MULHERES QUE AJUDARAM A JESUS por Prof. Adaylton de Almeida Conceição
Os homens dominam a história do cristianismo. Passando pelos 12 apóstolos, que não incluíam uma mulher sequer, e culminando com Jesus, Filho e não filha. Curiosamente, porém, são as mulheres que não só participaram como protagonizaram boa parte dos momentos cruciais da vida de Cristo. Da concepção à crucificação, enquanto homens traíam ou fingiam não conhecer o Messias, elas não se acovardaram diante das dificuldades. Mas quem são essas mulheres e por que elas são importantes?
Jesus veio para libertar o ser humano de todas as cadeias. Ele inovou, quebrou paradigmas do judaísmo, mostrou o caminho da salvação e deu a receita certa de como segui-lo para obtê-la.
E não fez acepção de pessoas. Seu ensinamento alcançou a crianças, jovens, adultos, anciãos, homens e mulheres. Com as mulheres, sua postura foi singular, pois Ele colocou-as em nível de importância elevado, dando-lhes dignidade e abrindo, assim, a possibilidade para que elas o seguissem e atuassem em seu ministério de uma forma muito intensa.
Esse comportamento, apesar das rígidas leis judaicas, foi seguido por seus apóstolos depois que Ele retornou para o Pai. Em todo o Novo Testamento, o ministério das mulheres se mostra atuante na expansão do cristianismo. Como exemplo, pode ser citado At. 16:14, que trata da primeira conversão ao Evangelho ocorrida na Europa: “Certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Lídia e sua família foram grandes colaboradores de Paulo no ensino e na pregação da palavra.
Jesus e as mulheres, é um tema importante dentro do contexto do Novo Testamento. As denominações históricas aos poucos vão se libertando de seus próprios preconceitos.
Ajudadora
Em Gênesis 2:22, o papel da mulher é claramente definido: “E da costela de Adão que o Senhor tomou do homem, formou a mulher e a trouxe a Adão: Disse Adão: Esta é agora osso do meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada mulher, pois do homem foi tomada, e serão os dois uma só carne. A mulher, dessa forma, foi formada para ser companheira, ajudadora e amiga de todas as horas.
Com o passar dos séculos, o ensinamento judaico foi colocando o homem como figura mais importante na sociedade, eliminando a prática da mensagem inicial de Deus. Essa distorção somente foi quebrada através de Jesus, que passou a dar à mulher um tratamento mais igualitário, de amor e carinho, de perdão e reconhecimento. Ele soube como ninguém o fizera antes, tratar a mulher com o respeito e a dignidade merecidas por todo ser humano.
A MULHER NA ÉPOCA DE JESUS
Na época de Jesus a mulher não era mais do que uma propriedade do seu marido. Este possuía servos, propriedades e a mulher. Ela era considerada pecadora e mentirosa por natureza. Seu testemunho em um julgamento era considerado de pouco valor.
Após a ressurreição, foi às mulheres que Jesus apareceu primeiro. Elas correram e contaram aos apóstolos. Mas estes não as levaram a sério. Era o testemunho de mulheres, e mulheres eram influenciáveis e pouco confiáveis. Mas Jesus confiava nelas.
Também foi para uma mulher que Jesus primeiro revelou, de modo claro, que era o Messias.
Ele escolheu uma mulher, não judia e discriminada, para se revelar. Ele estava na região da Samaria, junto a um poço d’água, quando uma samaritana se aproximou deste poço a fim de retirar água. Jesus pediu a ela um pouco de água. A mulher ficou surpresa, porque judeus não usavam copos, pratos e talheres que tivessem sido usados pelosSamaritanos ou por pagãos (pois os consideravam impuros). Mas Jesus usava, pois Ele não era prisioneiro dos preconceitos de sua época. Em troca da água Jesus ofereceu seu conhecimento e se revelou o Messias.
