testamento os Apóstolos ensinam que haveria um momento de julga-mento. “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou” (Atos 17:31). “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo (Hebreus 9:27).

São estas apenas algumas em meio a centenas de passagens que poderíamos citar indicando um momento de julgamento a vir ainda, no qual todo homem que já viveu estará envolvido e do qual nenhum escapará!

O JUÍZO FINAL COMO SERÁ?

No capítulo 4 de apocalipse, João já tinha visto o trono de Deus: Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões (4.1-6). Sai do trono de Deus o poder para falar, julgar e castigar (veja Sl 18.13-14; 144.6; Êx 19.16-19). Mas aqui, João vê um “Trono Grande e Branco”. ‘Trono’ é o lugar onde se assentará o GRANDE JUÍZ para julgar e castigar a humanidade ímpia e incrédula segundo suas obras; ‘Grande’, representa o poder infinito de Deus; ‘Branco’ representa a justiça perfeita e completa de Deus.

QUEM SERÁ O JUIZ?

Há alguns textos do Novo Testamento que atribui o Juízo a Deus Pai (I Pedro 1:17; Romanos 14:10; II Tessalonicenses 1:5; Mateus 18:35). Devemos recordar que todas as obras divinas têm a participação das três Pessoas da Trindade e que a Bíblia nos revela a Pessoa de Deus como Triúno. Todavia, o ensino expresso da Escritura é que o Juízo Final será executado por Jesus Cristo. Coríntios 5:10; Atos 10:42; Romanos 14:9; Mateus 25:31, 32; II Timóteo 4:1.

Hoje Cristo se apresenta como advogado (1ª Jo 2.1), mas naquele dia, o Senhor Jesus será o juiz do universo (Jo 5.22, 27; At 17.31) e se assentará no “Grande Trono Branco” para julgar (Mt 28.18; Ap 3.21). Se hoje tu aceitares a Cristo como teu salvador e Senhor terás Ele como advogado, mas se o rejeitares será como um Juiz neste julgamento.

Sua localização.

“...fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap.20.11).

Este trono não está na terra, como o julgamento das nações (Mt 25.31), nem nos céus. Mas este julgamento será realizado em algum lugar no espaço, pois lemos que da presença daquele que se assenta sobre o trono, fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles (Ap 20.11). E enquanto o Senhor estará julgando os ímpios, a terra estará sendo consumida pelo fogo (2ª Pe 3.7). Essa descrição bíblica culmina com a destruição dos Céus (o universo, o cosmo ou o espaço sideral) e da Terra. Para apagar todos os sinais do pecado haverá a destruição da Terra, das estrelas e das galáxias (Is 51.6; Is 34.4).

Quem será julgado.

E vi os mortos grandes e pequenos, que estavam diante do trono(Ap.20.12).

Todos estão juntos para serem revelados à luz. Nada escapará daquele quem os olhos como chama de fogo “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser revelado (Lc 12.2).

Vêm do mar, da morte, e do inferno. O mar, a morte e o inferno deram os mortos (v. 13). Os mortos que estavam com a morte e com o inferno, enfim, todos os mortos que não fizeram parte da 1ª ressurreição, irá comparecer a presença do Senhor (Ap 20.12; Lc 16.23).

Os ímpios sairão do inferno para serem julgados, e após serem julgados serão lançados no lago de fogo juntamente com o próprio inferno e a morte conforme Ap 20.14-15.

O ÚLTIMO GRANDE CONFLITO

A Bíblia ensina que o homem é tão rebelde contra as leis de Deus que, algum dia, reunirá seus exércitos contra o próprio Deus. Será esse o último grande conflito, Armagedom. Então os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom (Apocalipse 16:16). Será essa a guerra final, com o último esforço convulsivo do homem caído contra a lei de Deus. Qual será a resposta de Deus? Uma demonstração de misericórdia? Uma exibição de tolerância? Não! Será o julgamento e a merecida sentença condenatória.

A alternativa da misericórdia, desprezada e rejeitada, é o julgamento. Deus ofereceu o Seu amor e misericórdia e perdão ao homem e da cruz Deus disse ao mundo todo: “Eu vos amo.” No entanto, quando aquele amor se vê deliberadamente rejeitado, a única alternativa é o julgamento.

BASE PARA O JULGAMENTO

Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores.

A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo (conforme já vimos em 1ª Co 3.13-14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas. Mas os descrentes darão conta de suas “obras” (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As “boas obras” de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo (Is 64.6).

Muitos até parecem ser cristãos, e até fizeram o trabalho de Deus. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em Teu nome expulsaremos demônios? E em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade(Mt 7.21-23).

Será um julgamento completo. Significa que Nada, absolutamente nada, ficará em oculto aos olhos daquele a quem iremos prestar contas no dia juízo. Jesus. Em Mateus 12:36 diz o seguinte:

Mas eu vos digo que de toda a palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no dia do juiz”. Em Eclesiastes 12:14 está escrito: “Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra , inclusive tudo o que está encoberto, quer seja bom,, quer seja mau”.

A NECESSIDADE DO JUÍZO FINAL

Falsos mestres vestidos de ovelhas têm se manifestado negando a finalidade do JUÍZO FINAL, argumentando que, se cada pessoa ao morrer já tem o seu destino eterno selado, um juízo final é desnecessário. Ainda que pareça fazer sentido, esse é um raciocínio falso, porque o juízo final tem os seguintes propósitos:

O principal propósito do JUÍZO, não é necessariamente o destino de cada indivíduo; tal destino já fica selado com a morte (João 3:18; Lucas 16:19-31). A razão primordial do juízo é a glória de Deus, do Deus TRIUNO, cuja justiça será publicamente manifestada para que ele seja glorificado (Apocalipse 15:3, 4).

Será para que os ímpios se curvem diante da JUSTIÇA de Cristo, para que Ele seja exaltado na condenação de todos os que O rejeitaram. Ele foi humilhado na cruz; e continua, sendo humilhado por todos aqueles que o rejeitaram então será exaltado diante de todos. Será quando todo joelho se dobrará diante dEle e declarará que Ele verdadeiramente é O Senhor.

NESTE JULGAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES LIVROS

No Juízo Final, os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras:  ...e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras (v. 12). Esse julgamento não é com base no livro da vida, que não tem nada que ver com julgamento. Então porque o Livro da Vida é mencionado? Não porque alguns dos nomes estejam nele escritos, mas para provar que eles não estão.

Os livros que formarão a base do julgamento dos que serão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono são:

Livro da vida onde estão escritos os nomes dos salvos: Há uma distinção aqui entre os livros e o Livro da Vida. Livro da vida onde estão escritos os nomes dos salvos (Fl 4.3; Ap 13.8; Ap 17.8). Enquanto que “os livros”, evidentemente, representam o registro dos atos deles e mostram a justiça do julgamento de Deus (cf. Daniel 7.10).

Nos registros judaicos quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (Is 4.3; Ap 21.27; cf. Dicionário Bíblico Universal).

Os verdadeiros seguidores de Jesus têm os seus nomes escritos no Livro da Vida. Jesus prometeu ao vencedor: O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (Ap 3.5). Ter o nome escrito no “Livro da Vida” é ter garantia a sua entrada na Nova Jerusalém (Dn 12.1; Ap 21.17).

O livro da consciência - O livro onde estão escritas as obras dos homens: Essa ideia de Deus ter um registro dos feitos dos homens nós a encontramos de contínuo nas páginas das Sagradas Escrituras. Portanto, o livro da consciência, se refere o interior das mentes daqueles que são maus, e são julgados à morte. Ele é assim chamado, porque no interior da mente de todos estão inscritas todas as coisas que ele pensou, praticou, consumou e falou.

Portanto, os impenitentes também serão julgados por sua própria consciência que, embora falha, não deixará de ser um dos fundamentos do Juízo Final: os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensa-mentos, quer acusando-os, quer defendendo-os (Rm 2.15). A lei moral divina acha-se gravada na consciência de todo o ser humano. É um dos livros a ser aberto no dia do juízo.

Entendemos que o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras fielmente registrada para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.

Estes livros serão abertos diante deste trono (Ec 12.14; Mt 12.36; Rm 2.16; Hb 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas obras”), e nada ficará encoberto (Mt 10.26; Lc 8.17).

Nem o mar nem o mundo invisível poderiam mais esconder seus prisioneiros. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras”. (Ap.20.13).

Novamente, João nos diz que a morte e o além chegam ao fim, personificados como inimigos. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte”. (Ap. 20.14).

DESTINO DOS PERDIDOS

O destino dos perdidos é um lugar no lago do fogo (Ap. 19.20; 20.10,14,15; 21.8) Esse fogo é descrito como fogo eterno (Mat. 25.41; 1818) é Mar. 9.43, 44, 46, 48).

Com respeito à retribuição dos perdidos, e importante observar que o lago de fogo é ‘um lugar’, não um estado, apesar de o conceito envolver um estado.

Como o céu é um ‘lugar’ e não um mero estado mental, da mesma forma os que foram condenados vão para um lugar. Essa verdade é indicada pelas palavras ‘hades’ (Mat. 11.23; 16.18; Luc. 10.15; 16.23; Ap. 1.18; 20.13,14) e ‘gehenna’ (Mat. 5.22,29,30; 10.20; Tg. 3.6).

Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.;Th.D.;D.Hu.) 
Santos, São Paulo- Brasil.

O Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição foi Missionário no Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina; é Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Professor Universitário, Pós-graduado em Psicanálise e em Ciências Políticas, membro da Academia de Letras Machado de Assis de Brasília, Diretor da Faculdade Teológica Manancial
.
Facebook: adayl manancial

BIBLIOGRAFIA

Adaylton de Almeida Conceição – Escatologia Bíblica.
J. Dwight Pentecost – Manual de Escatologia
Ruy Marinho – A Soberania de Deus e o Juizo Final
Elias Ribas –n O Juizo Final
Donizetti Santos Lima – O Juízo Final

Haroldo Maranhão – O Juízo Final vem

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