Êxodo 20.4-6. “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o YHWH, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.
1. O primeiro dos dez (10) Mandamentos enfatiza a singularidade, e peculiaridade incomparável do Deus Criador. Ele chama a nossa atenção para o Deus Uno, sem o qual não haveria vida ou esperança de salvação. Ele é a fonte da vida, da verdade, da paz, da alegria e realizações. Assim, o primeiro mandamento lida com o que nós adoramos. Já, o segundo dos dez (10) mandamento abrange a maneira de como nós o adoramos.
Na verdade é um convite à verdadeira adoração (para cada negativa, existe uma correspondente positiva). Se eu digo: “não fique fora da casa”, estou dizendo: “fique dentro da casa.
A idolatria é o maior de todos os pecados porque Jesus afirmou que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus de todo o coração, alma e mente (Mt 22.37).
Ídolo e imagem. O termo hebraico empregado aqui para “imagem de escultura” (Êx 20.4; Dt 5.8) é péssel, usado no Antigo Testamento para designar os deuses (Is 42.17), como Aserá, a divindade dos cananeus (2Rs 21.7, TB — Tradução Brasileira). Esses ídolos eram esculpidos em pedra, madeira ou metal (Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14). A Septuaginta traduz péssel pela palavra grega eidolon, “ídolo”, a mesma usada no Novo Testamento (1Co 10.14; 1Jo 5.21). O ídolo é um objeto de culto visto pelos idólatras como tendo poderes sobrenaturais e a imagem é a representação do ídolo.
Idolatria. O termo “idolatria” vem de eidolon, “ídolo”, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração”. Idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a soberania de Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda a base religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação (Dt 4.23-25).
IMAGEM DA DEIDADE
A Bíblia nos informa que "...Ninguém jamais viu a Deus..." (João 1:18). No Velho Testamento Deus falou isto diretamente ao povo dizendo: "...Guardai, pois, com diligência as vossas almas, porque não vistes forma algum no dia em que o Senhor vosso Deus, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; para que não vos corrompais, fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher;..." (Deuteronômio 4:15-16). Uma vez que ninguém jamais viu a Deus, tudo o que é feito para representá-lo seria obra das mãos do homem e portanto uma mentira. É útil lembrar que no Santo dos Santos não continha nenhuma representação de Deus. O Senhor disse a Moisés: "...Diga o seguinte aos israelitas: Vocês viram por si mesmos que do céu lhes falei: não façam ídolos de prata nem de ouro para me representarem. Façam-me um altar de terra e nele sacrifiquem-me os seus holocaustos e as suas ofertas de comunhão, as suas ovelhas e os seus bois.
Onde quer que eu faça celebrar o meu nome, virei a vocês e os abençoarei. Se me fizerem um altar de pedras, não o façam com pedras lavradas, porque o uso de ferramentas o profanaria..." (Êxodo 20:22-25). Sendo assim, o segundo mandamento proíbe o uso de qualquer coisa que representa Deus, ou que pode tornar-se um objeto de veneração. Assim, Deus proíbe qualquer tipo de imagem de Cristo, como crucifixos, santinhos, estátuas, etc...
QUEM PODE SER CONSIDERADO IDÓLATRA?
Idólatra, é o adorador de ídolos. 1 Co 6. 9; Ap 21. 8; 22. 15. “Pois sabeis isto nenhum que se prostitui ou impuro, ou avarento ou idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus” Ef 5. 5. O pecado da idolatria e explicitamente condenado no primeiro e segundo mandamento da Lei de Deus. Ex 20. 3 a 5; Dt 5. 6 a 9. Os profetas da “antiga aliança” e os apóstolos na “nova aliança” condenam a idolatria. At 17. 16; 1 Co 10. 14; Gl 5. 20; Cl 3. 5; 1 Pe 4. 3. “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o espírito se revoltava diante da idolatria dominante naquela cidade” At 17. 16.
COMO DEUS TRATA AOS IDÓLATRAS?
O tema mostra que a lei de Deus condena e diz: Que é pecado de morte.É exatamente o que se vê entre os povos errantes. Dt 7. 5; 12. 3. “Maldito seja o homem que fizer imagem esculpida, ou fundida, coisa abominável obra da mão do artífice Dt 27. 15. 1 Rs 21. 26. Todos os que adoram imagens serão envergonhados’ Sl 97. 7. Têm boca, mas não falam; têm olhos mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam Sl 115. 5 a 8. As imagens de escultura das nações são prata e ouro, obras feita por homens” Sl 135. 15 à 19. Is 30. 22; 31. 7.
“Retrocedendo, cobertos de vergonha serão aqueles que confiam em ídolos Is 42. 17; 44. 15 à 20. Nada sabem os que carregam sua imagem de madeira, e aqueles que intercedem por elas Is 45. 20; Jr 8. 19; 10. 10 a 14; Todo homem ficou estúpido, foi envergonhado todo ourives pelas imagens que ele esculpiu. Pois suas imagens são mentiras e não há espírito em nenhuma delas Jr51. 17. Pois vêm dias diz o Senhor, e castigarei suas imagens esculpidas” Jr 51. 52; Hc 2. 18, 19. Imagem de escultura é uma representação artificial de algo ou alguma coisa, a qual as nações errantes usam como objeto de adoração. Mas é expressamente proibido nos mandamentos e na Lei de Deus. ”Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima do Céu, nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás” Dt 5. 8.
A IDOLATRIA E A ADORAÇÃO
Tenho vários exemplares da Bíblia na minha biblioteca. Utilizo-os para estudo e meditação, mas mesmo que nunca os abrisse, ainda seriam de grande valor para mim.
Basta-me vê-los ali, para pensar em Deus. Está claro que é possível adorar-se ao Senhor em qualquer lugar, mas é muito mais fácil cultuá-lo num templo. Não é somente pelo lugar, mas também pelo programa de culto. A música e o sermão são de grande valia na adoração.
O perigo está em que é muito fácil adorar o meio em vez do objetivo. A Bíblia, a igreja, os hinos, os pastores e todos os símbolos e recursos visuais utilizados no culto são sacros apenas porque nos conduzem a Deus. O sentimento denominacionalista, por exemplo, pode bem ser uma violação deste mandamento.
Deus ordena que não pequemos. Todavia, existem algumas coisas que desejamos fazer, não importando se são certas ou erradas. Por isso, criamos um Deus que não se preocupa muito com o que fazemos. Pensamos no Deus do céu azul, das montanhas majestosas, das flores belas, mas ignoramos o Senhor que disse: "Vós me roubais... nos dízimos e nas ofertas" (Mal. 3:8); ou o que disse: "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará"
É bem mais fácil reduzir Deus às proporções que nos são mais convenientes, do que nos arrependermos dos nossos pecados, modificarmos o nosso modo de viver e nos tornarmos santos.
A IDOLATRIA E O CONHECIMENTO DE DEUS
Os patriarcas de Gênesis e os israelitas do deserto conheciam pouco sobre os atributos de Deus, o Criador se relevou aos seres humanos de maneira gradual ao longo dos séculos.
Hoje, nós sabemos que Ele é um espírito e um ser invisível (João 4.24; Colossenses 1.15; 1
Na época em que Deus escreveu o Decálogo, o Egito era um dos maiores centros de idolatria do mundo. Quando, na condição de escravos, os judeus viveram entre imagens de esculturas e obeliscos por muitos anos. Na região em que os judeus se encontravam após escaparem da escravidão egípcia, as sociedades de então praticavam religiões extremamente pagãs, da modalidade politeísta. Assim sendo havia o risco dos judeus inclinarem-se à idolatria, então Deus mandou a nação israelita não reproduzir nenhuma imagem de escultura em culto, o objetivo da proibição era evitar que eles atribuíssem às falsas divindades a sua poderosa ação de libertação.
A idolatria se caracteriza por tudo aquilo que toma o lugar de Deus no coração da pessoa.
Temos que ter discernimento para não proibir o que a Bíblia não proíbe. O segundo mandamento refere-se a imagens com fíns cúlticos. Deus proíbe a adoração aos ídolos e o culto a qualquer imagem de escultura ou de pintura como o objeto de adoração. O contexto é religioso e remete à proibição de fazer imagens de escultura ou quaisquer figuras e se prostrar diante delas para as adorar. Portanto, desenvolver a arte de escultura para fins meramente culturais, apreciar o talento de artistas em galerias de artes, criar e manter acervos pessoais de fotografias, ou se deixar fotografar e possuir objetos decorativos em casa está fora deste contexto. Confira: Êxodo 35.30-35.
DEUS, A LEI E OS QUERUBINS DA ARCA.
Deus disse: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso” (Êxodo 20:4-5).
Mas depois ele disse: “Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório” (Êxodo 25:18). Ele se contradisse?
Embora estas instruções específicas façam parte da lei dada aos israelitas, Deus também condena a adoração de imagens por qualquer pessoa ou povo, judeu ou gentio. No Antigo Testamento, ele castigou várias nações por suas práticas de adorar imagens e criaturas, ao invés de servirem o único Criador. Jeremias comunicou a sentença de Deus contra a Babilônia: “Portanto, eis que vêm dias, em que castigarei as imagens de escultura da Babilônia, toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus cairão traspassados no meio dela” (Jeremias 51:47; cf. Isaías 21:9). O Egito, também, foi condenado por sua idolatria:
“Assim diz o SENHOR Deus: Também destruirei os ídolos e darei cabo das imagens em Mênfis.... Assim, executarei juízo no Egito, e saberão que eu sou o SENHOR” ((Ezequiel 30:13,19).
Mas os querubins, feitos por ordem de Deus, não foram objetos de adoração. Representavam criaturas que servem a Deus, sempre próximos ao trono do Senhor. O propiciatório, que ficava em cima da arca da aliança, representava o trono de Deus. Os querubins serviam para lembrar o sumo sacerdote, quando entrava no Santo dos Santos, que esta sala do tabernáculo representava a presença de Deus. Mas jamais adoraria os próprios querubins.
Semelhança ou figura. A frase “Nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êx 20.4b; Dt 5.8b), à luz de Deuteronômio 4.12,15, proíbe adorar o próprio Deus verdadeiro por intermédio de qualquer objeto. A palavra hebraica para “semelhança” é “aparência, representação, manifestação, figura”. Sua ideia básica é de aparência externa, ou seja, uma imagem vista numa visão (Nm 12.8; Dt 4.12,16-18; Jó 4.16; Sl 17.15). Essa proibição inclui a representação de coisas materiais como homens e mulheres, pássaros, animais terrestres, peixes e corpos celestes (Dt 4.16-19).
VERSÕES DA IDOLATRIA (IDOLATRIA MODERNA):
Nem toda idolatria consiste de pau e pedra. Qualquer coisa que você amar mais que a Deus, qualquer coisa que você temer mais que a Deus, qualquer coisa que você servir mais que a Deus, qualquer coisa que você servir mais que a Deus, qualquer coisa que você der mais valor que a Deus, isso é o seu deus.
1. Astrologia – Dt 4.19,20; Is 44.25; Jr 10.2; Is 47.13; 2Re 17.16.
A astrologia não tem nenhuma relação com a astronomia. Enquanto a astronomia é uma ciência moderna e avançada, a chamada astrologia é a arte metafísica de adivinhar por meio de astros. O horóscopo nada mais é do que uma versão contemporânea popular e comercial do culto babilônico aos astros.
2. Ídolos dentro do coração – Ez 14.1-11.
Estes não estão visíveis e estão ligados á atitude do coração, mas desviam do Senhor e contaminam o pensamento humano (v.11) tanto quanto os ídolos visíveis e tangíveis.
AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO
1. O que dizem os teólogos católicos romanos? A edição brasileira do Catecismo da Igreja Católica, publicado em 1993, no período do pontificado do papa João Paulo II, afirma que o culto de imagens não contradiz o mandamento que proíbe os ídolos. Os teólogos católicos romanos ensinam que a confecção da arca da aliança com os querubins e a serpente de metal no deserto (Êx 25.10-22; 1Rs 6.23-28; 7.23-26; Nm 21.8) permitem o culto às imagens.
2. Uma interpretação forçada. O argumento da igreja católica é falacioso porque os antigos hebreus não cultuavam os querubins nem a arca, menos ainda a serpente de metal.
O povo não dirigia orações a esses objetos. A arca e os querubins do propiciatório sequer eram vistos pelo povo, pois ficavam no lugar santíssimo (Êx 26.33; Lv 16.2; Hb 9.3-5).
Quando o povo começou a cultuar a serpente que foi construída no deserto, o rei Ezequias mandou destruí-la (2Rs 18.4). As peças religiosas a que os teólogos católicos romanos se referem serviam como figuras da redenção em Cristo (Hb 9.5-9; Jo 3.14,15).
3. O uso de figuras como símbolo de adoração. A adoração ao Deus verdadeiro por meio de figura, símbolo ou imagem é idolatria. Isso os israelitas fizeram no deserto (Êx 32.4-6).
Mica e Jeroboão I, filho de Nebate, procederam da mesma maneira (Jz 17.2-5; 18.31; 1Rs 12.28-33). Os ídolos que a Bíblia condena não se restringem a animais, corpos celestes ou forças da natureza, pois inclui também figuras humanas (Sl 115.4-8).
4. Mariolatria. É o culto de Maria, mãe de Jesus. Seus adeptos dirigem oração a ela, prostram-se diante de sua imagem e acreditam que sua escultura é milagrosa. Isso é idolatria! Os devotos, propagandeados pela mídia, atribuem a Maria uma posição que a Bíblia não lhe confere. Nós reconhecemos o papel honroso da mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, mas ela mesma jamais aceitaria ser cultuada (Lc 1.46,47; 11.27, 28; 1Tm 2.5).
"...não te encurvarás diante delas, nem as servirás;..."
Não é segredo para ninguém que muitos religiosos da 'cristandade' tem o habito de curvar-se ou ajoelhar-se diante de estátuas de 'jesus' e de 'santos', e tentam de varias formas explicar esta pratica totalmente contraria a Bíblia, uma de suas explicações é que não estão adorando outro deus, mas venerando aos santos, e que curvar-se nem sempre é adoração.
No Japão, as pessoas mostram respeito curvando-se em saudação (o equivalente ao aperto de mão ocidental). Da mesma forma, uma pessoa pode se ajoelhar diante de um rei sem adorá-lo como um deus, dizem eles. Isto de fato é verdade, mas é claro que em nenhum destes casos você verá a pessoa acendendo velas, repetindo rezas, ou cultuando a elas, nenhum japonês encontra um amigo na rua se curva a ele acende uma vela e lhe pede uma graça, ou coisas semelhantes as que fazem os da 'cristandade' adoradores de ídolos.
Cultuar a Deus com a mediação de imagens é colocá-lo no mesmo nível das falsas divindades, é cometer uma atitude de afronta ao verdadeiro Deus. O Criador não se deixa reproduzir em meras elaborações humanas, nunca se apresenta aos homens através de imagens inanimadas, concretas. É preciso vigiar, jamais esquecer que o sacrifício do Calvário nos dá livre acesso ao Trono da Graça, nos dá a condição de sem intermediários e artifícios nos aproximarmos de Deus, apresentar a Ele toda a nossa ansiedade sabendo que nos ouve e em nossa ansiedade cuida perfeitamente de nós (1 Pedro 5.7).
A idolatria nega a verdadeira natureza de Deus, a obediência ao segundo mandamento, determina a maneira como adoramos. Ela deve ser em espírito e em harmonia com a natureza de Deus, como a Bíblia revela, "...Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade..."(João 4:24). Portanto procurar adorar ou venerar a Deus através de uma imagem de escultura é uma prática corrupta. Esta falsa representação perverte sua realidade.
Prof. Pr. Adaylton de Almeida Conceição – (TH.B.Th.M.Th.D.)
Facebook – Adayl Manancia
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Point Rhema