A MORTE DE JESUS - LB Adultos EBD/CPAD- Lição 12 - 2º Trim./ 2015 - Subsídio Teológico por Pr. Adaylton de Almeida Conceição
INTRODUÇÃO
A crucificação foi um método de execução cruel utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão.
Uma vez posto na cruz, de braços abertos, o condenado era amarrado e pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão. A morte ocorria por parada cardíaca ou asfixia, pois a cabeça pendida sobre o peito dificultava a respiração.
Acredita-se que a crucificação foi criada na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses pelos romanos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror.
Jesus Cristo na cruz
A crucificação é geralmente associada a Jesus Cristo que, segundo as escrituras, foi morto desta forma.
A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
O mundo foi comovido com o filme “PAIXÃO DE CRISTO”, que se propõe a narrar as ultimas 12 horas de vida de Jesus, apresentando de forma fotográfica, o tremendo sofrimento físico pelo que passou o Filho de Deus. Apesar da forma vívida e cruel que o Diretor conseguiu passar para a audiência, concernente ao sofrimento de Jesus, a nós, como cristãos evangélicos, nos preocupa ao pensar que o mundo ficará apenas com a imagem de um Cristo impotente, sofredor, moribundo... morto. Nisso vemos a grande diferencia entre o Cristo da história e o Cristo das Escrituras. Pois o Cristo das Escrituras não é um Cristo para ser chorado, lamentado e que transmite tristeza. O Cristo das Escrituras é muito mais que um Cristo cuja história se pode resumir em 12 horas. O Cristo das Escrituras é tão amplo, tão abrangente, sua história é tão extensa que é impossível compacta-lo ou resumi-lo em 12 horas de história.
A MORTE DE JESUS
Na Escritura a morte de Cristo se revela como um sacrifício pelos pecados de todo o mundo.
João Batista apresentou a Jesus com as palavras: “eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Jesus, na sua morte, foi o substituto morrendo no lugar de todos os homens. Por meio da sua morte, os juízos justos e incomensuráveis de Deus contra o pecador foram levados por Cristo. O Salvador já levou os juízos divinos contra o pecador para plena satisfação de Deus.
No tempo do Antigo Testamento se requeria nada mais que o sacrifício de um animal para remeter (literalmente “tolerar”, “ passar por alto” Romanos 3.25), e o ato de dissimular (literalmente “ passar por altos sem castigo”, Atos 17.30) dos pecados, Deus estava, apesar disso, atuando em perfeita justiça al fazer este requerimento, visto que Ele olhava para a manifestação de seu Cordeiro, o qual viria não apenas a passar por alto ou cobrir o pecado, mas tira-lo de uma vez para sempre (João 1.29).
Jesus é o dom gratuito do Pai
Sendo de condição divina, Jesus Cristo fez-se totalmente humano, esvaziou-se da condição divina para viver conosco (Fl 2,6-8). Deus revela-se como Deus muito humano. Nada do que é humano é indiferente a Deus. A grande Revelação de Deus é a humanidade. A humanidade de Jesus marca definitivamente a abertura e o acesso à vida de Deus. Agora, o encontro com Deus se dá não necessariamente no Templo, mas em Jesus Cristo. “Ninguém vai ao Pai senão por mim”, diz Jesus (Jo 14,6). Deus se faz carne e vem habitar entre nós. Jesus Cristo se faz humano e servidor, manifestação da graça de Deus.
A CONDENAÇÃO E MORTE DE JESUS
A oração de Jesus
Na oração de Jesus no monte das Oliveiras, Jesus fala com o Pai. Percebe-se na oração de Jesus, primeiro, a experiência primitiva do medo, depois a turvação diante do poder da morte e, também, o pavor perante o abismo do nada, que o faz tremer, ou melhor, suar gotas de sangue (cf. Lc 22,44). Aquele que é vida sente advir sobre si todo o poder de destruição. Em Jesus vê-se o duelo entre luz e trevas, vida e morte. Manifesta-se não apenas uma angústia, mas o verdadeiro.
Assim, a oração “não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22,44) é verdadeiramente uma oração do Filho ao Pai, na qual a vontade humana natural foi totalmente arrastada para dentro do eu do Filho, cuja essência se exprime precisamente no “não Eu, mas no Tu”, no abandono total do Eu ao Tu de Deus Pai. Mas este “Eu” acolheu em Si a oposição da humanidade e transformou-a, de tal modo que, agora, na obediência do Filho, estamos presentes todos nós, somos todos arrastados para dentro da condição de filhos drama da escolha que caracteriza a vida humana.
CRISTO: “MARTIR OU VICARIO?”
Por que Cristo morreu? Essa tem sido uma das perguntas que mais tem comovido os corações durante toda a história do cristianismo.Esta pergunta bem respondida nos leva ao interior do recinto da fé cristã. Uma frase muito usada entre nós é: “Mártir do Gólgota”. Porém se não vemos no Gólgota mais que um mártir, nos desviamos muito da verdade.
Muitos morreram vítimas da inimizade para com suas crenças. A cruz levantada no Calvário não é a única cruz que tem dado testemunho da fidelidade às crenças religiosas.
Outras pessoas sofreram penas físicas mais cruéis que Cristo, e não cremos que os merecimentos delas apagam o pecado de seus semelhantes. Se Cristo não é mais que um mártir, será apenas um entre muitos mártires, e igual aos outros. Fazia falta mais que um mártir. Fazia falta uma base firme sobre a qual descansasse a oferta da misericórdia de Deus, para que ele fosse justo e o justificador do crente. Isto só se encontrava no substituto. O inocente teria que morrer para que o culpado escapasse.
A IMPORTANCIA DA MORTE DE CRISTO
Este é o assunto mais importante de toda a Bíblia. A morte de Cristo. Esta é a doutrina central da Bíblia. O derramamento de sangue para a remissão de pecados é o grande tema do Livro de Deus, tema do qual nascem todos os outros temas, e sem o qual a Bíblia se converteria num livro comum.
A morte de Cristo sempre foi o tema sobre o qual os apóstolos baseavam suas pregações e ensinos. Foi sobre a morte de Cristo que Pedro pregou no dia de Pentecostes e o resultado foi a conversão de três mil pessoas.
Em 1 Coríntios 1.17,18, Paulo diz com clareza e de forma enfática, qual devia ser o tema de suas pregações.Ele devia pregar a Cristo, porém a Cristo crucificado;o tema principal de sua pregação tinha que ser a crucificação de Cristo,e não suas pregações, nem seus milagres; ele cria que seu dever não era o de distrair a mente de seus ouvintes tratando outra coisa que não fosse esse grande e bendito acontecimento; tinha que falar da morte de Cristo, sem ocupar a atenção de seu auditório com vãs especulações. O apóstolo estava em condições de falar eloquentemente sobre qualquer outro assunto,; porém cria que não tinha sido enviado para isso, mas apenas a pregar a cruz de Cristo, que é poder de Deus e salvação para todo aquele que crer.
A morte redentora de Jesus cumpre em particular a profecia do Servo Sofredor. Jesus mesmo apresentou o sentido de sua vida e de sua morte à luz do Servo Sofredor. Após a sua Ressurreição, ele deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús, e depois aos próprios apóstolos.
AS IMPLICAÇÕES DA MORTE DE CRISTO
Ao considerar o valor total da morte de Cristo devem diferenciar-se alguns fatores
1. A morte de Cristo nos dá segurança do amor de Deus para com o pecador (João 3.16). “Mas Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). “Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco; que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amada a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” ( I João 4.9,10).
2. A morte de Cristo é uma redenção ou resgate pago às exigências santas de Deus para o pecador e para libertar o pecador das justa condenação. É interessante notar que a palavra “por” significa “no lugar de”, ou”a favor de”, e é usada em cada passagem do Novo Testamento onde se menciona a morte de Cristo como um resgate“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20.28); “O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” ( 1 Timóteo 2.6). A morte de Cristo foi um castigo necessário o qual ele levou pelo pecador. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4.25). “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” ( Gálatas 1.4).
3. A morte de Cristo está representada como um ato de obediência à lei que os pecadores quebrantaram. A palavra grega “hilasterion” se usa para o “ propiciatório” (Hebreus 9.5), o qual era a tampa da arca. No Dia da Expiação (Levíticos 16.14) o propiciatório era aspergido com sangue desde o altar e isto mudava o lugar do juízo em um lugar de misericórdia (Hebreus 9.11-15). Da mesma forma, o trono de Deus se converte em trono de graça (Hebreus 4.14-16) através da propiciação da morte de Cristo. Isso quer dizer que Cristo ao morrer na cruz, satisfez completamente todas as exigências de Deus relacionadas com o juízo para o pecado da humanidade.
4. A morte de Cristo na cruz satisfez, não só a um Deus Santo, mas proveu as bases por meio das quais o mundo foi reconciliado para com Deus. A palavra grega, “katallasso”, que significa “reconciliar“, tem em si o pensamento de trazer a Deus e o homem juntos por meio de uma mudança radical no homem. “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pelo morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5.10).
AS PROFECIA E A MORTE DE CRISTO
As profecias cobra uma importância vital na história da instituição e desenvolvimento do cristianismo, servindo de magnífico argumento a favor da divindade da religião cristã.
Os profetas predisseram acontecimentos e fatos, relacionados com a vida e missão de Cristo, que a mente humana estava impossibilitada de antecipar.
Aqui, ao falar sobre as profecias a respeito de Jesus, quero deixar evidente o seu fiel cumprimento nos mínimos detalhes, que vão desde seu nascimento à promessa de sua segunda vinda,concluindo com o seu reino eterno.
Vejamos algumas profecias que falam sobre o Senhor Jesus Cristo:
1. Seria vendido por trinta peças de prata. (Zacarias 11.12) “E eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido, e, se não, deixai-º E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata”. Cumprida em Mateus 26.14-16 “ Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais dos sacerdotes, e disse: Que me quereis dar e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E desde então buscava oportunidade para o entregar”. Veja também Mateus 27.9; Marcos 14.10, 11; Lucas 22.4-6.
2. Seria abandonado por seus discípulos. (Zacarias 13.6,7) .”E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos: Dirá ele: São as feridas com 2que fui ferido em casa dos meus amigos. Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos: fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos”. Cumprida em Marcos 14.50 “Então, deixando-o, todos fugiram”. Veja também Mateus 26.31,56; Marcos 14.17; João 16.32.
3. Permaneceria mudo diante de seus acusadores. (Isaías 53.7)”Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca”Cumpridas em Mateus 26.62.63. ”E, levantando-se o sumo sacerdote disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? E Jesus, porém, guardava silêncio.”
4. Lhe daria vinagre para beber. (Salmo 69.21)Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre”. Cumprida em Mateus 27;.34) “Deram-lhe a beber vinho misturado com fel: mas ele, provando-o, não quis beber” Veja também Marcos 15.23;26; Lucas 23.35-37; João 19.28-3-.
5. Não lhe quebraria nenhum osso. (Salmo 34.20) “Ele lhe guardo todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra”. Cumprida em João 19.32 “Foram pois os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com ele foram crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas”.
Podemos ver muitas outras profecias sobre Jesus, como que:
Seria acusado por falsas testemunhas (Salmo 27.12) , cumprida em Mateus 26.59-62; Seria esbofeteado, insultado e cuspido (Salmo 35.15.16), cumprido em Mateus 26.67.marcos 14.65; Seria açoitado ( Isaias 50.6), cumprida em Lucas 22.64; Seria abandonado por Deus (Salmo 22.1), cumprida em Mateus 27.46; Marcos 15.34; Seria sepultado com os ricos (Isaías 53.12), cumprida em Mateus 27.57-60.
Muitas outras profecias se cumpriram na vida de Cristo, o que confirma sua veracidade e que verdadeiramente foram inspiradas por Deus.
O DECRETO E A NECESSIDADE DA MORTE DE CRISTO
Cristo veio ao mundo para revelar o Pai, para interpretar a lei, para dar exemplo de obediência, abnegação e amor; porém de um modo muito especial, veio a dar sua vida à morte em acatamento da vontade divina e para o bem de muitos. A cruz foi o objetivo de sua vinda, a necessidade de seu nascimento..
Se no fim de sua carreira terrena não houvesse estado na cruz, como prova do amor de Deus e sinal de reconciliação, Jesus não teria tido motivo para nascer e viver entre os homens. Porque Cristo nasceu com a finalidade de morrer; e na verdade, começou a sofrer no dia em que nasceu.
Paulo disse que Jesus veio ao mundo para salvar aos pecadores, e para que essa salvação fosse possível, era necessário, de todo ponto de vista, sua morte na cruz.
O principal propósito de sua vida não era pregar, não era operar milagres, não era dar conselhos, mas morrer paras oferecer seu sangue como preço de resgate pelos pecados do mundo.
O teólogo Strong diz que: “O cristianismo é tão antigo quanto a criação. Na verdade, antecede à criação porque Cristo é o Cordeiro imolado desde antes da fundação do mundo.
A revelação de Deus que culminou na cruz, começou no Éden. O principio de seu sacrifício final sempre esteve em processo; em todas as aflições de seu povo, ele foi aflito. Ele sofreu pelo pecado antes de nascer na Palestina”.
Toda a economia do Antigo Testamento, com seus tipos e sacrifícios, com suas ordenanças e cerimonial, indicava a ,morte de Cristo;porem a morte de Cristo não se originou no Antigo Testamento, não é uma doutrina revelada pelos patriarcas e profetas, mas algo decretado por Deus antes de que as coisas existissem. De certa forma, a salvação já estava preparada desde antes da fundação do mundo de Gênesis 1.1.
Falando sobre a morte de Cristo, em Atos 2.33, Pedro diz o seguinte: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” e em sua primeira Epístola universal esclarece e fortalece esta palavra. Dizendo: “Mas com precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” ( I Pedro 1.19, 20).
Com estas palavras, Pedro apresenta a doutrina da origem da morte de Cristo na mente de Deus antes que o mundo existisse, e fala de sua culminação histórica na cruz, na Judéia.
SIGNIFICADO E OS RESULTADOS DA MORTE DE CRISTO
Um dos significados mais profundos da morte de Cristo é o do “RESGATE”.
RESGATE. Nas Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Testamento, estão cheias da ideia do resgate, palavra que biblicamente é sinônimo de redenção e que etimologicamente tem o significado de; “Resgate – de res, prefixo, e o latim captare; colher, tomar; recobrar por preço o que o inimigo roubou; recobrar qualquer coisa que passou a mãos alheia”.
Sabemos que o resgate de escravos e prisioneiros era uma coisa muito comum na antiguidade.
Demóstenes diz em sua obra: “A lei manda que o que é resgatado do inimigo seja de propriedade daquele que o resgatou, a menos que possa pagar o preço do resgate”.
Cremos que esse era o sentimento de Paulo quando escreveu 1 Coríntios 6.20.”Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”.
Paulo escreveu a Timóteo:”O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” ( I Timóteo 2.16). Em colossenses 1.14, lemos: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber. a remissão dos pecados”.
Estas passagens falam sobre o resgate que foi efetuado por Cristo para livrar o homem do poder e da condenação do pecado.
Hoje, quando contemplamos os milhões de vidas que foram transformadas pelo poder de Cristo, que foi evidenciado em sua morte na cruz e sua ressurreição dentre os mortos, nos gloriamos e somos fortalecidos para proclamar essa grande verdade.
Reconhecemos que os resultados iniciais da morte de Cristo não foram nada animadores.
1. O primeiro resultado foi de tristeza, consternação dos seus discípulos. Eles não estavam preparados para algo tão chocante. Por outro lado, suas idéias messiânicas, muito ajustadas à letra das predições, não lhes permitia pensar em coisa semelhante acontecesse por não terem a idéia de que todo esse sofrimento era necessário ao Cristo. Ao contrario de tudo isso,para eles um Cristo crucificado eraum escândalo e um contra-senso. Quanto maior era sua fé em que Jesus era o Cristo, mais lhes confundia a noticia de que o Messias tivesse de morrer. Certamente milhares de perguntas afluíam a suas cabeças...
Não, eles não estavam preparados para entender a bendita teologia da cruz – que era algo próprio do Filho de Deus o humilhar-see tornar-se obediente até a morte e morte de cruz.
Em Lucas 24.13-35 temos a historia dos discípulos que iam no caminho de Emaús. O versículo 17 retrata o sentimento de todos os discípulos de tristeza e desilusão; haviam perdido as esperanças, apesar das palavras do Mestres. Havia nos discípulos um sentimento de solidão, abandono, vazio...
Por outro lado, o ódio dos fariseus, dos saduceus, dos sacerdotes e escribas, agora se converte em alegria, porque pensavam que com a morte de Cristo, aquele assunto estaria terminado para sempre, e que não haveria mais pregação sobre aquela doutrina, nem haveria mais discípulos. Criam que agora podiam dormir tranquilos.
Cristo, como o Filho do Homem, o Cordeiro de Deus, sofreu na cruz pelos homens. Ofereceu-se a si mesmo como um sacrifício; morreu por nossos pecados.Morreu como representante do homem (Veja Hebreus 9.12; Mateus 20.28; I Pedro 1.19; Tito 2.14; 2 Coríntios 5.15, 21; Gálatas 3.13).
JESUS ENSINOU COMO CELEBRAR A SUA MORTE
Praticamente todas as pessoas que se consideram seguidores de Cristo já participaram de um ato para lembrar da morte de Jesus na cruz. As palavras usadas para identificar esse ato variam de uma tradição religiosa para outra, mas a prática em si quase sempre tem suas raízes na Ceia que Jesus celebrou com seus apóstolos na noite antes de sua crucificação.
Encontramos quatro relatos no Novo Testamento da instituição por Jesus da Ceia como maneira de lembrar a sua morte. Três dos quatro relatos do evangelho incluem a Ceia (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25; Lucas 22:19-20), e Paulo descreve a mesma Ceia em 1 Coríntios 11:23-26.
É importante observar que não são relatos de momentos diferentes, mas quatro relatos da mesma Ceia.
O propósito da Ceia foi definido por Jesus. Ele disse: “fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19). A Ceia é um memorial no qual lembramos a morte de Jesus na cruz. Paulo disse: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Coríntios 11:26).
Uma coisa tão simples, mas de profundo significado. Quando os cristãos participam da Ceia do Senhor, é momento para refletir sobre a morte de Jesus e o resgate do pecado que ele nos oferece pelo seu sangue. Devemos participar com reverência e seriedade, pois a Ceia serve para nos lembrar do sacrifício feito para nos salvar!
Prof. Pr. Adaylton de Almeida Conceição – (Th.B.Th.M.Th.D.)
Facebook: Adayl Manancial
BIBLIOGRAFIA
Adaylton de Almeida Conceição – O Mistério de Cristo
Adaylton de Almeida Conceição – Cristo: Mártir ou Vicário?
André Sanchez - 4 importantes lições de Jesus Cristo sobre a morte
Michel Goulart - 20 fatos sobre a morte de Jesus C. na cruz
Dennis Allan - Jesus Ensinou como Celebrar a sua Morte
Paulo César Nodari - O sentido da condenação e morte de Jesus
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Point Rhema