Momento de euforia da campanha eleitoral, chega a hora da verdade.
O voto é o alvo de todo tipo gasto e desgaste!
Publicidade, debates, cafés, almoços e jantares, tudo isso no afã da conquista do que é mais precioso numa eleição, o voto.
O que me chama atenção, no entanto, é maneira como o eleitor vê e valoriza o seu próprio voto.
Em primeiro lugar o voto é secreto, se alguém
quiser declará-lo é problema particular seu, porém não existe essa necessidade,
muito menos obrigatoriedade. Alguns eleitores, sentindo-se constrangidos com o
assédio dos candidatos findam declarando seu voto, e quando após a declaração
são assediados eleitoralmente por alguém com melhor discurso, ou quem sabe até,
com “melhor proposta”, mudam de postura e aí começa a confusão.
É importante frisar que o exercício da cidadania
materializado através do voto, é uma questão de difusão e aceitação de idéias
acerca do coletivo. Isso se refere à administração dos recursos e patrimônio
públicos, bem como das políticas públicas a serem aplicadas.
Quando rebaixamos nosso voto ao nível das
barganhas, quaisquer que sejam elas, cargos futuros, presentes, dinheiro ou
mesmo em troca de necessidades básicas, o hoje candidato, amanhã governante,
tem a nítida impressão que já pagou o que devia por conta do seu voto, e o
pior, dependendo da barganha pagou até antecipadamente.
Em tempo: quando falo de cargos futuros, não me reporto àqueles que participam
de uma mesma ideologia que o candidato, lutam pela sua eleição e depois participam
de sua assessoria, fazendo jus aos seus rendimentos através trabalho que
prestam à população. Refiro-me àqueles que pela promessa de votos que nem
sempre lideram, já querem assegurar cargos e salários, e o pior sem prestarem
serviço à população.
Por isso temos tantas situações públicas que jamais
são resolvidas.
Um candidato que tenha condições financeiras para
tanto, terá que dilapidar seu patrimônio pessoal e familiar, para exercer um
mandato, cujo salário jamais reporá as despesas de campanha.
Não tendo tal candidato tais condição financeira
própria, dependerá então de empresários que tomem a decisão de bancar sua
campanha, pergunto eu, a troco do que, uma vez que os serviços públicos são
contratados através de convites e licitações públicas, àqueles que apresentarem
o melhor serviço pelo menor preço?
Ora, empresário que é empresário, não gasta
dinheiro à toa, muito pelo contrário, investe e bem, considerando e esperando
pelo retorno já projetado.
Pensando bem, não há como fecharmos
essa conta, a não ser através das obras e prestação de serviços superfaturados
e serviços executados sem um mínimo de qualidade, sejam nos materiais ou na mão
de obra, o que sem dúvida alguma dilapida o patrimônio público que é de todos
nós, ainda com o fato agravante que, quando o dinheiro público não dá para toda
essa farra, aumentam-se os impostos, e novamente é o povo quem paga.
Falo especificamente ao povo cristão, que por
questão de coerência, temor a Deus e por tudo que a Sua Palavra nos ensina,
jamais deveria ser conivente e cúmplice dessas práticas.
A partir da apuração das urnas, tudo será com os
governantes, mas durante a campanha e a eleição, somos participantes do
processo.
As pessoas que lá forem empossadas são o nosso
retrato, ou seja, é o resultado da nossa coerência ou incoerência, como
queiram. Não dá para reclamar depois.
A eleição é a hora da aplicação correta da
coerência e consciência cristã que temos recebido de Deus, através do novo
nascimento em Cristo Jesus.
Ainda que todos tenham como normais tais atitudes,
para nós sempre será PECADO.
Alguns julgam que em política vale tudo, muito pelo
contrário, quem corrompe ou se deixa corromper propositalmente, descumpre os
princípios do evangelho e está em pecado diante de Deus. A questão é material,
porém não se enganem, com conseqüências espirituais, senão vejamos o que diz a
Bíblia Sagrada:
Verdadeiramente a opressão faz endoidecer
até o sábio, e o suborno corrompe o coração. Eclesiastes 7:7
Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus,
que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe
pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido, e
vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça
e santidade. Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu
próximo; porque somos membros uns dos outros. Efésios 4: 20 – 25.
