domingo, 30 de março de 2008

CONSENSO OU "CONSENSO"?


Em vurtude das funções institucionais que exerço, quero antes de tudo lembrar que este espaço é público, porém, por ser de minha responsabilidade, tenho a liberdade de aqui postar minhas opiniões pessoais, as quais peço, vênia, não sejam confundidas com posições coletivas, oficiais ou institucionais, até porque o que aqui digo, o faço por mim mesmo, pelo que me responsabilizo, pois assim entendo, até que surja melhor juízo.

Considerando a sugestão de CONSENSO manifestada pelo preclaro Pastor Silas Malafaia, digníssimo segundo tesoureiro da CGADB, em seu programa de sábado último, dia 29 de Março, passo a fazer algumas considerações através deste ensaio.

CONSENSO, abaixo de Deus, sempre foi uma das marcas da nossa CGADB - Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, e, quando isso por qualquer motivo não foi possível, ficaram marcas inesquecíveis, a história assim registra. Graças a Deus são poucos esses registros, porém muito fortes.

O que soa estranho é que, o grito de CONSENSO no presente caso, geograficamente falando, parte justamente da ala que decidiu lutar para quebrar praticamente duas décadas de CONSENSO ininterrupto, e a bem da justiça, registro aqui que o proponente assumiu sua sugestão, o que não deixa suficientemente claro se os demais componentes da mesma linha de pensameto também assim entendam.

Ora, particularmente, este articulista já achava isso bem antes das demandas serem deflagradas, no entanto, quando sôbre isso escreví, publicando inclusive sob minha inteira responsabilidade, não fui comprendido pelos legítimos defensores da então quebra do CONSENSO, até então existente.

Ouvi muito que Igreja é Igreja e Convenção é Conveção, e também ouvi que o voto é a legitimação da vontade do povo e por aí se vai.

Será que um tal "CONSENSO", neste momento, seria "CONSENSO" de Lideranças, ou fruto de um plebiscito onde cada convencional votaria? Se por acaso for consenso entre as lideranças envolvidas, que diferença faria com relação a todos os demais consensos que foram acordados em quase duas décadas?

O que não era legítimo, porque agora passará a ser?

O que mudou?

A PAZ e HARMONIA para as comemorações do Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, seria uma motivação legítima, ou uma maneira de escondermos qualquer desavença durante a festa e depois continuarmos com o desentendimento?

Seria isso legítimo e salutar diante de Deus?

A constatação assumida de ausência de PAZ E HARMONIA, como uma situação indigesta para as comemorações do centenário, porventura seria um "mea culpa", (o que me está parecendo), como fruto dessa luta pela quebra de um consenso que estava perdurando?

Porque então não haver um CONSENSO de direito e de fato, e não apenas uma trégua para as comemorações de uma festividade?

Entendo ainda que, assim como cantamos juntos a "Flor gloriosa" no Riocentro no Rio Janeiro, e depois sentimos seus "espinhos" desabrocharem em Florianópolis e mais tarde no Anhembí em São Paulo, nos vimos obrigados a admitir que, isso infelizmente também era "CONSENSO" entre nós. Tanto era que, por não estarmos preparados para situação semelhante, precisamos da mobiização de praticamente 4.500 filiados para uma AGE em Porto Alegre-RS no mês de Fevereiro, quando então, legislamos por CONSENSO a lei que norteia essa situação, ou seja, a nossa "lei eleitoral".

Ora, não creio que essa seja a intenção de quem quer que seja, mas, a impressão que me parece ter ficado sugerida para a opinião pública nesse caso, é que, "caindo a ficha" que não está sendo de bom alvitre o estilo de disputa eleitoral ora implementado, bem como a instituição de normas que pelo menos procuram inibir, fiscalizando qualquer tentativa de campanha aos moldes seculares e mundanos, é melhor que paremos, pelo menos um momento, e para tanto, entremos em CONSENSO, ou "CONSENSO"?

CONSENSO de fato, deve nos unir pelos objetivos a serem alcançados, de preferência de caráter ideológicos e não meramente pelos ajustes dos nossos interesses, sejam eles individuais e particulares, ou mesmo de um grupo, ou que eu precocemente chamaria de "CONSENSO"

É necessário que a coletividade ora representada seja comtemplada.

Até lá, fiquemos atentos para melhor entendermos se é CONSENSO ou "CONSENSO".

Há um ditado popular que sugere:

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"

Desculpem, mas depois de tanto insistirem com a disputa eleitoral nas lides eclesiásticas, eu que nem concordo com a idéia, já estava achando que era CONSENSO.

Como é a vida, sempre nos surpreendendo!
Fiquemos Atentos!

7 comentários:

  1. Pastor Carlos Roberto, a paz do Senhor. Parabéns pela reflexão e que mostra a necessidade de bom SENSO.

    Na minha opinião, todas essas questões relacionadas à disputa eleitoral ferrenha na CGADB (onde agora se levanta voz de consenso) é conseqüência de um modelo que valoriza, em demasia, o poder. Fico pensando que a nossa igreja se aproxima a cada dia de um episcopado-carismático; mas Graças a Deus que a estrutura da CGADB impede de termos de modelo centralizado. Por essas causas, muitos estão na busca da fatia desse poder.
    A CGADB está parecida com o PMDB, sendo grande e fragmentada na mão de caciques. Falo isso com tristeza, mas é a nossa realidade. Como falar em unidade e na fantasiosa “identidade assembleiana”?
    Nessa disputa os nomes não me agradam. Vemos uma gestão de precisa de renovação (não por falta de méritos) e um nome totalmente ligado ao neopentecostalismo. Entre um e outro, precisamos, na minha opinião, de uma terceira via.

    Gutierres Siqueira
    www.teologiapentecostal.blogspot.com

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  2. Caro pastor Carlos,
    talvez a medida do pastor Malafia não seja a melhor possível, mas uma coisa é certa: a grande polêmica, pelo menos do lado daqui do Norte, se dá em torno da festa dos cem anos, uma vez que ao que parece, Belém, onde tudo começou, foi segundo as informações "menosprezada", praticamente deletada. caso isso seja verdade, o que se deve ter é legítima União e Belém ser mais destacada, nãopor questão de ser soberana, mas por questão simplesmente que aqui começou o pentecoste, e aqui poderia ser uma grande celebração. O povo de belém, principalment os jovens, nem sabem quem é José Welligton, não sabem nada daí, e o "pessoal do sul" pouco sabe do Norte, é uma questão extremamente complicada de ser resolvida, mas nem um pouco impossível.

    Abraços e Paz do Senhor!!!

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  3. Caro Vítor Leonardo,
    A Paz do Senhor,
    Louvo a Deus pela sua vida e senso cristão nas causas do Reino de Deus.
    O consenso é o que todos nós, não somente agora, mas sempre quisemos, aliás manifstei isso de maneira escrita e inclusive publicada.
    Fui criticado por isso, justamente por quem agora pede consenso.
    Quando defendi que nossa linha Assembleiana sempre foi a do consenso, era justamente porque sabia que a disputa, pelo menos entre nós assembleianos sempre gerou discórdia.
    De qualquer forma, como diz o adágio popular, antes tarde do que nunca, todavia ainda espero aguardar, pois as atitudes de bastidores, não as públicas via TV, ainda não estão condizendo com as de quem quer realmente um consenso.
    Em tempo:
    Estava em Porto Alegre, pessoalmente mo lançamento das festividades do Centenário, e no vídeo que divulga os quatro anos da extensa programação, consta Belém do Pará, no mes JUNHO de 2011, stamente por ser o mês do aniversário e a localidade da Igreja Mãe.
    Se mudaram não sei dizer, mas isso foi apresentrado em vídeo para toda a liderança do Brasil, e entendo que não poderia ser diferente.
    Quanto as diferenças entre o seu pastor e o atual Presidente da CGADB, só entendo pelo interesse da disputa, o que é lamentável, e nesse caso, cada dia ficará mais difícil de que ela seja conhecido pelos jovens da AD de Bélém.
    Talvez uma questão logística por parte da liderança em Belém.
    Tenho convicção que se ele fosse convidado para pregar em um congresso de jovens aí, com certeza participaria.
    Acredito que o mais difícil seria acontecer esse convite, e talvez fosse difícil acontecer o inverso, mas enfim, coisas do ser humano.
    Cada cabeça uma sentença.
    O importante cao Victor, é que pela comunhão que há no Espirito Santo e pela instrumentalidade das nossas vidas e blogs, podemos continuar compartilhando.
    Glória a Deus!
    Espero conhecê-lo pessoalmente em uma grande festa em Belém, quem sabe no Centenário das AD.
    Lembre-se, aí não está divulgado, mas está na programação.
    Um grande abraço!
    Pastor Carlos

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  4. Caro pastor Carlos Roberto:

    Apenas para contribuir com o que o irmão afirmou, não só uma das comemorações do centenário foi anunciada em vídeo, na Convenção de Porto Alegre, para Belém, PA, exatamente no mês de junho de 2011, data da grande celebração, como esse anúncio consta impresso em uma revista distribuída lá com a descrição de toda a programação desde agora até 2011. Quem quiser, é só solicitar à CPAD.

    Todavia, parece-me que não interessa a quem mantém essa ferrenha disputa passar essa informação na capital paraense, pois se o nosso amigo e companheiro Victor Leonardo soube que Belém foi "menosprezada" ou mesmo "deletada", é porque alguém quis que essa informação prevalecesse contra o fato, este, sim, verdadeiro, de que Belém consta da programação dos 100 anos exatamente no mês de junho de 2011, não custa repetir, data em que o centenário realmente acontece.

