INTRODUÇÃO
Quando olhamos para os céus, a terra, as plantas,
os animais, quando olhamos o universo e para o próprio homem, somos
confrontados com perguntas que pairam na mente de bilhões de vidas em todo o
mundo: Quem criou tudo isto? Como tudo aconteceu?
Só a Bíblia tem a resposta para esta e outras indagações que possam surgir na mente do homem. Ela nos conta como tudo começou.
"No princípio Deus Criou os Céus e a Terra". Esta afirmação do livro do Gênesis, capítulo 1.1, já foi tema de
muitos debates.
Entretanto o texto é
claro e enfático ao dizer que tudo o que há, visível e invisível, tem um
princípio e um criador.
O binômio céu e terra indica a totalidade da
criação que é obra do Pai. No símbolo niceno-constantinopolitano esse binômio é
enriquecido com outras palavras: “céu e terra”, “coisas visíveis e invisíveis”.
Sublinha-se assim não somente a distinção, mas também a relação que há entre o
mundo terrestre e o celeste. Se a terra é o lugar da realidade material e a
habitação do homem, o céu, na linguagem bíblica, além de significar o
firmamento, indica a glória escatológica e a morada de Deus e dos anjos que o
circundam.
Na Sagrada Escritura, a expressão «céu e terra» significam:
tudo o que existe, a criação inteira. Indica também o laço que, no interior da
criação, ao mesmo tempo une e distingue céu e terra: «a terra» é o mundo dos
homens; «o céu» ou «os céus» pode designar o firmamento, mas também o «lugar»
próprio de Deus: «Pai nosso que estais nos céus» (Mt 5,16), e, por conseguinte,
também «o céu» que é a glória escatológica. Finalmente, a palavra «céu» indica
o «lugar» das criaturas espirituais – os anjos – que rodeiam Deus.
Deus fez tudo o que
existe. Ele é o Senhor e o Criador da terra, do céu e de tudo o que neles há.
No princípio [Hebraico
בְּרֵאשִׁ֖ית bereshit] remonta a um tempo desconhecido e
remoto, escondido nas eras eternas, que antecede a criação. Mas pouca
informação é dada sobre essa época.
O capítulo 1 de
Gênesis foca na criação do mundo físico - os céus e a terra. Deus é designado
em hebraico pelo nome אֱלֹהִ֔ים
Elohim, um plural que indica a majestade e a magnitude divina. O
nome אֱלֹהִ֔ים Elohim acentua
a sua glória e o seu poder como o
Deus todo-poderoso.
A declaração original (patente) da origem de todo o mundo criado.
O livro de Gênesis já
apontava para uma doutrina claramente revelada em outras partes da Bíblia, a
saber, que se Deus é um, há uma pluralidade de pessoas na Divindade - Pai,
Filho e Espírito Santo, que estavam engajados na obra criadora.
O verbo utilizado
para descrever a criação do
céu e da terra em hebraico é o termo בָּרָא bara, que está no singular
e significa trazer do nada à existência e moldar sob nova forma.
O verbo בָּרָא bara tem sempre Deus
como sujeito. O céu, a terra e o universo não foram formados a partir de
materiais pré-existentes, mas feitos do nada. Este versículo declara a grande e
importante verdade, que nada foi originado por acaso, ou da habilidade de
qualquer agente inferior; mas que o universo inteiro foi produzido pelo poder
criador de Deus.
Uma das mais definitivas afirmações da Bíblia
encontra-se em Gênesis 1:1: "Deus
criou". Negar isso é, de fato, recusar toda a Bíblia. É contradizer as
afirmações e revelações do autor de todo o Velho Testamento e negar a
veracidade de todos os escritores do Novo Testamento, que as citam.
Uma dessas recusas encontra-se na área da evolução
natural. A pretensão é, aleatoriamente, a mutação de basicamente nada para
tudo. Tal suposição não é apenas anti-bíblica, é totalmente ilógica e não
científica na medida em que supõe efeito sem causa ou propósito e afirma algo
de que não temos nem registros fósseis, nem observações científicas.
A trindade na criação dos céus
e da terra
Na criação de todas as coisas, podemos notar
O trabalho conjunto da trindade. Deus Pai foi o “arquiteto” da criação – aquele
que planejou todos os detalhes. Deus Filho foi o “executor” da criação – aquele
que esteve presente trabalhando em todo o processo. E Deus Espírito Santo foi o
“decorador” da criação – poeticamente falando, aquele que “embelezou” os céus e
a terra e tudo que nela há com a sua glória. Portanto, a criação dos céus e da
terra foi um trabalho da divindade, porém com diferentes tarefas para Deus Pai,
Deus Filho e Deus Espírito Santo.
