Sem dúvida a história de Abraão é uma
das maiores referências para nós no Antigo Testamento por que ele foi chamado
“pai da fé” (Romanos 4.16) e “amigo de Deus” (Tiago 2.23).
No texto de Gênesis 12.1-3 Abrão ainda
não tinha uma aliança com Deus, mas foi chamado pelo Senhor, que o estava
preparando para um pacto eterno com Ele. Neste momento Deus lhe fala 3 coisas
principais que deveria fazer:
- v.1 “sai da tua terra e da tua parentela” – significa deixar tudo por amor a Deus (Marcos 10.29).
Servir a Deus significa renúncia de tudo que temos e somos. Antes de fazer uma
aliança com Deus, Abrão precisava se soltar de tudo que o prendia.
-v.3 “abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da
terra”. Além de ser abençoado, Deus lhe prometeu proteção de que se alguém o
amaldiçoasse, seria amaldiçoado pelo próprio Deus. Esta foi somente a
preparação para fazer Aliança com Deus.
MELQUISEDEQUE
É um personagem bíblico do livro de
Gênesis que interagiu com Abraão quando este retornou vitorioso da batalha de
Sidim. É descrito como o rei de Salém e que não deixou descendência.
O nome é composto: meleq, “rei”, e tsedeq
“retidão”, no sentido legal. Significa “rei da justiça”. Melquisedec (em hebraico מַלְכִּי־צֶדֶק / מַלְכִּי־צָדֶק,
transl. Malkiy-Tzadeq, "meu rei
é justiça") Não é uma préencarnação de Cristo. É uma figura histórica. É o
primeiro homem chamado de sacerdote (qohen) na Bíblia. É “rei de Salém”
(Shalem, “paz”) e “rei da justiça”. Salém era o nome antigo de Jerusalém
(“cidade da paz”), talvez apenas uma fortificação, na época. Ele é rei da paz,
rei da justiça e sacerdote do Deus Altíssimo, títulos de Jesus. Melquisedeque é
um tipo de Jesus.
Em toda a Bíblia Hebraica existem
somente duas passagens que mencionam a figura de Melquisedec: o interlúdio de
Gn 14 e um único verso do Salmo 110. Gênesis descreve o inesperado e impactante
encontro entre, até aquele momento, desconhecido perso-nagem de Melquisedec e o
patriarca Abraão, quando o último dá o dízimo ao misterioso rei-sacerdote de
Salem enquanto recebe sua bênção.
Apesar das raras referências a ele na
Bíblia, o Livro Sagrado refere-se a Melquisedeque como um sábio rei de uma
terra chamada Salém e "sacerdote do Deus Altíssimo." (Gênesis 14:18).
No Novo Testamento, ele é comparado a Jesus, de que é dito ser "da ordem de
Melquisedeque" (Epístola aos Hebreus).
Melquisedeque teria tido importância no
direcionamento de Abraão - o primeiro registro bíblico da doação de dízimos
decorre desta ocasião. Abraão e Melquisedeque seriam, portanto, contemporâneos,
de acordo com as narrações bíblicas.
“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho
(elementos do PPVCA, tipo do Corpo e Sangue de Cristo, tipificando a Ceia do
Senhor); e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito
seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo
de tudo”; (Gn 14.18-20).
Melquisedeque era descendente direto de
Cão, o maldito. Mas abençoou a Abraão descendente de Sem, o bendito! Abrão
retirou a maldição da terra ao dizimar, e Melquisedeque ao receber o dízimo e
abençoar a Abrão também foi abençoado. Melquisedeque era rei de Salém, capital
da Canaã, (atual Jerusalém, capital de Israel).
O dízimo de Abraão
Após ser chamado por Deus, Abraão saiu
de sua terra, Ur dos caldeus, e mudou-se para Harã, permanecendo lá até a morte
de seu pai (Gn 11:31-12:5; At 7:2-4). Ao partir para a terra de Canaã, levou
com ele a sua esposa Sara e o seu sobrinho Ló, que lhe era como um filho, uma
vez que seu irmão falecera deixando Ló aos seus cuidados. Abraão levou, também,
todos os bens que ele havia adquirido e as pessoas que lhe foram acrescentadas
em Harã (Gn 12:5). Com o passar dos anos, tanto Abraão como Ló enriqueceram e
possuíram grandes rebanhos, de modo que houve contenda entre os empregados de
ambos. Por isso, decidiram pela separação (Gn 13:1-18). Abraão ficou em Canaã e
Ló dirigiu-se para os limites da cidade de Sodoma (Gn 13:12).
Em razão de um conflito na região,
cinco reis, cansados de servir por doze anos ao rei de Elão (Quedorlaomer),
rebelaram-se. Quedorlaomer reagiu e convocou outros três reis para conter a
rebelião. Esta guerra ficou conhecida como “A guerra de quatro reis contra
cinco” (Gn 14:1-17) e resultou na vitória de Quedorlaomer sobre os rebeldes.
Uma das cidades a rebelar-se foi Sodoma, onde habitava Ló, sobrinho de Abraão.
Ló foi levado cativo juntamente com os demais habitantes de Sodoma e todos os
bens da cidade foram tomados como despojo de guerra (Gn 14:12).
Ao saber que seu sobrinho havia sido
preso, Abraão decidiu libertá-lo. Para isso, ele reuniu 318 homens, criados em
sua casa, e contou, também, com a ajuda de três aliados, os irmãos Manre, Escol
e Aner, governadores das planícies dos amorreus. Juntos perseguiram os
invasores de Sodoma e recuperaram tudo o que havia sido levado, tanto os
habitantes de Sodoma como os seus bens (Gn 14:16).
Ao retornar vitorioso dessa batalha,
vieram ao seu encontro o sacerdote Melquisedeque, rei de Salém, e o rei de
Sodoma. Nesse encontro, Melquisedeque ofereceu a Abraão pão e vinho, além de
abençoá-lo e dar graças ao Senhor por aquela grande vitória. Por sua vez,
Abraão deu-lhe o dízimo de tudo, ou seja, do despojo que vinha trazendo daquela
peleja (Gn 14:18-20).
Fez isso por reconhecer que Deus o
havia honrado naquela peleja, ou seja, fez isso por gratidão. Essa oferta de
gratidão foi chamada de dízimo exatamente porque o percentual oferecido foi de
10%.
“SEM PAI, SEM MÃE,
SEM ORIGEM NEM ANTEPASSADOS, SEM PRINCÍPIO DE DIAS NEM FIM DE VIDA” – V. 3
Alguém pode ser filho sem pai, mas não
sem mãe. Todo mundo tem uma mãe. “Sem origem nem antepassados, sem princípio de
dias nem fim de vida” não é literal. Só Adão não teve antepassados. Isso
significa que ele não precisou provar sua genealogia. Todo sacerdote precisava
provar a sua. Caso contrário, não podia ser sacerdote (Ed 2.62). Tinha que
provar que era descendente de Abraão. Melquisedeque não precisou provar nada.
Era sacerdote sem ter que provar sua genealogia. Não se trata de uma
cristofania, mas ele é um tipo de Cristo. Este não precisou provar nada. Era o
que era. Jesus não teve princípio de dias e seus dias não terão fim. Como se
encarnou precisou de uma mãe. Mas ele era desde o princípio (Jo 1.1-2).
A condição sacerdotal de Melquisedeque
não estava vinculada com o sacerdócio de Israel, e, conforme as Escrituras
salientam, era superior ao sacerdócio araônico. Um fator que indica isso é a
deferência demonstrada a Melquisedeque por Abraão, antepassado de toda a nação
de Israel, inclusive da tribo sacerdotal de Levi. Abraão, “amigo de Jeová”, que
se tornou “pai de todos os que têm fé” (Tg 2:23; Ro 4:11), deu um décimo, ou
“dízimo”, a este sacerdote do Deus Altíssimo.
O ENCONTRO ENTRE ABRAÃO E MELQUISEDEQUE
De acordo com Gênesis, capítulo 14,
Melquisedeque entra em cena imediatamente após o grande conflito entre os reis
babilônicos e palestínicos. Os confederados reis da Babilônia venceram a
guerra, e prenderam a Ló, sobrinho de Abraão que, ao saber do ocorrido, logo
interveio. O patriarca e seus aliados (Gn 14.13) surpreenderam os caldeus, e
libertaram a Ló e os demais cativos. Após a vitória, Abraão encontrou-se com
Melquideseque, sacerdote do Deus Altíssimo e rei de Salém (Gn 14.18). Ato
contínuo, o patriarca entregou-lhe os dízimos, ou seja, “um décimo de tudo”,
isto é, “dos principais despojos” que conseguira na sua guerra bem-sucedida
contra os reis aliados. (Gên 14:17-20;
He 7:4), sendo por Melquisedeque abençoado (Gn 14.19, 20; Hb 7.6). O modo como
este se apresenta na História Sagrada revela que ele era conhecido e não
precisava ser apresentado.
Como vemos tal relato é um dos mais
misteriosos do Antigo Testamento. A figura de um rei-sacerdote vindo de Salém,
que nunca mais aparecerá na Sagrada Escritura, acende nossa curiosidade, e
provoca o desejo de procurarmos saber melhor o pouco que podemos a respeito
desse rei de Salém.
O primeiro dado que nos oferece o
Gênesis, é ser Melquisedeque o rei de uma terra chamada Salém. A tradição
judaica sempre identificou Salém com Jerusalém, como vemos no Salmo 76, 3, uma
identificação de Salém com Sião, a qual é a antiga colina chamada Jerusalém.
Tipificado o Sacerdócio de Cristo.
Numa notável profecia messiânica, o
juramento afiançado de Jeová ao “Senhor” de Davi é: “Tu és sacerdote por tempo indefinido à maneira de Melquisedeque!”
(Sal 110:1, 4) Este salmo inspirado deu aos hebreus motivos para considerar o
prometido Messias como aquele em quem se conjugariam os cargos de sacerdote e
de rei. O apóstolo Paulo, na carta aos hebreus, eliminou qualquer dúvida a
respeito da identidade de quem fora predito, falando de “Jesus, que se tornou
sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque”. — He 6:20; 5:10.
Designação direta.
Evidentemente, foi Jeová quem designou
Melquisedeque para ser sacerdote. Ao considerar a condição de Jesus como o
grande Sumo Sacerdote, Paulo mostrou que nenhum homem assume esta honra “por si
mesmo, mas apenas quando é chamado por Deus, assim como também Arão foi”. Ele
explicou também que “o Cristo não se glorificou a si mesmo por se tornar sumo
sacerdote, mas foi glorificado por aquele que falou com referência a ele: ‘Tu
és meu filho; hoje eu me tornei teu pai’”, e o apóstolo, a seguir, aplica as
palavras proféticas do Salmo 110:4 a Jesus Cristo. — He 5:1, 4-6.
O nome Melquisedeque
Com relação ao nome Melquisedeque, se
trata de um nome cananeu como o de Adonisedec, rei de Jerusalém nos tempos de
Josué (Js 10,1). Melquisedeque, como era costume entre os cananeus, era ao
mesmo tempo Sacerdote e Rei.
No texto bíblico é a primeira vez que
aparece o nome Kohen, que quer dizer sacerdote. Melquisedeque, como corresponde
a sua função sacerdotal, abençoa Abraão e dá graças a Deus por sua vitória. E
Abraão em agradecimento e reconhecimento do sacerdócio de Melquisedeque, lhe
oferece o dízimo.
É de se destacar um comentário feito por Colunga e Garcia
Cordero, a propósito desse trecho do Gênesis: “Este reconhecimento do sacerdócio de Melquisedeque por Abraão, é uma
prova a mais da antiguidade da tradição sobre o encontro entre eles, pois não
se concebe que um judeu zeloso posteriormente tenha fingido... humilhando-se
ante um sacerdote cananeu, reconhecendo-o como sacerdote e oferecendo-lhe o
dízimo.”
Mas o que fazia um “Rei da Justiça”
entre os cananeus, famosos por sua idolatria, sacrifício de crianças,
homossexualismo legalizado e prostituição nos templos? Será que ele recebera um
nome impróprio? Não. Segundo o autor de Gênesis, este rei atuava também como
sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). O título “altíssimo” era muitas vezes
aplicado na antiguidade à divindade Cananéia mais importante. Eles estavam em
Canaã, podemos supor então que Melquisedeque era um rei-sacerdote cananeu. Mas,
Abraão ao identificar o “Deus Altíssimo” de Melquisedeque com o “Senhor” (Gn
14.22), deu testemunho do Deus único e verdadeiro, a quem Melquisedeque dizia ser
servo.
A atitude de Abraão para com
Melquisedeque comprova que este rei era digno de honrarias. Melquisedeque lhe
veio ao encontro com uma saudação de paz. Abençoou Abraão e lhe ofereceu pão e
vinho. Tudo foi aceito por Abraão.
A HUMILDADE DE ABRAÃO
Abrão era o detentor das promessas de
Deus. Era em Abrão que todas as famílias da terra seriam abençoadas. Era Abrão
que seria uma benção. Tudo isso Deus havia dito à Abrão. Mas diz o texto de
Gênesis 14.18-19 “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este
sacerdote do Deus Altíssimo (El Elyon). E abençoou-o, e disse: Bendito seja
Abrão pelo Deus Altíssimo (El Elyon), o Possuidor dos céus e da terra”.
Qual seria a resposta de Abraão se ele
fosse cheio de orgulho arrogância e altivez: “Um momento alteza! O nome correto
para o Altíssimo é Yahweh e não El Elyon! Além disso, não posso aceitar uma
benção oferecida sob esse nome cananeu El Elyon, visto que todo conceito
cananeu deve estar tingido de noções pagãs como a idolatria. Além do mais, Javé
me disse que Eu é que deverei ser uma benção e abençoar todas as famílias da
terra, inclusive Vossa Majestade. Não está se achando presunçoso ao
abençoar-me?”.
Mas não foi nada disso que aconteceu, a
resposta de Abraão a benção de Melquisedeque foi lhe entregar os dízimos de
tudo que havia tomado na guerra (Gn 14.20). Este ato de Abraão ao dar o dízimo
a Melquisedeque deu lugar mais tarde a um extenso comentário do escritor da
Epístola aos Hebreus, no Novo Testamento: “Considerai,
pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos
despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem,
segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que
tenham saído dos lombos de Abraão” (Hb 7.4-5).
Implicações teológicas.
Os judeus cristãos certamente ficaram
surpresos ao serem informados, através da carta aos Hebreus, que Melquisedeque
era superior ao patriarca. Para prová-lo, o autor destaca duas verdades. Em
primeiro lugar, Abraão deu os dízimos a Melquisedeque (Gn 14.20; Hb 7.2-5).
Este fato, por si só, prova que o sacerdócio de Melquisedeque é superior ao de
Arão, pois até Levi, por meio de Abraão, “pagou dízimos” ao sacerdote e rei de
Salém (Hb 7.6-10). Em segundo, porque Melquisedeque abençoou “o que tinha as
promessas”. “Ora sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior” (Gn
14.19; Hb 7.6,7).
CRISTO, NOSSO SUMO SACERDOTE ETERNO
O Sacerdócio de Cristo é eterno. Heb.7:24-28
“Mas este, porque permanece eternamente,
tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que
por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos
convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores, e feito mais sublime do que os céus; Que não necessitasse, como os
sumos sacerdotes (dizimamos a ele não porque ele necessita de algo mas em
reconhecimento pelo que ele é, como o fez Abraão), de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios
pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a
si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a
palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para
sempre”./////
Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida
(Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição foi Missionário no
Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina, é
Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Professor Universitário,
Diretor da Faculdade Teológica Manancial e Professor do Seminário Teológico
Kerigma).
Facebook:
Adayl Manancial
Email: adayl.alm@hotmail.com
BIBLIOGRAFIA
- Adaylton de Almeida Conceição – Dispensações (Períodos Bíblicos)
- Clarisse Ferreira da Silva - Melchizedek According to the Midrash Rabah
- Carlos Andrade - Quem é o rei e sacerdote Melquisedeque?
- Welfany Nolasco Rodrigues – Aliança de Deus com Abraão
- Elisabeth Lorena Alves – Melquisedeque e Abraão – Benção Vinculada
- J. Dias – Melquisedeque – Rei e Sacerdote
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Point Rhema