O que mais impressiona neste ato é que Jesus lida com a Samaritana sem preconceitos raciais, culturais ou sexuais. Ela é um ser humano, e como tal merece conhecer e viver a palavra de Deus. Jesus reconhece que o que nos separa é o preconceito e que a palavra de Deus não deve ficar prisioneira dos preconceitos. Ela é para TODOS.
Para Sócrates, a mulher era um ser estúpido e enfadonho. Buda não permitia nem que seus seguidores olhassem para as mulheres. No mundo pré-cristão, as mulheres quase sempre não passavam de servas mudas, cuja vida só conhecia o trabalho extenuante e as obrigações de casa. Não é à-toa que uma oração judaica dizia: "Agradeço-te, ó Deus, por não me teres feito mulher"...
Foi Cristo quem restituiu à mulher a dignidade humana que lhe fora tirada, o direito de ter exigências espirituais. A partir dele, o lugar da mulher não se limitou mais ao lar doméstico.
Por isso, no grupo dos seus seguidores mais íntimos vemos muitas mulheres, principalmente galiléias.
A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER
A mulher não era considerada por seu marido a menos que fosse forte o suficiente para trabalhar duro e dar à luz muitos filhos robustos, se fosse estéril, era desprezada pelo marido e pela sociedade. Homem algum se dirigia a uma mulher, a não ser para repreendê-la por alguma coisa considerada imprópria para uma mulher fazer, do tipo se dirigir a um homem que não fosse seu marido. Até na tenda da congregação a mulher não tinha acesso, tinha que ficar no pátio, na parte exterior do templo. Jesus mudou a trajetória de humilhação da mulher de Sua época.
Quando havia um censo, a mulher não era cadastrada, o papel da mulher é descrito claramente no último capítulo de Provérbios. Lá você pode ter uma idéia o que uma sociedade patriarcal como a judaica, esperava de uma mulher para chamá-la de "virtuosa". Era uma rotina bastante dura, a mulher trabalhava incansavelmente dentro e fora de sua casa, plantava uma vinha com o fruto de suas mãos, ia buscar lã e linho e de longe trazia seu pão, ou seja, a mulher tinha que trabalhar muito para fazer as tarefas domésticas e ainda plantar e colher.
Jesus jamais deixou de responder a uma mulher e na época a mulher nem tinha nome, era chamada pelo nome do pai e depois do marido, só as prostitutas tinham nome, mas isso porque nenhum homem queria seu nome ligado ao de uma mulher "perdida".
Primeiro fez o milagre da transformação da água em vinho a pedido de Maria Sua mãe, depois curou a mulher com fluxo de sangue, que conseguiu se aproximar Dele em meio a uma grande multidão que o comprimia e, por trás Dele, tocou na orla de Suas vestes e foi curada. Depois disso, uma mulher cananéia (de origem grega) que estava com a filha dela endemoninhada, seguiu Jesus clamando: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada." (Mateus 15:22), até que Jesus parou e disse a ela que Ele tinha vindo para as ovelhas perdidas da Casa de Israel e que não era bom pegar o pão dos filhos e dá-lo aos cachorrinhos. A resposta da mulher encheu Jesus de alegria por causa de sua fé, porque ela disse que os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Jesus elogiou a fé daquela mulher e fez o que ela pediu, sua filha foi liberta na mesma hora.
Durante Seu Ministério, eram as mulheres que serviam Jesus com seus bens, elas iam seguindo Jesus de cidade em cidade e davam apoio financeiro a Ele e Seus discípulos. Essas mulheres haviam sido curadas ou libertas de demônios por Jesus e sua forma de gratidão era serví-lo com seus bens. (Lucas 8:3)
Foram as mulheres que acompanharam Jesus até o fim, até o Calvário, porque os discípulos fugiram, ficaram com medo de sofrer perseguição por causa de Jesus, mas as mulheres não temeram, apenas O seguiram, em silêncio e de corações partidos assistiram a crucificação.