Igualmente, é aquele cristão que,
seja ele candidato ou eleitor, associa-se a pessoas que não tem qualquer compromisso
com princípios sérios e justos a favor da sociedade e dos mais necessitados.
Não digo de assistencialismo durante uma campanha, porque em tais condições
isso é fácil de fazer, mas digo de sugestões e propostas sérias que atendam a
população e os necessitados em geral durante toda uma gestão.
O povo de Israel quando em terrível sofrimento,
inquiriu a Deus sobre os motivos e vejamos a reposta do Senhor:
Os teus príncipes são rebeldes e
companheiros de ladrões; cada um deles ama os subornos e corre após salários;
não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas. Isaías 1: 23.
Esses príncipes, em nosso caso, são
as autoridades que nós mesmos elegemos com o nosso próprio VOTO, e quantas
vezes voto a eles vendido por cesta básica, óculos, par de chinelos, areia,
cimento, folhas de madeirite, carteiras de habilitação e até mesmo por dinheiro
vivo que ninguém sabe de onde veio, e nesse caso então, de quem vamos
reclamar?
reclamar?
Por esses e outros interesses, lamentavelmente até
coletivos, como no caso de Igrejas e líderes que prometem votos em troca de
benesses sejam elas quais for, também elegemos legisladores que legislam em
causa própria em detrimento do coletivo, vejamos o que diz a Palavra de Deus:
“Ai dos que decretam leis injustas e dos
escrivães que escrevem perversidades,” Isaías 10:1.
Nesse caso, também nos tornamos cúmplices deles
quando fazemos nossas escolhas, baseadas em qualquer dos fatos aqui relatados,
e até mesmo por afinidades pessoais e familiares, sem analisarmos os princípios
daqueles aos quais estamos confiando nosso voto.
Meu irmão pense bem.
Vote com a consciência de um cristão, não
desperdice o seu voto depositando-o na urna de maneira banalizada.
Se não conseguir encontrar o candidato perfeito, não vote em branco,não anule seu voto, não
deixe de votar. Procure o melhor entre as opções
existentes, ore a Deus antes de votar e cumpra seu dever como cidadão
brasileiro e cidadão dos céus.
BOM VOTO
No temor do Senhor,
Seu conservo em Cristo,
Pr. Carlos Roberto
Artigo publicado originalmente em 03.10.2008 aqui neste blog.
Artigo publicado originalmente em 03.10.2008 aqui neste blog.
A Paz do Senhor caro Pr. Carlos.
ResponderExcluirParabéns pelo artigo e pela preocupação - em especial pelo posicionamento enquanto líder de uma das maiores entidades religiosas do país - a Assembléia de Deus -, que tem papel fundamental na formação ética e moral do indivíduo, em especial daqueles cujo temor do Senhor ainda se vê consevado nos corações.
Com a mesma preocupação, mas com enfoque um pouco distinto, também publiquei um artigo que remete ao tema ELEIÇÕES, o qual poderá ser lido em nosso Blog.
Que o Senhor nos ajude e nos dê o discernimento necessário para fazermos valer nosso dever enquanto cidadãos da pátria, sem perder os princípios inerentes a todos os cidadãos celestiais.
Em Cristo Jesus,
Robson Silva
Olá pastor Carlos, a Paz do Senhor!!!!
ResponderExcluirO GQL recebeu um prêmio comunitário e indicou o Point Rhema também. se possível dê uma passadinha lá no blog.
Abraços e Paz do Senhor!!!
quero parabenizar pelo artigo pulblicado sobre o voto,pois atraves desta matéria nos ajudou-nos a ser conciente quanto ao meu voto muito obrigado por esta materia inteligente continue sendo canal de benção para nossas vida
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