Por:
Pr. Adaylton de Almeida Conceição
O
QUE É O NATAL?
Para
a religião cristã é a festa que lembra o nascimento de Jesus. Esta
festividade teve seu inicio dentro deste contexto religioso, durante o século
IV de nossa era, e desde então se estendeu por todo mundo. A palavra que dá
origem a “Natal” ou “Natividade“, e que significa “Natalício”, quer dizer,
“Nascimento”.
A
“Enciclopédia Americana” (edição 1944) diz que: “A Natividade (ou o Natal) não
foi celebrado nos primeiros séculos da Igreja Cristã; já que geralmente o
costume do cristianismo era celebrar – não o nascimento, mas – a morte das
pessoas importantes. Em memória desse acontecimento (o nascimento de Cristo)
foi instituído uma festa no século IV. No século V, a Igreja Ocidental ordenou
que a mesma fosse celebrada para sempre, no mesmo dia da antiga festa romana em
honra ao nascimento do sol (Deus Sol), já que não se conhecia a data exata do
nascimento de Cristo”.
O
QUE DIZ O VATICANO?
Numa
informação jornalística transmitida pela Agencia DyN para a Argentina, com data
de 16/01/87, lemos no jornal El Clarim, publicado na cidade de Buenos Aires, o
seguinte: “A primeira noticia que se tem conhecimento da Natividade (Natal) de
25 de Dezembro, aparece durante o papado de São Julio (337-352). A data
certamente vem do calendário romano, onde se celebrava a Páscoa ou Festa dos
pães sem fermento (Êxodo capitulo 12), se celebra na primavera (conforme as
estações da Terra de Israel), o que seria nos meses de março/abril, e as
primeira chuvas começam, conforme o calendário hebreu, nos meses de
setembro/outubro (mês de Tishri)”.
Por
isso entendemos que os pastores estavam durante todo esse período no campo, já
que o começo das chuvas, anunciando o inverno, indicaria que os rebanhos deviam
ser guardados e protegidos das inclemências do tempo, no seu redil. Os pastores
que escutaram a majestosa noticia do nascimento do Messias, Redentor e
Salvador, realmente estiveram no campo, de vigília, cuidando de seus rebanhos,
porém não era o mês de dezembro, mas entre os meses de março e outubro.
O
Dicionário Bíblico (edição 1977) diz que: “A Terra Santa se caracteriza por
duas estações: a chuvosa ou inverno (que vai desde novembro até abril), e a
seca ou verão (desde maio até outubro). A chuva forte e fria cai em dezembro e
janeiro. É frequente ver tempestades de granizo, com algumas geadas,
acompanhadas de ventos que sopram do norte vindo do deserto”.
É
praticamente IMPOSSÍVEL que os pastores, aos quais se refere o livro de Lucas,
tenham estado em um 24 de dezembro, pastoreando suas ovelhas, pela simples
razão de ser tempo de chuva e frio intenso, durante o qual os rebanhos eram
guardados para sua proteção.
Jesus,
o Messias e Cristo, nasceu entre os meses de março e outubro, provavelmente
entre os anos 7 a.C. e 4 a.C.; esta é a conclusão dos eruditos bíblicos.
COISAS
A QUE CONVÉM LEMBRAR
A
Bíblia, que é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo, não nos deixou
nenhuma data exata, para recordar ou comemorar o nascimento do Senhor, Messias
e Redentor.
Se
isso tivesse sido importante, o Mestre teria instruído a seus discípulos para
que se lembrassem do momento de tal acontecimento.
A
Bíblia, não nos diz, em nenhuma parte , que os discípulos festejavam de alguma
forma o nascimento do Senhor.
A
Palavra de Deus nos ensina que devemos celebrar a “Ceia do Senhor”,
compartilhando o pão e o vinho, anunciando sua morte até que Ele regresse para
buscar seus fiéis.
A
vitória do Rei Jesus, não se marcou na data do seu nascimento, e sim no Calvário,
derrotando as potestades das trevas com sua entrega (foi fiel até a morte e
morte de cruz – Filipenses 2.8), e na sua gloriosa ressurreição para toda a
eternidade.
DE
ONDE VEM A ARVORE DE NATAL?
O
Teólogo Hebert Armstrong na sua síntese “A pura Verdade Sobre o natal” (edição
1976), assim nos relata: “Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro
fundador do sistema babilônico. Sistema de competição organizada, de impérios e
governos humanos, do sistema econômico de lucro, o qual se apoderou do mundo
desde aquele período. Ninrode foi um dos que participou da construção da Torre
de Babel, a Babilônia original, Nínive e muitas outras cidades. Organizou o
primeiro reino desde mundo. O nome Ninrode é derivado da voz hebraica “marad”,
que significa “rebelar”.
De
alguns escritos antigos, aprendemos que foi este homem quem começou a grande
apostasia mundial organizada, que tem dominado o mundo desde os antigos tempos,
até os dias de hoje.
Ninrode
era perverso, e diz-se que se casou com sua própria mãe cujo nome era
Semiramis. Mas
esse jovem morreu de forma prematura, e depois sua mãe-esposa, Semiramis,
propagou a perversa doutrina da sobrevivência de Ninrode como um ser
espiritual. Ela afirmava que da noite para o dia, surgiu uma grande árvore (da
espécie sempre verde) originada de um tronco morto, o qual simbolizava o
nascimento de Ninrode a uma nova vida. Ela declarou que em cada aniversario do
seu nascimento Ninrode deixaria presentes na árvore. A data do seu nascimento
era 25 de dezembro. Este é um dos vários significados da árvore de Natal.
No
livro “Respostas a algumas perguntas”, o autor Frederich J. Haskins, diz que “a
árvore de Natal vem do Egito, e sua origem é anterior a era cristã”. Muitas
IGREJAS não só armam a árvore de natal, mas comemoram a data como se fosse um
principio bíblico. Pecado de ignorância.
QUEM
É PAPAI NOEL?
Este
simpático e risonho personagem das festas natalícias também tem como nome
“Santa Claus” e “São Nicolau”, que foi um bispo católico romano do século V que
pelas suas ações samaritanas, foi elevado a uma categoria de veneração por
parte dos gregos e latinos. Sobre esse tema, a Enciclopédia Britânica (edição
11 volume 19) diz que “São Nicolau, bispo de Mira, é santo venerado pelos
gregos e latinos, em 6 de dezembro". Uma lenda diz que presenteava de
forma clandestina dotes a três filhas de um cidadão pobre, e assim teve origem
o costume de obsequiar presentes em segredo, na véspera do dia de São Nicolau
(6 de dezembro), que posteriormente foi mudado o dia de Natal, 25 de dezembro,
pela tradição”. Segundo o Dicionário Larouse (edição 1964) o nome de Santa
Claus está relacionado com São Nicolau, que nos países anglo-saxônicos é
considerado o patrono das crianças.
OS
REIS MAGOS
A
Bíblia nos relata que nos dias do rei Herodes, vieram uns Magos do Oriente
dizendo “onde está o rei dos judeus que nasceu” (Mat. 2.1-2). O vocábulo “mago”
que é utilizado nesta parte do relato bíblico, não tem nada que ver com os
conceitos relacionados com a adivinhação, espiritismo e ocultismo. Esta palavra
vem do grego “magoi”, que por sua vez, vem do persa antigo “magav”. Nos
domínios medo-persa, os chamados “magos” constituíam uma casta sacerdotal que
se especializavam na astronomia, astrologia e sonhos; eram consultados por reis
e ministros, sobre assuntos que os mesmos consideravam importantes para suas
funções.
O
Comentário Bíblico (editorial Caribe, edição 1980) diz que: “Os magos a que
Mateus faz referência, que visitaram a Belém, provinham do Oriente Médio,
seguramente de Media ou Pérsia. De alguma forma haviam escutado a promessa de
um rei messiânico na Judeia, e ao observar uma nova e brilhante estrela,
entenderam que anunciava seu nascimento, e se prepararam para irem ao lugar
onde se encontrava”.
O
Dicionário Bíblico (editorial Caribe, edição 1977) explica que: “originalmente
os magos eram de uma tribo que exercia a religião persa e uma função
sacerdotal. Os magos de Mateus 2.1-2, seriam naturais de algum pais como
Pérsia, Arábia ou Babilônia, onde viviam judeus desterrados, e onde por meio
deles se conhecia a profecia da Estrela de Jacó (Números 24.17).”
Tendo
especificado este importante ponto sobre a condição dessas pessoas, também
podemos supor e entender que naquele tempo, uma viagem de Media ou Pérsia até
Jerusalém, não podia ser feita em uns poucos dias, e ainda mais se tratando de
sacerdotes, os quais deviam ir preparados de forma adequada para apresentar-se
diante do Rei. Seguramente eles não chegaram a Jerusalém em poucos dias. O
relato bíblico no livro de Mateus nos diz que, ao saber da noticia, o rei
Herodes mandou assassinar a todas as crianças de até dois anos de idade (Mateus
2.16). Se Jesus tivesse sido um “recém nascido”, apenas os bebés teriam sido
mortos.
Portanto,
o Messias e Redentor teria mais de um ano e menos de dois, quando estes
ministros sacerdotes chegaram ao palácio de Jerusalém.
POR
QUE LEVARAM PRESENTES?
O
Comentário Bíblico de Adám Clarck, comentando sobre o livro de Mateus 2.11, diz
que: “No Oriente, não se acostuma entrar na presença de reis e grandes
personagens com as mãos vazias". Este costume frequentemente é mencionado
no Antigo Testamento, e ainda persiste no Oriente”.
Herbert
Armstrong, diz que: “Os magos não estavam instituindo um novo costume cristão
de trocar presentes para honrar o nascimento de Jesus Cristo, eles simplesmente
atuaram de acordo com um antigo costume oriental, que consistia em levar
presentes ao apresentar-se diante de um rei”. Esta compreensão de época, nos
explica que estes sacerdotes ao levarem presentes a Jesus, o reconheciam como
Rei e Senhor.
Compare
com os presentes que se faz atualmente, e verá que não tem nenhuma relação com
o significado do nascimento de Jesus. Inclusive, nem sequer se menciona seu
nascimento quando se oferece ou recebe um presente no Natal.
CONCLUSÃO
Como
Ministros do Evangelho, temos ensinado que nossa vitória está na morte e
ressurreição de Jesus Cristo. Temos o exemplo do Apóstolo Paulo, que em todas
suas mensagens, coloca ênfase no significado da morte e ressurreição de Cristo.
Bom seria que seguíssemos seu exemplo, e que o Natal que se constituiu mais em
uma festa pagã, que numa comemoração do nascimento do Salvador Jesus, onde o
lema é beber, embriagar-se, comer e presentear tivesse outro significado. Porém
se perguntássemos a aqueles que tanto falam e comemoram o Natal: “Que
significado tem em sua vida o nascimento de Cristo?” Não creio que eles saibam
como responder, pois em sua grande maioria, não tem a mínima noção de quem é
Jesus Cristo.
Espero
que cada cristão saiba aproveitar este momento para anunciar o real significado
do nascimento e morte de Jesus Cristo, e que as pessoas possam ser convencidas
pelo Espírito Santo do pecado, da justiça e do juízo, permitindo que Cristo
possa nascer em cada coração.
Que Deus os abençoe rica e abundantemente.
Pr. Dr. Adaylton
Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
Facebook: Adayl Manancial
Email: adayl.alm@hotmail.com
Nobre pastor Carlos Roberto Silva,
ResponderExcluirÉ sempre é sempre e por demais interessante ouvirmos ou lermos novidades sobre o tema, principalmente, quando o tema é de classe universal.
O Senhor seja contigo e um Feliz Natal ao nosso estilo,
O menor