A VISÃO FEMININA NO NOVO TESTAMENTO
A visão feminina do Novo Testamento sempre existiu, mas o estudo sistematizado com vistas às revisões do papel da mulher na vida e no legado de Jesus é mais recente. O que se convencionou chamar de teologia feminista nasceu com os movimentos pelos direitos das mulheres nos anos 60, quase dois mil anos depois da reunião dos textos que compõem a segunda parte da Bíblia. “Prevaleciam, e ainda prevalecem, em muitos lugares interpretações dos textos que justificavam a subjugação da mulher”, conta Yury Puello Orozco, teóloga feminista do departamento de Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Às perguntas que buscavam a justificação da existência do mal, por exemplo, convencionou-se afirmar que a culpa era da mulher, que, na figura de Eva, no Antigo Testamento, cedeu às tentações do diabo e comeu o fruto da árvore proibida. “Se as mulheres eram fracas e sugestionáveis como alguns dizem, por que foram elas as testemunhas de momentos-chave do cristianismo, como a morte e a ressurreição de Cristo?”, questiona Yury. “Os apóstolos, na hora do aperto, foram incrédulos e fugiram, enquanto as mulheres permaneceram ao pé da cruz”, lembra.
A PERSISTENCIA DA MULHER PARA SERVIR A JESUS
Foi uma mulher, Maria Madalena, a primeira a saber da ressurreição de Jesus, foi uma mulher quem deu a notícia da ressurreição de Jesus aos discípulos e eles não acreditaram nela. Foi Maria Madalena que certa vez, sabendo que Jesus estava na casa de um fariseu que insistiu que Jesus comesse em sua casa, chegou por trás, lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, secou com seus cabelos, beijou-Lhe os pés e derramou um unguento nos pés de Jesus.
Muitas vezes as mulheres chegavam a Jesus por trás, se escondendo, com medo, isso porque (certamente) se fossem vistas pelos discípulos, eles jamais deixariam uma mulher se aproximar do Mestre, mas nem por isso elas desistiam, porque sabiam quem era Jesus, porque Jesus era manso e humilde de coração e mesmo sendo Deus se fez carne para nos salvar.
Jesus conversou, escutou com paciência, ensinou, perdoou pecados, atendeu aos pedidos, curou e libertou muitas mulheres, mas não foi só isso. Jesus valorizou a mulher da Sua época, Ele sabia do papel destinado à mulher e resgatou sua posição social, não teve preconceito, não agiu como os homens da época agiam, não se esquivou de corrigir uma situação cultural e histórica, Jesus fez a diferença.
A mulher samaritana.
Também foi para uma mulher que Jesus primeiro revelou, de modo claro, que era o Messias.
Ele escolheu uma mulher, não judia e discriminada, para se revelar. Ele estava na região da Samaria, junto a um poço d’água, quando uma samaritana se aproximou deste poço a fim de retirar água. Jesus pediu a ela um pouco de água. A mulher ficou surpresa, porque judeus não usavam copos, pratos e talheres que tivessem sido usados pelos Samaritanos ou por pagãos (pois os consideravam impuros). Mas Jesus usava, pois Ele não era prisioneiro dos preconceitos de sua época. Em troca da água Jesus ofereceu seu conhecimento e se revelou o Messias.
O que mais impressiona neste ato é que Jesus lida com a Samaritana sem preconceitos raciais, culturais ou sexuais. Ela é um ser humano, e como tal merece conhecer e viver a palavra de Deus. Jesus reconhece que o que nos separa é o preconceito e que a palavra de Deus não deve ficar prisioneira dos preconceitos.
MULHERES DISCÍPULAS
I. Entendendo o termo original
A. No grego a palavra para discípulo é μαθητὴς — mathetès. A mesma ocorre no singular masculino 27 vezes no Novo Testamento.
B. Por outro lado, a expressão μαθήτρια — mathétria — discípula, ocorre uma única vez em todo o Novo Testamento em Atos 9:36 - Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia.
C. Mas o conceito de discípula não fica prejudicado por causa dessa única menção. Dizemos isso, porque outra passagem precisa ser levada em consideração: Mateus 12:48—50. “Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
OUTROS NOMES PARA A MESMA FUNÇÃO
Se Jesus teve durante sua vida pública, além dos Doze, um grupo de mulheres que o acompanhavam em suas viagens e em sua missão, por que Marcos não falou sobre elas em seu evangelho, mencionando-as somente no final? Talvez, porque sua presença no grupo de Jesus era um dado escandaloso para os leitores. Por isso preferiu não falar sobre elas. Mas o fato de que elas estivessem presentes durante sua morte, e inclusive durante sua ressurreição, era tão conhecido que Marcos já não pôde ficar calado.
Mas Marcos não é o único evangelista que as menciona. Elas são mencionadas em Mateus também, quando relata a morte de Jesus, acrescenta: “ Ali havia muitas mulheres, olhando de longe, aquelas que seguiram Jesus desde a Galileia para servi-lo. Entre elas estavam Maria Madalena, María a mãe de Santiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27, 55-56).
Mateus, assim como Marcos, dá o nome de três delas. Somente muda o da terceira mulher.
Enquanto Marcos cita Salomé, Mateus fala da mãe dos filhos de Zebedeu (isto é, a mãe de Santiago e João). Talvez, Mateus tenha feito isso porque não sabia quem era Salomé. Em compensação, sabía que a mãe dos Zebedeus esteve seguindo Jesus durante sua vida; de fato, ela é mencionada em uma cena (Mt 20, 20). De qualquer maneira, ele fala a mesma coisa que Marcos: seguiam o Senhor e o serviam.
LUCAS DESTACA ALGUMAS MULHERES QUE AJUDARAM A JESUS
Lucas destaca Maria Madalena, Joana de Cuza e Suzana, como sendo exemplos de mulheres que foram curadas por Jesus e depois passaram a acompanhá-lo, inclusive colaborando com ajuda material em muitas dessas peregrinações. Eram discípulas do Cristo que representaram a vivência da caridade, ajudando, com os seus bens, na manutenção da comitiva e especialmente na ajuda humanitária para inúmeras famílias que viviam na penúria nos lugares por onde passavam.
Maria Madalena.
Maria, chamada Madalena, encabeça a lista dessas mulheres curadas por Jesus e que se dispuseram a ajudá-lo na missão de evangelizar e de socorrer com os seus bens. Lucas não relata as curas ocorridas em Joana de Cuza e em Suzana, mas divulga a natureza da cura de Madalena, “da qual tinham saído sete demônios”. Nesse sentido, surge a pergunta: Quem revelou que foram sete espíritos opressores (daímôn)? Evidente que somente Jesus poderia passar essa informação. Mas disso não se deve concluir que ela fosse uma meretriz ou portadora de condutas censuráveis. Jesus curou inúmeros enfermos portadores de obsessões atrozes, alguns dos quais nem gozavam de lucidez, o que deve ter sido o caso de Madalena.
O nome de Maria, chamada Madalena ou Maria de Magdala, deriva de sua cidade natal, Magdala, hoje El Medjdel (significa torre de Deus), localizada em Israel. O nome Magdala deriva do termo hebraico migdal, que significa “torre”. Magdala era uma cidade da Galileia, que também era conhecida pelo nome Tariqueia, uma aldeia de pescadores, localizada na margem ocidental do mar da Galileia, ou seja, do lago de Genesaré ou de Tiberíades. Depois de ter sido curada por Jesus, Maria Madalena por inúmeras vezes se afastou de sua cidade, provavelmente com o apoio da família, para seguir os passos do profeta que a libertou de um longo e tormentoso sofrimento. A presença de Madalena aos pés da cruz e ter sido ela a primeira pessoa que Jesus escolheu para anunciar o seu retorno depois da crucificação (João 20:15-16), demonstra ser uma discípula com laços especiais de afinidade com Maria de Nazaré e com o divino Messias à semelhança de João, o Evangelista, para quem o Mestre, do alto da cruz, confiou a sua mãe:
“Jesus, vendo sua mãe e ao lado dela o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis aí a tua mãe!” E desde essa hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (João, 19:25-27).
Joana.
A segunda mulher seguidora de Jesus mencionada por Lucas é Joana, mulher de Cuza, procurador ou administrador das propriedadesde Herodes Antipas, tetrarca ou governante da Galileia e da Pereia. O nome Cuza vem do aramaico, significando jarrinha.
O nome Joana é a forma feminina do nome João, que significa “favorecida por Yahweh”.
Segundo a tradição, Joana é considerada uma das irmãs de Maria, mãe de Jesus, conforme explica o teólogo Carlos Torres Pastorino, em sua obra Sabedoria do Evangelho, volume terceiro. Pastorino também assevera que o oficial de Herodes que solicitou de Jesus a cura para o seu filho poderia ter sido Cuza (João 4:46-54). Os fatos de Joana e de seu filho terem sidos curados por Jesus, seu grau de parentesco com o Mestre e o apoio do marido motivado pela gratidão, são justificativas muito fortes para que essa venerável mulher seguisse os passos do Mestre até o fim de sua existência.
Também Joana estava entre as mulheres que seguiram a Jesus até Jerusalém, para a páscoa, e que foram testemunhas da crucificação. Conforme o relato de Lucas (24:1-18), juntamente com Maria Madalena, com Maria, mãe de Tiago, e com outras mulheres, Joana foi à cidade a fim de preparar especiarias para cuidar do corpo de Jesus para o sepultamento. Quando ela e as outras mulheres chegaram ao túmulo, verificaram que o sepulcro estava vazio e divulgaram o fato do ressurgimento do Mestre aos apóstolos e aos demais discípulos.
Suzana.
A terceira mulher mencionada por Lucas é Suzana, cujo nome significa “lírio”. Os evangelho não revelam qualquer informação a respeito de Suzana.
De acordo com a Dra. Marislei, Suzana nasceu na cidade de Tiberíades, localizada às margens do lago de Genesaré, cinco quilômetros ao sul de Magdala, entre 6 e 4 a.C. . Ela afirma que alguns textos apócrifos relatam que Suzana era uma mulher de beleza singular e de personalidade marcante. Foi herdeira de relativa fortuna depois da morte de seus pais, quando foi cuidada desde a infância por sacerdotes. Depois de algum tempo, um dos sacerdotes do templo de Jerusalém tornara-se responsável por sua proteção e por seus bens até idade adulta.
Em sua juventude, Suzana despertou o amor do então soldado Otávio, que servia o império romano. Depois de ver os seus bens dilapidados, a jovem Suzana fugiu em busca de seu amado e de conforto espiritual. Arrecadou o que sobrara de sua fortuna e partiu com alguns dos seus serviçais. Nessa fuga, encontrou a caravana de Jesus e passou a seguir o Mestre juntamente com outras mulheres, quando encontrou conforto e fortalecimento espiritual.
Lucas também relata que muitas outras mulheres seguiam a Jesus. O evangelho de Marcos (15:40) confirma essa informação porque, além de citar Maria Madalena, também menciona Maria, a mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé. Segundo Pastorino, a tradição informa que Salomé era uma das “irmãs” de Jesus, casada com Zebedeu, mãe de Tiago o maior e de João, o evangelista. Também a tradição defende que Maria, a mãe de Tiago, o menor, era casada com Alfeu, irmão de José, o pai de Jesus. A caravana de Jesus estava repleta de seguidores que faziam parte de sua família carnal.