    Quanto ao que chegou aos ouvidos do Victor Leonardo, é fofoca, disse-que-disse e vontade de tumultuar o processo.

    Como o irmão mesmo disse em sua resposta, o que continua acontecendo nos "bastidores" não condiz com o suposto consenso que sugerem via TV.

    Obrigado por me permitir participar mais uma vez do seu blog e abraços ao Victor Leonardo.

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  5. Pastor Carlor Roberto

    Todos nós conhecemos as Escrituras Sagradas, mas nunca é demais relembrar em momentos oportunos alguns trechos dela:

    "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" - Mateus 5.9.

    Abraço.

    Eliseu Antonio Gomes
    http://www.belverede.blogspot.com/

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  6. Fico feliz por existir pessoas como o senhor que tenta esclarecer as coisas que acontecem nos bastidores da igreja. Contudo vejo o texto exposto pelo senhor de maneira muito vaga, tentando nos levar a uma conclusão pela leitura reflexiva. Não gosta da maneira como o Silas Malafaia coloca a questão do consenso pela TV e faz parecer que ele esta certo e tentando unir a igreja e o resto lutando contra isso. Por favor continue fazendo seu trabalho, porque precisamos de valentes hoje em dia. E seja mais claro para que até pessoas que não estejam sabendo dos fatos possam compreender o que esta acontecendo.

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  7. Caro Valdeci P4,

    A Paz do Senhor!

    Em primeiro lugar quero agradecer sua visita e comentário neste modesto blog.

    Peço desculpas se não fui suficientemente claro em minha exposição, talvez, pelo cuidado de colaborar sem provocar milindres em quem quer que seja.

    Não pretendo aqui, plantar a imagem de dono da verdade, até porque tenho consciência plena de que não sou, no entanto, o irmão solicita esclarecimentos, por isso farei o possível, lembrando sempre que essa é minha maneira pessoal de ver as coisas:

    Acontece que a nossa CGADB, ao longos dos últimos anos, quase duas décadas, vinha revesando suas gestões, através de consenso entre as nossas lideranças. Sei plenamente que esse consenso, sempre comprendeu a maioria que de alguma maneira se apresentou para o pleito, e à frente dessa articulação, sempre esteve o atual presidente Pr. José Wellington Bezerra da Costa.

    Ocorre que já nas duas últimas eleições, 2005 e 2007,o processo já não foi consensual, com eleições acirradas, sendo que na última, para falar a verdade o processo foi mesmo muito tumultuado, com atitudes similares às praticadas em eleições seculares, o que eu particularmente, entendo como vergonhoso para servos de Deus, principalmente em se tratando de uma eleição deentro da casa de Senhor.

    E bom que se diga, que esse "modus operandis" foi implantado e largamente utilizado, justamente pelo grupo do qual participa o Pastor citado pelo irmão, com a justificativa que o voto é a arma legítima para se mudar o que é necessário, e disso eu não duvido, discorto portanto, da forma como ocorreu a CAMPANHA.

    Agora que praticamente já se instalou uma divisão e discórdia ideológica quanto a direção da CGADB, as mesmas pessoas que a fizeram, acenam com a "bandeira branca de consenso", inclusive levando isso a público pela TV, numa tentativa de dissimular a opinião pública acerca da contenda que semearam, para ficarem, agora, com a imagem de moderados e consensuais.

    Isto não é verdade, assim como também, o "consenso" sugerido não é consenso, pois se há indícios de comprometimentos futuros, para mim já é barganha, pois o futuro a Deus pertence.

    Nada mais posso falar por questão de ética, pois para meu estilo já fui longe demais.

    Entendo que, o CONSENSO já existia entre nós.

    Se acharam que deveriam acabar, assim como realmente acabaram, arquem agora com as consequências diante de Deus e dos homens aqueles que assim procederam.

    Não vamos mudar as regras no meio do processo.

    Façamos tudo com ordem e decência e quem ganhar ganhou. Entenderemos ser a vontade de Deus, afinal de contas somos todos irmãos em Cristo e obreiros da Seara do Mestre.

    Como ficou evidentemente claro que essa disputa não é coisa boa entre nós, essa falsa propaganda veiculada pela TV, é apenas uma maneira de manipular a opinião pública, dissimulação pura, que visa agora, plantar uma falsa impressão de que lutam por consenso, porém na verdade um CONSENSO QUE JÁ EXISTIA e lamentavelmente por eles é que foi quebrado.

    A explicação não tem como ser completa, mas foi o melhor que consegui me expressar atendendo o seu pedido.

    Esse é o meu entendimento, salvo melhor juízo.

    Pr. Carlos

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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