Juiz americano afirma que decisão em favor dos homossexuais abre precedentes para outras uniões
A fala do juiz John Roberts, um dos 4 votos contrários à legalização do casamento gay na Suprema Corte dos EUA, pode abrir espaço para a legalização da poligamia. Na ocasião, ele justificou sua contrariedade alegando que os mesmos argumentos a favor de tais uniões poderiam ser usados para legalizar a poligamia.
A lógica é que se um casal homoafetivo alega que “sofreria o estigma de saberem que sua família é, de alguma forma, inferior”, por que o mesmo raciocínio não se aplica a uma família formada por três (ou mais) pessoas criando filhos?
Correntes do mormonismo, seita que pregava a poligamia até ela ser criminalizada nos EUA, comemoraram. A nova legislação sobre igualdade de casamento já permitiu que mórmons fundamentalistas do estado de Montana entrassem com pedido de uma certidão de casamento civil para o marido e a segunda esposa.
Nathan Collier casou com sua primeira esposa, Victoria, em 2000. Ele acabou se envolvendo com a irmã dela, Christine, e os três passaram a viver juntos. Embora tenham realizado uma cerimônia religiosa em 2007, a união deles não é reconhecida pela justiça americana.
“Só queremos garantir amparo legal a uma família amorosa, forte, funcional e feliz”, explica Nathan. Inspirado pela decisão da Suprema Corte no mês passado, alega que sofre uma violação dos seus direitos civis.
Para quem acha que este tipo de situação não pode ser comparada com o casamento gay, ano passado Kody Brown, um mórmon que vive com suas quatro esposas e 16 filhos, obteve uma vitória na ação que movia há 3 anos contra o estado de Utah.
O juiz federal Clark Waddoups decidiu a favor dos Brown, considerando que a proibição de poligamia, prevista na lei, violava direitos constitucionais de liberdade religiosa. Isso fez com que muitos mórmons defendessem que a poligamia foi “descriminaliza” no estado.
Estima-se que existem mais de 20 mil famílias mórmons vivendo nesta situação e que poderiam “se legalizar”.
Além dos mórmons, estima-se que existam até 100 mil famílias muçulmanas na mesma situação nos EUA. Permitida pela Alcorão, a poligamia é normal nos países que vivem sob a lei religiosa islâmica.
Longe do aspecto religioso, o influente site sobre política americana Politico.com publicou uma extensa matéria sobre o tema, defendendo a prática como o “próximo passo do liberalismo social”. O argumento central é que os homossexuais já viviam maritalmente antes da legalização. Ou seja, adeptos do ‘poliamor’ também deveriam lutar pelos seus direitos e quebrar o ‘tabu’. É apenas uma questão de tempo até que cheguem na Suprema Corte.
O casamento gay viveu um processo similar, sendo gradualmente aceito em um estado depois do outro até finalmente ser aceito nacionalmente.
Segundo uma pesquisa do Gallup sobre valores morais, a poligamia era considerada moralmente aceitável por 7% da população em 2003. Na reedição da pesquisa em 2015, o percentual saltou para 16%.
Culturalmente, as mudanças nos Estados Unidos acabam se refletindo em grande parte do mundo. Vide o significativo número de brasileiros que coloriram suas fotos no Facebook para comemorar a decisão da Suprema Corte.
Com informações de Charisma News via GOSPEL PRIME
Meu Comentário:
Não duvido de mais nada. O mundo jazz no maligno, portanto liberou geral, é o fim. Que diferença faz, com tudo que já liberaram, legalizarem a poligamia?
Maranata, ora vem Senhor Jesus!
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Point Rhema