Maria de Betânia: a discípula que escuta o hóspede
Irmã de Marta e Lázaro (amigos de Jesus), Maria de Betânia, aldeia próxima de Jerusalém, aparece em duas cenas no evangelho: quando as irmãs choram a morte de Lázaro (texto do evangelho de João, lido nesta semana que antecede a Páscoa) e quando Jesus passa por sua casa e Maria se senta a escutá-lo enquanto Marta se atarefava “com muitos serviços”, como conta Lucas. Marta queixa-se da irmã a Jesus, mas este repreende-a: “Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.”
“Estar aos pés do mestre é, na literatura rabínica, ser discípulo de alguém”, diz à 2 a religiosa espanhola Isabel Maria Fornari, autora de uma tese com o título La Escuchad el Huésped (ed. Verbo Divino, Espanha), onde estuda este episódio.
ALGUNS TEXTOS ONDE APARECEM AS MULHERES QUE SEGUIAM A JESUS
A. A primeira menção das mulheres seguidoras de Jesus que ajudaram a Ele e ao grupo Apostólico é Lucas 8.1-3.
Maria, que era chamada de Madalena (v. 2) Mt 27.56, 61; 28.1, Marcos 15.40, 47; 16.1, 9; Lucas 8.2; 24.10; João 19.25; 20.1, 11, 16, 18. Joana, a esposa de Cuza (servo de Herodes, v. 3) é listada também em Lucas 24.10; Suzana (v. 3) "e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens” (v. 3)
B. Um grupo de mulheres são mencionadas como estando presentes na crucificação
1. A lista de Mateus, Maria Madalena (27.56); Maria, a mãe de Tiago e José (27.56); a mãe dos filhos de Zebedeu (27.56).
2. A lista de Marcos; Maria Madalena (15.40); Maria, a mãe de Tiago o Menor e José (15.40); Salomé (15.40).
3. Lucas diz apenas, "as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia” (23.49)
4. A lista de João; Maria, mãe de Jesus (19.25); A irmã de Sua mãe (19.25); Maria de Clopas [KJ Cleofas, isso poderia significar a esposa de Clopas ou filha de Clopas] (19.25); Maria Madalena (19.25)
C. Um grupo de mulheres é mencionado observando o lugar do sepultamento de Jesus
1. A lista de Mateus; Maria Madalena (27.61); a outra Maria (27.61)
2. A lista de Marcos; Maria Madalena (15.47) Maria, a mãe de José (15.47)
3. Lucas diz apenas, "As mulheres que tinham vindo da Galiléia com Jesus” (23.55)
D. Um grupo de mulheres foi ao túmulo domingo de manhã cedo
1. A lista de Mateus; Maria Madalena (28.1); a outra Maria (28.1).
2. A lista de Marcos; Maria Madalena (16.1); Maria, a mãe de Tiago (16.1); Salomé (16:1)
3. A lista de Lucas. "foram elas ao túmulo” (24.1-5, 24); Maria Madalena (24.10); Joana (24.10); Maria, a mãe de Tiago (24.10)
4. João lista apenas Maria Madalena (20.1, 11).
O relacionamento exato entre as diferentes mulheres nessas diferentes listas é incerto. Maria Madalena obviamente tem um papel predominante.
Prof. Pr. Adaylton de Almeida Conceição – (Th.B.Th.M.Th.D.)
EMAIL: adayl.alm@hotmail.com
Facebook: Adayl Manancial
REFERENCIAS
João Lopes - Mulheres na vida de Jesus - Revista Isto É _255 (2).
Roberto Junquilho – Mulheres no Ministerio de Jesus
Emídio Brasileiro – As Mulheres que seguiam a Jesus
António Marujo – Cinco mulheres importantes na vida de Jesus
Ariel Álvarez Valdés – Jesus teve discípulas mulheres
Maravilhoso! ME AJUDOU MUITO! DEUS ABENCOE!!!
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