Uma líder evangélica está cobrando do prefeito de Bogotá, Colômbia, os dízimos de seus salários por causa de uma oração feita por ela quando ele enfrentava problemas com a Justiça Eleitoral do país.
Lilia Inés Travecedo, que se apresenta como apóstola da igreja Sua Casa Sou Eu, afirmou que recebeu ordens divinas de cobrar o dízimo do prefeito Gustavo Petro, como forma de pagar as “bênçãos recebidas”, ou seja, sua reintegração ao cargo.
“Deus lhe mandou cobrar o dízimo”, disse a apóstola, que assegura que somente com suas orações foi possível que Petro fosse reintegrado ao cargo depois da destituição feita pela Justiça Eleitoral em dezembro de 2013.
“O único que recebeu a bênção que Deus te deu através de mim foi você”, afirmou Travecedo, em entrevista ao programa Noticias RCN, dirigindo-se ao prefeito. “O Senhor foi quem me mandou cobrar os dízimos”, acrescentou.
A pastora já havia cobrado o pastor por outros meios, inclusive cartas, onde cobra também $ 1,8 milhão de pesos colombianos (o equivalente a R$ 2.300,00 com a cotação de hoje, 15 de maio), com prazo de dois meses para quitação.
Como não obteve resposta, Travecedo adicionou juros e mora, e a “dívida” do prefeito passou a ser de $ 3 milhões de pesos colombianos (R$ 3.900,00), além de publicar uma carta-aberta ao prefeito no Facebook, o que gerou enorme repercussão entre os fiéis e cidadãos colombianos.
Não bastasse isso, a apóstola ainda pintou um quadro, com uma paisagem que teria sido inspirada por “vozes”, que a orientaram a vender ao prefeito pelo equivalente a R$ 18.200,00. Travecedo enviou o quadro ao prefeito sem perguntar se ele queria, e como o despacho não foi aceito pelo destinatário, foi devolvido à apóstola artista.
Texto de Tiago Chagas
Fonte: Gospel Mais
Meu comentário:
Em que pese existirem discordâncias acerca da devolução do dízimo, a contribuição é bíblica e acompanha o sustento da Igreja ao longo dos séculos. A má administração dos mesmos também é uma realidade que cada líder religioso dará conta a Deus, assim como também cada um de nós, em particular, teremos que dar.
Agora, é claro também que independente das circunstâncias, tanto no velho como no novo testamento, o dízimo era levado (e não buscado ou cobrado) voluntariamente à casa do Tesouro. Sabemos que, seja qual for a forma de contribuição, deve ser efetuada com amor, alegria e voluntariedade.
Essa "apóstola", além de prestar um desserviço ao evangelho, escandaliza, e o pior, em nome do Senhor. Isso é falsidade ideológica e estelionato, portanto, uma blasfêmia pública flagrante. Deus tenha misericórdia de nós.
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema