sábado, 19 de julho de 2014

Houve um tempo na Igreja...


Aviva, Senhor, a tua obra


Houve um tempo em que os crentes gostavam de orar. Nessa época eles murmuravam pouco, por falta de tempo e de oportunidade e não perdiam nenhum ensejo para apresentar sua adoração, sua oração e sua intercessão diante do Trono do Pai.

Houve um tempo em que os cultos não eram um espetáculo, senão um cenáculo espiritual.

Houve um tempo em que os pastores se dedicavam à leitura da Palavra. Eles não se envolviam com política, nem secular nem eclesiástica. Eles não viviam obcecados por títulos e cargos, quer na sua comunidade, quer no âmbito nacional.

Houve um tempo que as Convenções eram convocadas para que os obreiros mais jovens ouvissem estudos bíblicos e experiências notáveis dos mais antigos, e assim eram fortalecidos e robustecidos: na fé e no ministério. Nesse tempo, ir a uma reunião convencional era um grande sonho, uma ardente paixão, um negócio de Deus.

Houve um tempo em que os presidentes não eram ditadores e os líderes não eram senhores de engenho. Todos viviam mergulhados no mar da graça misericordiosa do Senhor Jesus.

Houve um tempo em que a Casa de Deus não parecia com um sindicato, por ser exatamente uma assembléia dos santos.

Houve um tempo em que não havia nas igrejas círculo de oração, porque todos os crentes oravam, e não apenas uma meia-dúzia de irmãs abnegadas e de total renuncia.

Houve um tempo em que os jovens crentes não se enamoravam de senhoritas ímpias e assim o vírus do jugo desigual não se inoculava nos arraiais dos santos.

Houve um tempo em que não se cantava nem se pregava por dinheiro e assim a inspiração fluía sem tropeços, o púlpito não era balcão de barganhas e nem de aplausos para homens, porque o louvor se destinava exclusivamente a Deus.

Houve um tempo em que os cultos não eram shows, os ministros não eram artistas e os santos de Deus não eram galera.

Houve um tempo em que os compositores de hinos não eram sacoleiros, os cantores não tinham empresários e os pregadores não eram galãs.

Houve um tempo em que os crentes não deixavam de ir aos cultos por causa das novelas, as crianças não deixavam de ler a bíblia por causa dos videogames e os adolescentes não deixavam de jejuar por causa das lan-houses.

Houve um tempo em que jovens crentes se respeitavam mutuamente e deixavam as práticas de intimidade sexual para depois da cerimônia de matrimônio no altar sagrado.

Houve um tempo em que as moças crentes casavam virgens, os rapazes crentes eram abstinentes e os motéis não eram jamais por eles visitados.

Houve um tempo em que falar mal dos pastores era abominação e ser infiel a Deus era apostasia.

Houve um tempo em que se pregava a misericórdia, o perdão, o arrependimento e o juízo de Deus.

Houve um tempo em que a letra sacra dos hinos inspirados não era abafada pelo barulho ensurdecedor das baterias.

Houve um tempo em que os Congressos eram selados com batismo com o Espírito Santo e não com jogo de luzes, bem ao estilo Holywood.

Houve um tempo em que não se pagava para ir a um evento evangélico, porque os pregadores e cantores não eram artistas.

Houve um tempo em que "os mais belos hinos e poesias foram feitos em tribulação" e os que os apresentavam ao público jamais sonharam comparadas de sucesso.

Houve um tempo em que ser pastor dependia basicamente de um chamado, uma vocação, um compromisso e um testemunho público perante a Noiva do Senhor Jesus.

Houve um tempo em que os itinerantes, especialmente aqueles que nunca pastorearam, respeitavam os pastores e se maravilhavam com o seu difícil e árduo labor.

Houve um tempo em que ganhar almas era um dever de cada membro da Igreja e excluir um membro da Igreja era uma tarefa dolorosa, sempre recebida com muita tristeza e temor.

Houve um tempo em que os pastores de Jerusalém não excluíam os membros dessa igreja porque visitaram a de Antioquia.

Houve um tempo em que mentir era pecado em qualquer lugar. Na Casa de Deus, então, era totalmente inaceitável.

Houve um tempo em que os líderes se respeitavam e se amavam; não se devoravam mutuamente.

Houve um tempo em que os peixes eram buscados lá fora, em alto mar, e não no aquário do vizinho mais próximo.

Houve um tempo em que as igrejas cresciam, devido aos batismos em águas e não às muitas cartas-de-mudança emitidas em seu favor.

Houve um tempo em que as congregações não eram agências de empregos, isto é, não se oferecia vantagens para quem a elas aderisse.

Houve um tempo em que não se trocava um cartão de membro em uma igreja por uma vaga no diaconato noutra.

Houve um tempo em que rebelião não era algo chic. Era uma ofensa profunda à santidade de Deus e quem a praticava era dito pertencer a Satanás, o pai de todas as rebeliões.

Houve um tempo que as senhoras idosas não ensinavam as mais jovens a desobedecerem seus maridos e assim as famílias eram mais estáveis.

Houve um tempo em que, no ato do convite para a salvação, não se chamava os pecadores de irmãos, e, sim, de amigos.

Houve um tempo em que ser humilde não estava fora de moda e ser simples não merecia agressões.

Houve um tempo em que ser fariseu soava estranho na Casa de Deus e jamais se veria ao menos um deles ser condecorado.

Houve um TEMPO em que jamais se sonhava que haveria UM OUTRO, tão diferente dele, que nem se poderia imaginar.

Nota:
Não escrevi esta matéria mergulhado num oceano de saudosismo inconseqüente. Fi-la, na firme esperança e na severa confiança de que aqueles tempos voltarão, antes Cristo regresse.

Que pensa o meu leitor a respeito disto?


13 comentários:


  1. Sim, houve um tempo que me deixou saudades.

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  2. Apenas na leitura dessa publicação eu pude fazer uma longa viagem nesse tempo passado,e ser renovado e crer que esse tempo,permitindo o Senhor sua Igreja vera ... "Aviva o Senhor a tua obra" ...que somos NÓS.

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  3. Meu amigo Carlão. Eu li e concordo com tudo. Que a igreja atual possa falar como David. "Senhor volta a me dar o gozo da tua salvação". Voltar ao passado nao eh perder tempo, eh reconhecer que só o Senhor eh Deus e ele nao comparte a sua gloria com outros. Chega de shows dentro das igrejas. Abraços. Ate 04/15

    Via Facebook

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  4. Igrejinha de tábua lugar que Deus manifestava a sua gloria, e hoje ???

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  5. Ramiro de Oliveira Machado19 de julho de 2014 às 18:39

    Fui as lágrimas.

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  6. Daniel Sales Acioli, Pr.19 de julho de 2014 às 18:41

    Saudades! Saudades!

    A simplicidade era a constante.........congreguei também, é era idêntica a da foto......mas!

    O que nós faz refletir é a dissertação! Cabe a nós escolher!

    O show tem que parar!

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  7. Texto, verdades emocionantes, impactantes. Em suma, a essência de Deus era relevante.

    Pela Sua misericórdia há ainda tempo para se "mergulhar na graça" genuína do Senhor Jesus. Sempre fomos falhos ...

    Sejamos melhores na Presença do Senhor.

    Via Facebook

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  8. Foi isso que falei para o senhor

    Nada pastor está no passado. Porque o tempo de Deus e já. Tão somente hoje. É só fazermos isso, voltarmos para o SENHOR.

    Graça e Paz - Saúde e Paz!

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  9. Eu vivo um tempo em que ainda existem homens usados por Deus para orientar o povo em sua sã doutrina como voce Pr. Carlos Roberto Silva, incansável nessa lida e o autor deste texto irretocável: o Pr. Geziel Gomes, Pastor presidente da Igreja Evangélica Missionária Canaã em Recife-PE, Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, Doutor em Teologia, Conferencista Internacional - realizou cruzadas em mais de 50 países e é Autor de diversos livros e comentarista de Revistas para EBD.
    Com toda esta biografia, continua sendo humilde e um servo que preza a salvação de almas e sua edificação.
    Fui edificado com o presente texto e direcionado a reflexão nele.

    Graça e Paz.

    Via Facebook

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  10. Denilton Pereira, Dc.20 de julho de 2014 às 11:57

    Quem não nasceu neste tempo, apenas ouve falar, mas existem ainda uns remanescentes que honram o genuíno evangelho.

    Graças dou por fazer parte de um ministério em que o tempo parece não ter passado totalmente.
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  11. Alexsandro Gomes da Silva20 de julho de 2014 às 22:44

    aaa saudades desse tempo, o verdadeiro evangelho existia !!!!

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  12. Pena que o próprio autor do texto, o Pr Gesiel Gomes está atolado até o pescoço com heresias de perdição, é só pesquisar na internet, pois desde que se aliou ao "apóstolo" Ouriel de Jesus não se cansa de estar causando escândalos, um dos maiores, apoiar o livro "O triunfo eterno da igreja", veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=4zK-ixF1u7g

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  13. Pr Carlos Roberto Silva, ontem estive em algum lugar por aqui, muito cansado de tantas adversidades, procurando encontrar um lugar onde pudesse se ouvir um Evangelho puro, mas sempre lembrando e nunca abrindo mão daquilo que fora ensinado por mestres na palavra, e ainda ontem eu mençionei essa frase.....Houve um tempo na igreja.....e hj ao abrir sua página essa linda mensagem de lutas, amor, conquistas e determinação de um povo sim que viveu um tempo maravilhoso e ainda luta não para que esse tempo volte, pois sabemos que é impossível, mas que retornemos as nossas bases, nossos valores e nossas convicções!!!

    Forte abraço! Ore por mim aqui! Preciso demais!!!

    Detalhe!!! Não encontrei o que procurava, mas uma vez perguntas que não tem respostas ou quem possa dar!!!

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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