O ato do
Espírito pairar sobre a desordem, ou, em outras palavras, sobre o caos,
descrito em Gênesis 1.2, aponta que o seu trabalho era trazer à existência a
vida escondida na terra ainda inabitável e inacabada, ou seja, transmitir vida
à toda matéria que seria criada, como o homem, os animais, as plantas, os
luminares, e outros.
“No principio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1.1). Os três atos criativos
de Deus estão no capitulo 1 de Gênesis. Nesse capítulo encontramos todo ato
criador de Deus que são:
a. A criação do UNIVERSO, céus e terra ( Gênesis
1.1).
Essa maravilhosa
declaração resume o ato de Deus de trazer à existência a estrutura física do
cosmo: o universo tridimensional composto de tempo, espaço e matéria.
b. A criação da vida ORGÂNICA, a vida animal (
Gênesis 1.21).
Esse versículo sintetiza o ato de
Deus em trazer à existência o componente biológico do universo: a vida animal
consciente.
c.
A
criação do GENERO HUMANO, o homem ( Gênesis 1.26).
Aqui está o registro da criação
do componente espiritual do universo, criado “a partir do nada”: a “imagem de
Deus” localizada única e exclusivamente
no ser humano.
O ATO CRIATIVO ORIGINAL
Segundo
as Escrituras na criação original de Deus, em Gênesis 1.1, há um principio
definido, um período desconhecido e longínquo, oculto da limitada e finita
mente humana, o qual vai mais além da criação de Gênesis 1.1.
A criação original fala de uma terra bela e esplendorosa. Não cremos
numa terra original sem forma e vazia. “Filho
do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o
Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em
formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua
cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a
safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus
pífaros estava em ti; no dia em que foste criado foram preparados” (Ezequiel
28.12,13).
A TERRA COSMICA
"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas." Gênesis 1:2
"Sem forma e vazia" [do Hebraico תֹּ֫הוּ וָבֹ֔הוּ tohu va-bohu],
esta expressão passa um único conceito: O caos. As palavras trevas [do Hebraico וְחֹ֖שֶׁךְ chosher] e abismo [do Hebraico תְה֑וֹם tehom] retratam
o caos, o desastre e a devastação.
Em Gênesis 1.2, vamos encontrar uma terra totalmente diferente da que
foi originalmente criada. Alguma coisa aconteceu que provocou essa mudança
brusca sobre a terra. Em
Isaías 45.18, diz que Deus não criou a terra em vão. No original hebraico, é
usada a mesma expressão que traduz
Gênesis 1.2. “sem forma e vazia” (Tohu e Bohu).
Façamos uma
comparação com a terra de Ezequiel 28.12-16, e verá o maravilhoso que era a
terra original de Gênesis 1.1. Aí aparece a figura de Lúcifer, como um
querubim ungido, como um guardião da terra original.
O texto de Ezequiel 28.12.13, nos fala de uma terra original bem
diferente do que vemos em Gênesis 1.2, Nos fala sobre uma terra linda com
pedras preciosas, esmeraldas, etc.
Sabemos que antes da rebelião de Lúcifer, não existia o pecado, assim
que, se Adão, sendo, segundo a Escritura, o primeiro homem da terra, veio a
conhecer o pecado, se entende claramente que a rebelião de Lúcifer (o pai do
pecado) só pode ter acontecido entre os versículos 1.1 e 1.2 de Gênesis. Como consequência
dessa rebelião de Lúcifer que foi lançado sobre a terra, sobreveio o estado
caótico ou sem forma e vazia da terra (Gênesis 1.2), conhecido como terra
cósmica.
O Profeta Isaias nos apresenta o relato de como foi a caída de
Lúcifer, logo depois de haver se rebelado contra a autoridade de Deus.
“Como caíste do céu, ó Estela
da manhã, filha da alva! Como fostes lançado por terra, tu que debilitava as
nações! E dizia no eu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de
Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da
banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo
do abismo” (Isaías 14.12-15).
A RESTAURAÇÃO DA TERRA ORIGINAL
O livro de Gênesis
1.1 - 2.25 descrevem os sete
dias da criação, bem como Elohim formou o homem e a mulher e os colocou no Jardim
do Éden, o paraíso.
E o Espírito de Deus
trouxe luz à escuridão. A vida e a criação começam com a luz e o nascer do dia.
A escuridão pode ter durado muito tempo, mas chegava naquele momento o fim do
domínio das trevas.
Como está escrito que
o choro pode durar uma noite, mas alegria vem ao amanhecer, assim também este
texto nos ensina que Deus tem o poder de trazer, do nada, luz e alegria às
nossas vidas.
"Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O
choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." Salmos 30:5.
"Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as
estrelas que preparaste;"Sal. 8:3 "No princípio era o Verbo, e
o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1
SEMANA DA REORDENAÇÃO DO
UNIVERSO CRIADO
1- PRIMEIRO DIA (Gênesis 1.3)
“E
disse Deus. Haja luz. E houve luz”.
A luz é criação de Deus, totalmente oposta às
trevas.
2- SEGUNDO DIA (Gênesis 1.6)
“E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação
entre águas e águas”. Aqui, a palavra hebraica “rakia”,
significa simplesmente “expansão” ou “espaço”.
O texto se refere a esse espaço ou expansão que separa
as nuvens que estão nas regiões mais altas dos mares e tudo o que está embaixo.
A isto o chamamos “atmosfera”.
3- TERCEIRO DIA (Gênesis 11)
“E
disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera
que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E
assim foi”.
Aqui neste versículo, podemos considerar a
origem da vida em sua forma mais baixa.
São especificadas três classes de vida
vegetal:
a. A erva,
b. A erva que dá semente
c. A árvore que dá fruto.
A primeira é um organismo mais simples; a
segunda já é mais complexa, tendo um ramo, e se propaga através de suas
sementes; a terceira é mais complexa, pois tem ramos de madeira, e por isso
pode elevar-se do chão, e dar fruto que contém a semente para sua propagação.
4- QUARTO DIA (Gênesis 1.14)
“E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver
separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos
determinados e para dias e anos”.
Notamos que no primeiro versículo de Gênesis,
temos uma declaração que estabelece a criação dos céus e terra. Portanto, aqui
não se refere a criação dos corpos celestes, porque não se emprega a palavra
“criar”, mas indica seus ofícios de utilidades para a terra.
5- QUINTO DIA (Gênesis 1.20)
“E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma
vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus”.
Sabemos que a maioria das vidas está nos mares
e rios. A fecundidade dos peixes é algo grandioso que o homem não pode nem
imaginar. É o fiel cumprimento da Palavra de Deus.
6- SEXTO DIA (Gênesis 1.24-27)
“E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie,
e répteis, e bestas feras da terra
conforme a sua espécie. E assim foi...”.
A CRIAÇÃO DO HOMEM
Gênesis 1.26:
“E disse Deus: façamos o homem à
nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra”.
No sexto dia da criação, depois de concluir
sua ação criadora, Deus sentiu a necessidade de algo mais pessoal, algo
inteligente e que pudesse ter comunicação direta com Ele. Aqui se deu a criação
do homem.
A EXISTÊNCIA DOS ANJOS UMA VERDADE DE FÉ
A existência dos seres
espirituais, não-corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente chama
anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão claro como a
unanimidade da Tradição.
A origem
dos anjos
A época de sua criação
não é indicada com precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado
juntamente com a criação dos céus ou pode ter sido antes (Gn. 1:1 ). Pode ser
que tenham sido criados por Deus imediatamente após a criação dos céus e antes
da criação da terra, pois de acordo com Jó 38:4-7, rejubilavam todos os filhos
de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra. Que os anjos não existem
desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de sua criação ( Ne.
9:6 , Sl 148:2,5; Cl 1:16 ).
Segundo as Escrituras,
muito antes da criação do homem Deus criou uma inumerável companhia de seres
chamados anjos. Tal como os homens, eles tem personalidade, inteligência e
responsabilidade moral.
Sua natureza não inclui
o corpo, a não ser que entendamos que eles são corpos de uma ordem espiritual
(l cor. 14.44), ainda que as vezes eles podem ser vistos em corpos e aparecer
como homens (Mat. 18.128.3; Ap. 15.6;). Vemos também que eles não experimentam
aumento em seu numero através do nascimento nem experiência física da morte ou
cessação de existência.
Revdº. Dr. Adaylton Conceição de Almeida (Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
Facebook: Adayl Manancial
Email: adayl.alm@hotmail.com
O
Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição é Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia,
Escritor, Professor Universitário, Psicanalista e Pós Graduado em Ciências
Políticas; Doutor em Psicologia e em Humanidade, Diretor da Faculdade Teológica
Manancial e Professor do Seminário Teológico Kerigma.
BIBLIOGRAFIA
Adaylton
de Almeida Conceição – Dispensações (Períodos Bíblicos) – 1994.
Luís
Carlos Fonseca – Jesus o criador dos céus e da terra.
Leonardo Dâmaso - O Trabalho Do Espírito Santo Na Criação Dos Céus E Da
Terra.
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema